terça-feira, 16 de dezembro de 2008
Treinamento versus Auto-sabotagem
Quando o assunto é treinar para que, surgem atitudes que parecem inexplicáveis, mas que faz sentido quando se compreende tais motivos:
"A principio toda tentativa de oferecer treinamento aos colaboradores são percebidas como uma atitude negativa, visto a utilização dos mecanismos de defesa “resistência” e “negação”, demonstrado na expressão corporal e verbal que surgem no grupo. Qualificando o foco da atividade proposta apenas no prazer e não no trabalho.
Após dar inicio a oficina, o grupo se envolveu e durante as ações surgiram outros mecanismos de defesa como a “projeção” manifestada na forma de criticas destrutivas, pensamentos disfuncionais e no ato de ovacionar a palestrante como forma de protesto e descontentamento com seus pares. Por trás do ato apresenta relações de conflitos cristalizados. O que leva ao questionamento “porque o individuo institucionalizado apresenta estes comportamentos”? Denominado também como auto-sabotagem no trabalho.
Resumidamente a definição de auto-sabotagem seria: condutas auto-destrutivas, uma equação subconsciente: o chefe é um dos pais e o colega é um irmão. São questões mal resolvidas dentro da família biológica que acabam sendo levadas para o local de trabalho. E este local se torna o pátio da uma escola. É comum ver como as rivalidades, picuinhas, fofocas, panelinhas, condutas e comportamentos que observamos nos pátios da escola para a vida profissional adulta. Sabotar publicamente no trabalho, serve como uma lente de aumento para questões pessoais. A pergunta é: Qual a origem desta auto-sabotagem? O que acontece quando o super-bebê é criticado? Ele reage com sentimentos de medo, culpa vergonha, raiva e confusão. Não tem autoconfiança necessária para levantar-se e tentar outra vez sozinho. Ao reagir a um aborrecimento acaba recorrendo a uma forma de conduta que só serve para prejudicá-lo. Essas condutas são perdas de tempo e um desperdício de potencial.
Quando um grupo se encontra e discute negócios, propostas, tarefas; quando não existem desavenças entre pessoas, quando não há conflitos ou quando todos se dão bem; quando um grupo toma decisões baseadas na técnica democrática da votação; Esses elementos não constituem uma equipe. Trabalhar em harmonia, votar e reunir-se para discutir questões comuns pode ocorrer sem ser um trabalho em equipe.
Um grupo torna-se equipe quando têm objetivos e metas comuns, quando é administrado e dirigido por uma ou mais pessoas, quando todos os membros são interdependentes e quando atingir os objetivos exige colaboração.
Uma equipe usa as habilidades, as competências e os recursos de todos os seus membros, planeja suas atividades, é sistêmica em seu processo decisório e de resolução de problemas e empenha-se para chegar à produtividade máxima.
Uma equipe torna-se uma organização coesa ao envolver seus membros no planejamento e na tomada de decisões. Todos os membros sentem-se responsáveis pelo sucesso da equipe. Enxergam-se como parte integrante da organização. Não há auto-afirmação que apontam para a diferenciação de situações em relação a contratação e ocupação de cargos.
Todos os membros da equipe empenham-se para manter relações de cooperação por meio do estabelecimento de objetivos mútuos compartilhados, comunicação aberta de reconhecimento e apoio recíprocos. Quando a equipe ganha, cada um é vencedor. Equipes eficazes usam o conflito para garantir que as questões vêm à tona, são exploradas e tratadas. Questões e opiniões podem estar em conflito; membros da equipe não. Quando isto acontece deixa de ser o que se sugere e passa a ser problemas no campo pessoal.
Na área do desenvolvimento humano, um conceito muito valorizado atualmente é a resiliência (a capacidade de superar adversidades sem se despedaçar). A pessoa resiliente enfrenta crises, sofre perdas, encara fracassos e continua firme, não desiste de seus objetivos. Há situações na vida que são imprevisíveis e a qualquer momento podemos enfrentar situações críticas, turbulências, mudanças que inviabilizam nossos projetos, até mesmo uma dispensa do cargo no trabalho.
Garantir-se é preciso, tendo o preparo necessário para enfrentar as situações inesperadas. A chave para o sucesso do trabalho de equipe é a constatação de conflitos cristalizados pela institucionalização do individuo e propor o desenvolvimento da resiliência para o enfrentamento das interpretações equivocadas que ocorrem nas experiências relacionais e estressantes da vida. Revoltar-se contra situações, encará-las com pessimismo ou reclamar - que é a atitude de muitas pessoas - não leva a nada. Mas quando se consideram as crises e dificuldades como fato natural da vida, que nos proporcionam oportunidades de crescimento, é possível enfrentá-las com algum equilíbrio e consciência.
A qualidade da resiliência começa na interpretação das dificuldades como desafios e oportuniza levar a energia para superá-los, não para lamentá-los. Tira-se proveito para desenvolver novas competências e se fortalecer. Ao assumir essa postura e repeti-la ao longo do tempo, possibilita estruturar a autoconfiança. Então compreenderá que resiliência não é um "poder especial" que algumas pessoas têm, mas, simplesmente, uma atitude perante a vida.
Afinal o trabalho de equipe, acaba por ser uma oportunidade de conviver mais perto dos colegas e também de aprender com eles. Alguns podem pensar que sendo como é impossível mudar. Porém, já dizia um autor desconhecido esta frase: “A natureza humana não existe, o que existe é a natureza animal e o potencial humano de não se render a ela”.
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