quarta-feira, 28 de abril de 2010

Equipes Interdisciplinares realizam a Campanha de Prevenção e orientação as beneficiárias do Programa Bolsa Familia em Cuiabá

* Dainir Feguri






As equipes de saúde, assistência social, e acadêmicos de enfermagem realizaram as ações propostas pela campanha: 'camisinha, um direito seu' (lançada pelo governo federal anteriormente), cujo publico alvo são as beneficiárias do Programa Bolsa Familia. O evento aconteceu nesta quarta-feira - dia 28/04 - no CRÁS - região Oeste no municipio de Cuiabá/MT.


A interdisciplinaridade está presente na educação desde que começou a ser aplicada na ciência. Na pratica a interdisciplinaridade é um esforço de superar a fragmentação do conhecimento tornar este relacionado com a realidade e os problemas da vida moderna. Na ciência, por sua vez, os esforços estão na busca de respostas, impossíveis com os conhecimentos fragmentados de uma única área especializada.

Profissionais das áreas de saúde (PSF Santa Isabel I e II -SMS), humanas (Psicologia), assistência social (CRÁS) e acadêmicos de enfermagem (Unirondon) deram sua contribuição na troca de informações e orientação a população alvo - beneficiárias do programa bolsa família.   

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Conheça o lançamento do programa feito pelo governo federal

Beneficiárias do Bolsa Família são foco de campanha de combate ao HIV do governo federal

As mulheres beneficiadas pelo Programa Bolsa Família são o foco de uma campanha intersetorial de combate ao HIV lançada nesta quarta-feira, 31 de março, pelo governo federal. A ação, que envolve os ministérios da Saúde, da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres e do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ocorre diante do crescimento da incidência de aids entre as mulheres nos últimos anos e integra o Plano Nacional de Enfrentamento de Feminização da Epidemia de Aids e outras Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Intitulada “Camisinha, um direito seu”, a iniciativa prevê a realização de campanhas para incentivar a camisinha , o diálogo sobre prevenção com o parceiro e a realização da testagem anti-HIV entre as usuárias dos Centros de Referência de Assistência Social (Cras) e dos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) das capitais do país.

Para isso, foram criados spots de rádios, folders, cartazes, banners e outros materiais informativos. Segundo a chefe da Assessoria de Comunicação do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Myllene Müler, a adesão dos Centros à campanha é opcional.

A ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Nilcéa Freire, alertou para a importância da campanha devido ao fato de a desigualdade de poder nas relações de gênero aumentar a vulnerabilidade da mulher frente ao HIV.

“O Bolsa Família não é um programa apenas de transferência de renda, mas de empoderamento da mulher, já que é ela quem define como o dinheiro será gasto. A partir de agora, as beneficiárias também poderão passar a ter mais consciência para negociar o uso da camisinha, que não serve apenas para prevenir doenças, mas também a gravidez indesejada”, disse.

Dados oficiais indicam que, das cerca de 13,5 milhões de famílias atendidas pelo Bolsa Família, 95% têm as mulheres como representantes.

Segundo o Boletim Epidemiológico de 2009, em 1986, a razão entre os sexos era de 15 casos de aids em homens para cada caso em mulheres. A partir de 2002, a razão estabilizou-se em 15 casos em homens para cada 10 em mulheres.

Na faixa etária de 13 a 19 anos, o número de casos de aids é maior entre as jovens do que entre os rapazes. A inversão apresenta-se desde 1998, com oito casos em meninos para cada 10 casos em meninas.

De acordo com o estudo, 64,8% das entrevistadas entre 15 e 24 anos eram sexualmente ativas (haviam tido relações sexuais nos 12 meses anteriores à pesquisa). Dessas apenas 33,6% usaram preservativos em todas as relações casuais.

Entre os homens, 69,7% dos entrevistados eram sexualmente ativos. Mas eles usam mais a camisinha: 57,4% afirmaram ter usado em todas as relações com parceiros ou parceiras casuais.

De acordo com o estudo, 64,8% das entrevistadas entre 15 e 24 anos eram sexualmente ativas (haviam tido relações sexuais nos 12 meses anteriores à pesquisa). Dessas apenas 33,6% usaram preservativos em todas as relações casuais.

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E mais....

