segunda-feira, 23 de junho de 2008

"APU INTI" - O homem ocidental


O homem Ocidental, ao invés de tocar-se,
fala e acredita no que diz e,
como fala muito,
não resta tempo para tocar seu corpo,
este lhe parece estranho,
seu corpo lhe pede contato,
sua mente interpreta mal,
suas normas o transformam em tabu.

O homem Ocidental, no lugar do contato,
constrói para si uma cela de preconceitos
melindres e temores,
onde vive isolado
administrando o hábito antinatural
de permanente auto-repressão.

... E quando a pureza se apossar
de ti a inocência caracterizará teus
passos. Então, num processo
descivilizatório, te sentirás selvagem,
índio, louco, livre, liberto
da necessidade de explicar a tua
atitude aos outros.

Estamos reconstruindo
a nossa herança espiritual
para aclimatá-la ao mundo ocidental
e compartilhá-la como prova de irmandade.

A nossa herança
é a transparência,
nosso calor o fervor,
a intensa paixão
que enche o nosso coração.

E que o fogo da transparência
purifique teus dias,
inocente teus passos,
vestindo-te de luz.

trechos do livro: "APU INTI" - Tradução de Ricardo Aníbal Rosenbush.

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