terça-feira, 31 de março de 2009

VIOLÊNCIA PERVERSA NA RELAÇÃO INTRA FAMILIAR

* Dainir Feguri “Quando a tirania é doméstica e o desespero individual, a morte atinge seus objetivos: o sentimento de não-ser” (B. Lempert) Muitas vezes esta relação doentia entre casais é negada e banalizada por não entender as sutilezas contidas nas agressões, sem vestígios tangíveis e as testemunhas fazem interpretações equivocadas partindo do olhar como se percebe no mundo valorativo pessoal. Não se trata de simples relações de conflitos e passionais, mas uma tentativa violenta de destruição moral chegando muitas vezes até física do outro, que não raro bem-sucedida conforme são divulgados pela mídia. A violência perversa surge quando nos momentos de crise um individuo que têm defesas perversas não consegue assumir a responsabilidade de uma escolha difícil e o não respeito ao outro transcorre em diversos estágios: 1. O Enredamento – vejamos o significado da palavra enredar: prender, atar, embaraçar. Segundo Hirigoyen (psicanalista e vitimóloga), este movimento perverso se instala quando o afetivo falha, ou quando existe uma proximidade excessivamente grande com o objeto amado. O enredamento é posto em ação por um individuo narcisista que quer paralisar seu/sua parceiro(a) colocando-o(a) em uma posição de indefinição e incerteza. Como age o indivíduo narcisista? Ele impõe seu domínio para controlar o outro, pois teme que, se o outro estiver demasiadamente próximo, possa a vir a invadi-lo. Portanto, irá mantê-lo numa relação de dependência, ou mesmo propriedade para comprovar sua ‘onipotência’. Provoca no outro, duvidas, culpas, de forma que não consegue reagir. Sua vitima tem que continuar presente, para ser permanentemente frustrada e ao mesmo tempo, é preciso impedi-la de pensar, para que não venha a tomar consciência do processo. O denegrimento e os ataques subterrâneos são sistemáticos. Este processo só se torna possível, porque a vitima tem excesso de tolerância, chegando ao comportamento masoquista (que se deleita com o próprio sofrimento). A origem dessa tolerância tem a ver com uma aprendizagem baseada na lealdade familiar. 2. A inversão dos papeis – os papeis são invertidos de forma que o agressor torna-se o agredido e a culpa permanece com a vítima. Para que isso possa ter credibilidade, o agressor desqualifica o outro, empurrando-o para um comportamento repreensível para que possa se justificar diante das testemunhas. As atitudes perversas vão desde: chiste (piadas); critica; pequenos toques desestabilizadores, de preferência em publico; frieza; hostilidade; injúrias; sarcasmos; chegando até a rejeição sexual. 3. A manipulação perversa – constitui uma violência indireta que causa perturbações graves tanto em criança quanto nos adultos. As referencias e observações perversas representam um condicionamento negativo, uma lavagem cerebral. Este tipo de violência visa à maior parte das vezes a destruição do cônjuge, não podendo fazê-lo volta-se para a(s) criança(s). 4. A sedução perversa – consiste em atrair irresistivelmente, atua por surpresa, em segredo. Não ataca jamais de maneira frontal, mas sempre de forma indireta, a fim de captar o desejo do outro que o admira, que lhe retorna uma boa imagem de si. Atua utilizando instintos protetores do outro. Trata-se de buscar no outro o objeto singular de sua fascinação. 5. A estratégia perversa – não se precisa destruir de imediato o outro, apenas submetê-lo pouco a pouco a disposição. Importa apenas a conservação do poder e do controle. O enredamento em geral não é perceptível a observadores externos. 6. A comunicação perversa – recusar a comunicação direta. A vitima tenta compreender o que é que este indivíduo tem contra ela. A negação da censura ou do conflito por parte do agressor paralisa a vitima, que não pode se defender. A agressão é perpetrada pela recusa em dar nome ao que se sucede, em discutir, em encontrar soluções juntos. Este tipo de comunicação impede o outro de pensar, compreender , reagir, a vitima perde o direito de ser ouvido. Com o perverso, o discurso é tortuoso, sem explicação, conduz a uma alienação recíproca. O máximo que se consegue chegar é a interpretação. Diante da falta da comunicação verbal direta a vitima recorre à correspondência. 7. Deformação da linguagem – os perversos quando se comunicam com suas vítimas faz com que a entonação de voz seja fria, neutra, desagradável, monocórdio (usando sempre a mesma resposta), sem afetividade, deixam aflorar frases de menosprezo, ironia, censuras não verbalizadas, ameaças veladas, subentendidos, voz seca, brusca, mensagens vagas que acarretam confusão, etc. O que domina é o manejo do sarcasmo, do escárnio (riso motejador), do desprezo sobre a vítima. 8. Mentiras – o perverso utiliza de uma junção de subentendidos e de não-ditos, destinada a criar mal-entendido, para em seguida explorá-lo em proveito próprio. Agem com sagacidade. Essas falsificações da verdade criada pelo perverso narcisista são similares a construção delirante. O perverso narcisista gosta de controvérsias. Usam de maquinações para provocar rivalidades e ciúmes entre as pessoas. 9. O uso do paradoxo – o paradoxo surge do desacordo entre as palavras que são ditas e o tom ou gesto em que essas palavras são proferidas. O objetivo é abalar a autoconfiança do outro. Consiste em fazer o outro sentir a tensão e a hostilidade, sem que nada seja expresso neste sentido. São agressões indiretas servidas nos objetos: bater portas, jogar coisas, e depois negar a agressão. 10. O ódio torna-se visível – com a violência em ato. Na forma de depreciação, violência física, verbal, falta de tolerância, injúrias, chantagens, o outro é acuado, com violências reais chegando ao assassinato. Neste tipo de violência é preciso intervenção jurídica para bloquear a propagação do processo no comportamento perverso. * Psicóloga atuante nas áreas da justiça e saúde.