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, o Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde, e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres lançam nesta quarta-feira, 31/03, campanha para incentivar beneficiárias do programa Bolsa Família a se protegerem do HIV/aids. O objetivo é facilitar o acesso à camisinha para as mulheres de baixa renda, orientá-las sobre maneiras de discutir com o parceiro a questão do uso do preservativo e incentivá-las a fazer o teste de HIV.


Serviço
Lançamento da campanha “Camisinha, um direito seu”
Data: 31/03/2010
Horário: 10h30
Local: Auditório Emílio Ribas – Ministério da Saúde

Atendimento à imprensa
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

Tel: (61) 3433-1021

Site: www.mds.gov.br
Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais
Tel: (61) 9221-2546/3306-7024 / 7010 / 7016

Site: www.aids.gov.br - E-mail: imprensa@aids.gov.br
Atendimento ao cidadão
0800 61 1997 e (61) 3315 2425

sexta-feira, 23 de abril de 2010

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ABUSO SEXUAL INFANTIL


Seja qual for o número de abusos sexuais em crianças que se vê nas estatísticas, seja quantos milhares forem, devemos ter em mente que, de fato, esse número pode ser bem maior. A maioria desses casos não é reportada, tendo em vista que as crianças têm medo de dizer a alguém o que se passou com elas. E o dano emocional e psicológico, em longo prazo, decorrente dessas experiências pode ser devastador.

O abuso sexual às crianças pode ocorrer na família, através do pai, do padrasto, do irmão ou outro parente qualquer. Outras vezes ocorre fora de casa, como por exemplo, na casa de um amigo da família, na casa da pessoa que toma conta da criança, na casa do vizinho, de um professor ou mesmo por um desconhecido.

Em tese, define-se Abuso Sexual como qualquer conduta sexual com uma criança levada a cabo por um adulto ou por outra criança mais velha. Isto pode significar, além da penetração vaginal ou anal na criança, também tocar seus genitais ou fazer com que a criança toque os genitais do adulto ou de outra criança mais velha, ou o contacto oral-genital ou, ainda, roçar os genitais do adulto com a criança.

Às vezes ocorrem outros tipos de abuso sexual que chamam menos atenção, como por exemplo, mostrar os genitais de um adulto a um criança, incitar a criança a ver revistas ou filmes pornográficos, ou utilizar a criança para elaborar material pornográfico ou obsceno.

A Criança Abusada

Devido ao fato da criança muito nova não ser preparada psicologicamente para o estímulo sexual, e mesmo que não possa saber da conotação ética e moral da atividade sexual, quase invariavelmente acaba desenvolvendo problemas emocionais depois da violência sexual, exatamente por não ter habilidade diante desse tipo de estimulação.

A criança de cinco anos ou pouco mais, mesmo conhecendo e apreciando a pessoa que o abusa, se sente profundamente conflitante entre a lealdade para com essa pessoa e a percepção de que essas atividades sexuais estão sendo terrivelmente más. Para aumentar ainda mais esse conflito, pode experimentar profunda sensação de solidão e abandono.

Quando os abusos sexuais ocorrem na família, a criança pode ter muito medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou, pior ainda, pode temer que a família se desintegre ao descobrir seu segredo.

A criança que é vítima de abuso sexual prolongado, usualmente desenvolve uma perda violenta da auto-estima, tem a sensação de que não vale nada e adquire uma representação anormal da sexualidade. A criança pode tornar-se muito retraída, perder a confiaça em todos adultos e pode até chegar a considerar o suicídio, principalmente quando existe a possibilidade da pessoa que abusa ameaçar de violência se a criança negar-se aos seus desejos.

Algumas crianças abusadas sexualmente podem ter dificuldades para estabelecer relações harmônicas com outras pessoas, podem se transformar em adultos que também abusam de outras crianças, podem se inclinar para a prostituição ou podem ter outros problemas sérios quando adultos.

Comumente as crianças abusadas estão aterrorizadas, confusas e muito temerosas de contar sobre o incidente. Com freqüência elas permanecem silenciosas por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas. Crianças maiores podem sentir-se envergonhadas com o incidente, principalmente se o abusador é alguém da família.

