Foto: Museu das Bandeiras
Goiás é um município brasileiro do estado de Goiás. Sua população estimada em 2005 era de 26.705 habitantes de acordo com o IBGE. O município foi reconhecido em 2001 pela UNESCO como sendo Patrimônio Histórico e Cultural Mundial por sua arquitetura barroca peculiar, por suas tradições culturais seculares e pela natureza exuberante que a circunda.
Descobertas as Minas Gerais de um lado e as minas de Cuiabá, de outro, no século XVII, uma idéia renascentista (a de que os filões de metais preciosos se dispunham de forma paralela em relação ao equador) iria alimentar a hipótese de que, entre esses dois pontos, também haveria do mesmo ouro. Assim, foram intensificadas as investidas bandeirantes, principalmente paulistas, em território goiano, que culminariam tanto com a descoberta quanto com a apropriação das minas de ouro dos índios goiases, que seriam extintos dali mais rapidamente que o próprio metal. Ali, onde habitava a nação Goiá, Bartolomeu Bueno da Silva fundaria, em 1727, o Arraial de Sant'Anna.
Foto: Torre da Igreja Nossa Senhora do Rosário (1733)
Pouco mais de uma década depois, em 1736, o local seria elevado à condição de vila administrativa, com o nome de Vila Boa de Goyaz (ortografia arcaica). Nesta época, ainda pertencia à Capitania de São Paulo. Em 1748 foi criada a Capitania de Goiás, mas o primeiro governador, dom Marcos de Noronha, o Conde dos Arcos, só chegaria ali cinco anos depois.
Com ele, instalou-se um "Estado mínimo" e, logo, a vila transforma-se em capital da comarca. Noronha manda construir, então, entre outros prédios, a Casa de Fundição, em 1750, e o Palácio que levaria seu nome (Conde dos Arcos), em 1751. Décadas depois, outro governador - Luís da Cunha Meneses, que ficou no cargo de 1778 a 1783-, cria importantes marcos, fazendo a arborização da vila, o alinhamento de ruas e estabelecendo o primeiro plano de ordenamento urbano, que delineou a estrutura mantida até hoje.
Foto: Chafariz de Cauda - 1778
Com o esgotamento do ouro, em fins do século XVIII, Vila Boa teve sua população reduzida e precisou reorientar suas atividades econômicas para a agropecuária, mas ainda assim cultural e socialmente sempre esteve sintonizada com as modas do Rio de Janeiro, então capital do Império. Daí até o início do século XX, as principais manifestações seriam de arte e cultura, com sarais, jograis, artes plásticas, literatura, arte culinária e cerâmica - além de um ritual único no Brasil, a Procissão do Fogaréu, realizada na Semana Santa.
Entretanto, a grande mudança, que já vinha sendo ventilada há muito tempo, foi a transferência da capital estadual para Goiânia, nos anos trinta e quarenta, coordenada pelo então interventor do Estado, Pedro Ludovico Teixeira. De certa forma, foi essa decisão que preservou a singular e exclusiva arquitetura colonial da Cidade de Goiás.
O clima é caracterizado por dois períodos distintos: um seco, com ausência quase que total de chuvas no inverno, que vai de maio a setembro e outro chuvoso, com abundância de águas, no verão que vai de outubro a abril. A temperatura média anual é de aproximadamente 23 graus, sendo os meses de setembro e outubro os mais quentes e junho e julho os mais frios.
Foto: Casa da Cora Coralina, na janela busto de barro em sua homenagem.
A vegetação típica de Goiás é a mesma do Cerrado, ou seja, a vegetação da cidade em sua maior parte é semelhante à de savana, com gramíneas, arbustos e árvores esparsas. As árvores têm caules retorcidos e raízes longas, que permitem a absorção da água -disponível nos solos do cerrado abaixo de 2 metros de profundidade, mesmo durante a estação seca e umida do inverno.
Foto: Posto de gasolina instalado numa calçada, onde os carros ficam parados na rua para abastecer. Você já tinha visto algo parecido?
Fonte: TEXTO wikipedia.org; FOTOS: Dainir Feguri
O município sedia anualmente o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental - FICA. A Cidade de Goiás tem em sua história e formação uma relação muito ligada as culturas Africanas e indigenas, essa relação fica ainda hoje explicita em diversas manifestações culturais por toda a cidade um exemplo são duas escolas "Espaço Cultural Vila Esperança" e "Quilombinho". Além desses exemplos temos também O Grupo de Capoeira Angola Meninos de Angola sob a coordenação do professor Chuluca.
Foto: Dainir & Emir Feguri visitando o Museu das Bandeiras
• Museu das Bandeiras: funcionando na antiga Casa de Câmara e Cadeia, tem acervo com peças e mobiliário do século XVIII.
• Palácio Conde dos Arcos: tem acervo com obras do século XVIII, utensílios domésticos, pertences, artes decorativas e mobiliário dos antigos governantes.
• Museu de Arte Sacra da Igreja da Boa Morte: tem o maior acervo do escultor barroco Veiga Vale, nascido em Pirenópolis, reunindo mais de 100 peças, e também coleções de prataria. A igreja foi construída em 1779.
• Casa de Cora Coralina: museu permanente com objetos pessoais da poetisa de mesmo nome.
Monumentos
• Casa de Bartolomeu Bueno: residência histórica do Anhangüera, a sua fachada conserva as características do estilo colonial
• Chafariz de Cauda: localizado no Largo do Chafariz, é uma construção com padrões do século XVIII (1778).
• Igreja de Nossa Senhora do Rosário: conhecida como antiga igreja dos pretos, foi demolida e reconstruída em estilo neogótico em 1733. No seu interior, encontram-se afrescos realizados por Nazareno Confaloni na segunda metade do século XX.
• Catedral de Santana: localizada na Praça do Coreto, é um edifício feito de adobe e recém-restaurado.
• Igreja Nossa Senhora da Abadia: capela do século XVIII, tem afrescos no teto.
• Igreja de Santa Bárbara: apresenta retratos de compositores goianos do século XIX feitos pelo artista Amaury Meneses.
• Igreja Nossa Senhora do Carmo: edifício que é sede da Irmandade Senhor Jesus dos Passos
• Mosteiro da Anunciação: edifício religioso, no qual os frades produzem artesanato de barro.
• Convento dos Padres Dominicanos: edifício do século XIX que guarda uma imagem de Nossa Senhora do Rosário, trazida por religiosos franceses.
• Quartel do Vigésimo Batalhão de Infantaria: De onde saíram soldados para a Guerra do Paraguai. Até o final da década de 1990 abrigou o 11-010 Tiro de Guerra do Exército Brasileiro.
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