Visita ao Palácio da Justiça de Belém/PA

quinta-feira, 26 de março de 2009

NOVA COLEÇÃO: Cascata de Flores

O USO TERAPÊUTICO DAS CORES Vermelho aumenta a energia vital Rosa ativa a energia amorosa, elimina impurezas do sangue Laranja proporciona maior alegria, jovialidade e libido, elimina gorduras em áreas localizadas Amarelo desenvolve a criatividade, purifica o sistema e é benéfico para a pele Amarelo forte fortifica o corpo e age em tecidos internos Verde aumenta a capacidade física e mental Verde forte anti-infeccioso, anti-séptico e regenerador Azul acalma e equilibra, é analgésico, regenera as células dos músculos, nervos, pele e aparelho circulatório Azul forte lubrifica as juntas e articulações Rosa forte age como desobstruidor e cauterizador das veias, vasos e artérias e elimina impurezas do sangue Indigo anestésico, coagulante e purificador da corrente sanguínea, limpa as correntes psíquicas Violeta sedativo dos nervos motores e sistema linfático, cauteriza as infecções e inflamações Dourado concede a influência do Sol, dando ânimo e exaltação, representa a opulência e a riqueza. Prateado concede a influência da Lua, proporciona mistério, magia, receptividade e uma natureza mais feminina. Branco soma de todas as cores - representa inocência, pureza e paz Preto ausência de cor - apesar de ajudar a esconder gordurinhas indesejáveis absorve a negatividade do ambiente e representa, luto, tristeza e mistério

Jogo de Damas

Eu sei da sua vida e do seu passado De um tempo perdido e recuperado Eu sei da poeira e de todos os seus passos Das suas trapaças, dos seus abraços Eu sei da sua fama e dos seus amores Das suas proezas, dos seus dissabores Da cor da sua roupa e do seu pouco valor Você nessa vida foi só desamor Dama hoje alguém que te engana Te veste de santa e não sabe porque Te pisam te xigam ignoram a mulher Não sabem que a dama existiu outro dia Hoje a dama não passa de pedra perdida Te veste de santa não sabe porque Te pisam te xingam ignoram a mulher Não sabem que a dama existiu outro dia Hoje é pedra perdida de um jogo qualquer Conheço as paredes que guardavam segredos E ações que por si que não cobriam seu medos A sua missão as suas vontades Razões que confirmam as duras verdades Eu sei hoje em dia da sua vergonha De olhar quem te olha Responder quem te chama Pra quem te conhece você é vulgar Pra quem nunca te viu hoje quer te amar Dama hoje alguém que te engana Te veste de santa não sabe por que Te pisam te xingam ignoram a mulher Não sabem que a dama existiu outro dia Hoje a dama não passa de pedra perdida Te veste de santa, não sabe por quê Te pisam te xingam ignoram a mulher Não sabem que a dama existiu outro dia Hoje é pedra perdida de um jogo qualquer CD Roberto Carlos - 1974

segunda-feira, 23 de março de 2009

Um Moço Velho

Eu sou um livro aberto sem histórias Um sonho incerto sem memórias Do meu passado que ficou Eu sou um porto amigo sem navios Um mar, abrigo a muitos rios Eu sou apenas o que sou Eu sou um moço velho Que já viveu muito Que já sofreu tudo E já morreu cedo Eu sou um velho moço Que não viveu cedo Que não sofreu muito Mas não morreu tudo Eu sou alguém livre Não sou escravo e nunca fui senhor Eu simplesmente sou um homem Que ainda crê no amor Eu sou um moço velho Que já viveu muito Que já sofreu tudo E já morreu cedo Eu sou um velho, um velho moço Que não viveu cedo Que não sofreu muito Mas não morreu tudo Eu sou alguém livre Não sou escravo e nunca fui senhor Eu simplesmente sou um homem Que ainda crê no amor Copyright © 1973 Irmãos Vitale

domingo, 15 de março de 2009

Assédio Moral

Assédio Moral - A violência perversa no cotidiano descreve detalhadamente o processo que se instaura e se desenvolve nos mais diversos grupos e locais: na relação casal ou interpessoal, as formas pelas quais um vai enredando, desestabilizando o outro e assumindo o domínio e o controle; na família, onde com um "é para o seu bem", crianças vão sendo anuladas e despossuídas de tudo que é mais vivo e vital; nas empresas, públicas ou privadas, em que o chamado assédio sexual, hoje tão enfocado na mídia, é apenas uma das formas pelas quais um empregado é tornado joguete de mecanismos perversos que a cinicamente rotulada "flexibilização" do trabalho exacerbou e o fantasma do desemprego hoje alimenta. A obra em questão interessa aos que trabalham na área psi, médicos do trabalho, dirigentes, em qualquer nível, das empresas, ao profissional que trabalha em qualquer setor de relações humanas no trabalho e na família, a todo aquele que se interessa por ver extinto em nossa sociedade tudo que hoje a violenta e des-humaniza.

quarta-feira, 4 de março de 2009

V CONEPA_2009

O V congresso Nacional de Execução de Penas e Medidas Alternativas – “Penas e medidas alternativas: promovendo segurança com cidadania” acontecerá nos dias 13 a 15 de maio de 2009 – Centro de Convenções na cidade de Goiânia/GO. A Subcomissão Científica em breve estará divulgando o site do V CONEPA e a programação do evento. Aguarde.