Mudanças bruscas no comportamento, apetite ou no sono pode ser um indício de que alguma coisa está acontecendo, principalmente se a criança se mostrar curiosamente isolada, muito perturbada quando deixada só ou quando o abusador estiver perto.

O comportamento das crianças abusadas sexualmente pode incluir:

1.Interesse excessivo ou evitação de natureza sexual;

2.Problemas com o sono ou pesadelos;

3.Depressão ou isolamento de seus amigos e da família;

4.Achar que têm o corpo sujo ou contaminado;

5.Ter medo de que haja algo de mal com seus genitais;

6.Negar-se a ir à escola,

7.Rebeldia e Delinqüência;

8.Agressividade excessiva;

9.Comportamento suicida;

10. Terror e medo de algumas pessoas ou alguns lugares;

11. Retirar-se ou não querer participar de esportes;

12. Respostas ilógicas (para-respostas) quando perguntamos sobre alguma ferida em seus genitais;

13. Temor irracional diante do exame físico;

14. Mudanças súbitas de conduta.

Algumas vezes, entretanto, crianças ou adolescentes portadores de Transtorno de Conduta severo fantasiam e criam falsas informações em relação ao abuso sexual.

Quem é o Agressor Sexual

Mais comumente quem abusa sexualmente de crianças são pessoas que a criança conhece e que, de alguma forma, podem controla-la. De cada 10 casos registrados, em 8 o abusador é conhecido da vítima. Esta pessoa, em geral, é alguma figura de quem a criança gosta e em quem confia. Por isso, quase sempre acaba convencendo a criança a participar desses tipos de atos por meio de persuasão, recompensas ou ameaças.

Mas, quando o perigo não está dentro de casa, nem na casa do amiguinho, ele pode rondar a creche, o transporte escolar, as aulas de natação do clube, o consultório do pediatra de confiança e, quase impossível acreditar, pode estar nas aulas de catecismos da paróquia. Portanto, o mais sensato será acreditar que não há lugar absolutamente seguro contra o abuso sexual infantil.

Segundo a Dra. Miriam Tetelbom, o incesto pode ocorrer em até 10% das famílias. Os adultos conhecidos e familiares próximos, como por exemplo o pai, padrasto ou irmão mais velho são os agressores sexuais mais freqüentes e mais desafiadores. Embora a maioria dos abusadores seja do sexo masculino, as mulheres também abusam sexualmente de crianças e adolescentes.

Esses casos começam lentamente através de sedução sutil, passando a prática de "carinhos" que raramente deixam lesões físicas. É nesse ponto que a criança se pergunta como alguém em quem ela confia, de quem ela gosta, que cuida e se preocupa com ela, pode ter atitudes tão desagradáveis.

A Família da Criança Abusada Sexualmente

A primeira reação da família diante da notícia de abuso sexual pode ser de incredulidade. Como pode ser comum crianças inventarem histórias, de fato elas podem informar relações sexuais imaginárias com adultos, mas isso não é a regra. De modo geral, mesmo que o suposto abusador seja alguém em quem se vinha confiando, em tese a denúncia da criança deve ser considerada.

Em geral, aqueles que abusam sexualmente de crianças podem fazer com que suas vítimas fiquem extremamente amedrontadas de revelar suas ações, incutindo nelas uma série de pensamentos torturantes, tais como a culpa, o medo de ser recriminada, de ser punida, etc. Por isso, se a criança diz ter sido molestada sexualmente, os pais devem fazê-la sentir que o que passou não foi sua culpa, devem buscar ajuda médica e levar a criança para um exame com o psiquiatra.

Os psiquiatras da infância e adolescência podem ajudar crianças abusadas a recuperar sua auto-estima, a lidar melhor com seus eventuais sentimentos de culpa sobre o abuso e a começar o processo de superação do trauma. O abuso sexual em crianças é um fato real em nossa sociedade e é mais comum do que muita gente pensa. Alguns trabalhos afirmam que pelo menos uma a cada cinco mulheres adultas e um a cada 10 homens adultos se lembra de abusos sexuais durante a infância.

O tratamento adequado pode reduzir o risco da criança desenvolver sérios problemas no futuro, mas a prevenção ainda continua sendo a melhor atitude. Algumas medidas preventivas que os pais podem tomar, fazendo com que essas regras de conduta soem tão naturais quanto as orientações para atravessar uma rua, afastar-se de animais ferozes, evitar acidentes, etc. Se considerar que a criança ainda não tem idade para compreender com adequação a questão sexual, simplesmente explique que algumas pessoas podem tentar tocar as partes íntimas (apelidadas carinhosamente de acordo com cada família), de forma que se sintam incomodadas.

1.Dizer às crianças que "se alguém tentar tocar-lhes o corpo e fazer coisas que a façam sentir desconfortável, afaste-se da pessoa e conte em seguida o que aconteceu."

2.Ensinar às crianças que o respeito aos maiores não quer dizer que têm que obedecer cegamente aos adultos e às figuras de autoridade. Por exemplo, dizer que não têm que fazer tudo o que os professores, médicos ou outros cuidadores mandarem fazer, enfatizando a rejeição daquilo que não as façam sentir-se bem.

3.Ensinar a criança a não aceitar dinheiro ou favores de estranhos.

4.Advertir as crianças para nunca aceitarem convites de quem não conhecem.

5.A atenta supervisão da criança é a melhor proteção contra o abuso sexual pois, muito possivelmente, ela não separa as situações de perigo à sua segurança sexual.

6.Na grande maioria dos casos os agressores são pessoas conhecem bem a criança e a família, podem ser pessoas às quais as crianças foram confiadas.

7.Embora seja difícil proteger as crianças do abuso sexual de membros da família ou amigos íntimos, a vigilância das muitas situações potencialmente perigosas é uma atitude fundamental.

8.Estar sempre ciente de onde está a criança e o que está fazendo.

9.Pedir a outros adultos responsáveis que ajudem a vigiar as crianças quando os pais não puderem cuidar disso intensivamente.

10.Se não for possível uma supervisão intensiva de adultos, pedir às crianças que fiquem o maior tempo possível junto de outras crianças, explicando as vantagens do companheirismo.

11.Conhecer os amigos das crianças, especialmente aqueles que são mais velhos que a criança.

12.Ensinar a criança a zelar de sua própria segurança.

13.Orientar sempre as crianças sobre opções do que fazer caso percebam más intenções de pessoas pouco conhecidas ou mesmo íntimas.

14.Orientar sempre as crianças para buscarem ajuda com outro adulto quando se sentirem incomodadas.

15.Explicar as opções de chamar atenção sem se envergonhar, gritar e correr em situações de perigo.

16.Orientar as crianças que elas não devem estar sempre de acordo com iniciativas para manter contacto físico estreito e desconfortável, mesmo que sejam por parte de parentes próximos e amigos.

17.Valorizar positivamente as partes íntimas do corpo da criança, de forma que o contacto nessas partes chame sua atenção para o fato de algo incomum e estranho estar acontecendo.

Que fazer

Uma falsa crença é esperar que a criança abusada avise sempre sobre o que está acontecendo. Entretanto, na grande maioria das vezes, as vítimas de abuso são convencidas pelo abusador de que não devem dizer nada a ninguém. A primeira intenção da criança é, de fato, avisar a alguém sobre seu drama mas, em geral, nem sempre ela consegue fazer isso com facilidade, apresentando um discurso confuso e incompleto. Por isso os pais precisam estar conscientes de que as mudanças na conduta, no humor e nas atitudes da criança podem indicar que ela é vítima de abuso sexual.

Muitos pais se sentem totalmente despreparados e pegos de surpresa quando sua criança é abusada, mas sempre devemos ter em mente que as reações emocionais da família serão muito importante na recuperação da criança.

Quando uma criança confia a um adulto que sofreu abuso sexual, o adulto pode sentir-se muito incomodado e não saber o que dizer ou fazer. Vejamos algumas sugestões (American Academy of Child and Adolescent Psychiatry):

1.Incentivar a criança a falar livremente o que se passou, sem externar comentários de juízo.

2.Demonstrar que estamos compreendendo a angústia da criança e levando muito a sério o que esta dizendo. As crianças e adolescentes que encontram quem os escuta com atenção e compreensão, reagem melhor do que aquelas que não encontram esse tipo de apoio.

3.Assegurar à criança que fez muito bem em contar o ocorrido pois, se ela tiver uma relação muito próxima com quem a abusa, normalmente se sentirá culpada por revelar o segredo ou com muito medo de que sua família a castigue por divulgar o fato.

4.Dizer enfaticamente à criança que ela não tem culpa pelo abuso sexual. A maioria das crianças vítimas de abuso pensa que elas foram a causa do ocorrido ou podem imaginar que isso é um castigo por alguma coisa má que tenham feito.

Finalmente, oferecer proteção à criança, e prometer que fará de imediato tudo o que for necessário para que o abuso termine.

No momento em que esse incidente vem à tona, devemos considerar que o bem estar da criança é a prioridade. Se os familiares estão emocionalmente muito perturbados nesse momento, o assunto deve ser interrompido para que as emoções e idéias possam ser mais bem organizadas. Depois disso, deve-se voltar a tratar do assunto com a criança, explicando sempre que as emoções negativas são dirigidas ao agressor e nunca contra a criança.

Não devemos apressar insensivelmente a criança para relatar tudo de uma só vez, principalmente se ela estiver muito emocionada. Mas, por outro lado, devemos encorajá-la a falar com liberdade tudo o que tenha acontecido, escutando-a carinhosamente para que se sinta confiante. Responda a qualquer pergunta que a esteja angustiando e esclareça qualquer mal entendido, enfatizando sempre que é o abusador e não a criança o responsável por tudo.

Se o abusador é um familiar a situação é bastante difícil para a criança e para demais membros da família. Embora possam existir fortes conflitos e sentimentos sobre o abusador, a proteção da criança deve continuar sendo a prioridade. Abaixo, algumas condutas que devem ser pensadas nos casos de violência sexual contra crianças.

1. Informe as autoridades qualquer suspeita séria de abuso sexual.

2.Consultar imediatamente um pediatra ou médico de família para atestar a veracidade da agressão (quando houver sido concretizada). O exame médico pode avaliar as condições físicas e emocionais da criança e indicar um tratamento adequado.

3.A criança abusada sexualmente deve submeter-se a uma avaliação psiquiátrica por ou outro profissional de saúde mental qualificado, para determinar os efeitos emocionais da agressão sexual, bem como avaliar a necessidade de ajuda profissional para superar o trauma do abuso.

4. Ainda que a maior parte das acusações de abuso sejam verdadeiras, pode haver falsas acusações em casos de disputas sobre a custódia infantil ou em outras situações familiares complicadas.

5. Quando a criança tem que testemunhar sobre a identidade de seu agressor, deve-se preferir métodos indiretos e especiais sempre que possível, tais como o uso de vídeo, afastamento de expectadores dispensáveis ou qualquer outra opção de não ter que encarar o acusado.

6.Quando a criança faz uma confidência a alguém sobre abuso sexual, é importante dar-lhe apoio e carinho; este é o primeiro passo para ajudar no restabelecimento de sua autoconfiança, na confiança nos outros adultos e na melhoria de sua auto-estima.

7.Normalmente, devido ao grande incômodo emocional que os pais experimentam quando ficam sabendo do abuso sexual em seus filhos, estes podem pensar, erroneamente, que a raiva é contra eles. Por isso, deve ficar muito claro que a raiva manifestada não é contra a criança abusada.

Seqüelas

Felizmente, os danos físicos permanentes como conseqüência do abuso sexual são muito raros. A recuperação emocional dependerá, em grande parte, da resposta familiar ao incidente (Embarazada.Com). As reações das crianças ao abuso sexual diferem com a idade e com a personalidade de cada uma, bem como com a natureza da agressão sofrida. Um fato curioso é que, algumas (raras) vezes, as crianças não são tão perturbadas por situações que parecem muito sérias para seus pais.

O período de readaptação depois do abuso pode ser difícil para os pais e para a criança. Muitos jovens abusados continuam atemorizados e perturbados por várias semanas, podendo ter dificuldades para comer e dormir, sentindo ansiedade e evitando voltar à escola.

As principais seqüelas do abuso sexual são de ordem psíquica, sendo um relevante fator na história da vida emocional de homens e mulheres com problemas conjugais, psicossociais e transtornos psiquiátricos.

Antecedentes de abuso sexual na infância estão fortemente relacionados a comportamento sexual inapropriado para idade e nível de desenvolvimento, quando comparado com a média das crianças e adolescentes da mesma faixa etária e do mesmo meio sócio-cultural sem história de abuso.

Em nível de traços no desenvolvimento da personalidade, o abuso sexual infantil pode estar relacionado a futuros sentimentos de traição, desconfiança, hostilidade e dificuldades nos relacionamentos, sensação de vergonha, culpa e auto-desvalorização, à baixa autoestima à distorção da imagem corporal, Transtorno Borderline de Personalidade e Transtorno de Conduta.

Em relação a quadros psiquiátricos francos, o abuso sexual infantil se relaciona com o Transtorno do Estresse Pós-traumático, com a depressão, disfunções sexuais (aversão a sexo), quadros dissociativos ou conversivos (histéricos), dificuldade de aprendizagem, transtornos do sono (insônia, medo de dormir), da alimentação, como por exemplo, obesidade, anorexia e bulimia, ansiedade e fobias.



Para referir:

Ballone GJ - Abuso Sexual Infantil, in. PsiqWeb, Internet, disponível em 2003

terça-feira, 20 de abril de 2010

FIBROMIALGIA


Fibromialgia é uma desordem que causa dor muscular e fadiga. Pessoas com fibromialgia têm "pontos sensíveis" no corpo, que são lugares específicos no pescoço, ombros, costas, braços, quadril e pernas. Esses pontos doem quando pressionados. As causas da fibromialgia são desconhecidas.


Há vários fatores envolvidos. Fibromialgia tem sido relacionada a:

* Eventos estressantes ou traumáticos, como acidente de carro.
* Lesões repetitivas.
* Certas doenças.

Pessoas com fibromialgia também têm outros sintomas como:

* Problema para dormir.
* Falta de flexibilidade pela manhã.
* Dor de cabeça.
* Ciclos menstruais doloridos.
* Formigamento ou falta de sensibilidade nas mãos e pés.
* Problemas de raciocínio e memória.

Fibromialgia também pode acontecer por si mesma. Alguns cientistas acreditam que um gene, ou genes, poderiam ter envolvimento sobre a fibromialgia. Os genes poderiam fazer a pessoa reagir fortemente a coisas que outros poderiam não achar doloroso.

A fibromialgia afeta até 1 em cada 50 pessoas. A maioria das pessoas com fibromialgia são mulheres. Porém, homens e crianças também podem ter essa desordem. A maioria das pessoas é diagnosticada durante a meia idade.

Pessoas com certas doenças podem ter maior probabilidade de ter fibromialgia. Essas doenças incluem:

* Artrite reumatóide.
* Lupus eritematoso sistêmico.
* Artrite espinal

Mulheres que têm algum membro da família com fibromialgia possuem maior probabilidade de também sofrerem essa desordem.

Fibromialgia também pode ser de difícil tratamento. É importante encontrar um médico que seja familiarizado como a fibromialgia e seu tratamento. Reumatologistas poderiam tratar a fibromialgia.

O tratamento para a fibromialgia geralmente requer abordagem de equipe, que pode incluir seu médico, um fisioterapeuta e possivelmente outro profissional da saúde. Uma clínica de dor e reumatismo poderia ser um bom lugar para obter tratamento.

O FDA (órgão americano que regula medicamentos) ainda não aprovou nenhum remédio para tratamento específico para a fibromialgia. Os médicos podem tratar a fibromialgia com remédios aprovados para outros propósitos. Remédios para dor e antidepressivos são geralmente usados no tratamento.

O que pode fazer a pessoa para tentar se sentir melhor?

Há muitas coisas que pode ser feita para sentir-se melhor, incluindo:

* Tomar os remédios como prescrito.
* Ter sono suficiente.
* Praticar exercícios físicos.
* Alimentar-se bem.
* Fazer mudanças no seu trabalho, se necessário.

A NIAMS (National Institute of Arthritis and Musculoskeletal and Skin Diseases) patrocina pesquisas sobre a fibromialgia para melhor compreende-la e encontrar melhores formas de tratamento, prevenção e diagnóstico.

Os pesquisadores estão estudando:

* Por que pessoas com fibromialgia têm maior sensibilidade à dor.
* O papel dos hormônios de estresse no organismo.
* Tratamentos médicos e de comportamento.
* Se há um gene, ou genes, que tornam a pessoas mais susceptível à fibromialgia.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Prevenção começa com informação!

* Dainir Feguri

TEMA: PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS

Entre as várias questões do dia-a-dia que exigem atenção especial, temos o tema “drogas”. É um assunto que, direta ou indiretamente, diz respeito a todos nós – governo e sociedade.

Esse tema permite olhares sob várias perspectivas, enquanto cidadãos de uma nação, membros de uma família ou como indivíduos. E para cada uma delas, justifica-se um engajamento pleno e indispensável.

Essa temática exige conhecimento atualizado para entender o fenômeno que atinge todos os setores e da vida e que muitas vezes acaba por envolver a todos responsabilizando-nos de alguma forma.

A Secretaria Nacional Antidrogas (SENAD) do gabinete de Segurança Institucional da presidência da República – articuladora das Políticas Públicas sobre drogas, orientada pelo principio da responsabilidade compartilhada, adotando como estratégia a cooperação mutua, a articulação de esforços entre governo, iniciativa privada, terceiro setor e cidadãos, no sentido de ampliar a consciência para a importância da intersetorialidade e descentralização das ações sobre drogas no país, promove e facilita o processo para o realinhamento de nossa política sobre drogas.

Enquanto o papel do governo consiste em envolver e dar voz a todos os interessados nesta questão para facilitar a criação de políticas que estejam adequados no momento, os demais setores governamentais e a sociedade constitui o seu papel de promotor de informação e conhecimento vinculado aos aspectos vivenciais e profissionais da saúde, educação e familias estão conscientes dos problemas encontrados na comunidade em relação ao tema ‘drogas’.

Objetivamente buscamos:
a. Atingir o ideal de construção de uma sociedade protegida e consciente do mal que causa o uso de drogas ilícitas e do uso indevido de drogas lícitas;
b. Reconhecer as diferenças entre o usuário, a pessoa em uso indevido, o dependente, cujo tratamento requer forma diferenciada;
c. Buscar a conscientização do usuário, família e da comunidade.
d. Conhecer sobre os prejuízos sociais e as implicações negativas representadas pelo uso indevido de drogas e suas conseqüências.

De que maneira? Pela orientação sobre a PREVENÇÃO.

A efetiva prevenção é fruto do comprometimento, da cooperação, e da parceria entre diferentes segmentos da sociedade brasileira e dos órgãos governamentais, federal, estadual e municipal, fundamentada na filosofia da “responsabilidade compartilhada”, com a construção de redes sociais que visem à melhoria das condições de vida e promoção da saúde.

As ações preventivas devem ser planejadas e direcionadas ao desenvolvimento humano, o incentivo à educação para a vida saudável, acesso aos bens culturais, incluindo a prática de esportes, cultura, lazer, a socialização do conhecimento sobre drogas, com embasamento cientifico, o fomento do protagonismo juvenil, da participação da família, da escola e da sociedade na multiplicação das ações.

Para tanto, as mensagens utilizadas em campanhas e programas educacionais e preventivos devem ser claras, atualizadas e fundamentadas cientificamente as especificidades do público–alvo, as diversidades culturais, a vulnerabilidade, respeitando as diferenças de gênero, raça e etnia.

Conteúdo que orientem sobre o tema devem ser repassados, tais como:

a. Drogas – classificação e efeitos no organismo;
b. Experimentação, uso, abuso e dependências de drogas;
c. Aspectos socioculturais relacionados ao uso de álcool e outras drogas;
d. Prevenção: novas formas de pensar e enfrentar o problema;
e. As drogas e os meios de comunicação;
f. Legislação;
g. Tratamento e comunidades terapêuticas;
h. Mediação de conflitos;
i. Prevenção e recaída;
j. O trabalho comunitário e a construção de redes sociais.

Estes subsidios não garantirá que haverá solução do problema, mas será o primeiro passo para se propor uma conscientização da população e mudança de hábitos que outrora sustentamos sob um superego tirano, justificando que o problema se reduz com a suposta 'limpeza social', que mais estigmatiza a pátria semelhante a uma madrastra vil.