quinta-feira, 24 de julho de 2008
A Filosofia do Camelo
sexta-feira, 18 de julho de 2008
Lenda do guaraná
Em uma aldeia dos índios Maués havia um casal, com um único filho, muito bom, alegre e saudável, chamado Garuná. Era muito querido por todos de sua aldeia, o que levava a crer que no futuro seria um grande chefe guerreiro. Isto fez com que Jurupari, o Deus do mal, sentisse muita inveja do menino. Por isso resolveu matá-lo. Então, Jurupari transformou-se em uma enorme serpente e, enquanto o indiozinho estava distraído, colhendo frutinhas na floresta, ela atacou e matou a pobre criança.
Seus pais, que de nada desconfiavam,esperaram por um dia e uma noite, até que toda a tribo se reuniu para procurá-lo. Quando o encontrou morto na floresta, uma grande tristeza tomou conta da tribo. Ninguém conseguia conter as lágrimas. Neste exato momento uma grande tempestade caiu sobre a floresta e um raio veio atingir bem perto do corpo do menino.
Todos ficaram muito assustados. A índia-mãe disse: "... É Tupã que se compadece de nós. Quer que enterremos os olhos de meu filho, para que nasça uma fruteira, que será nossa felicidade". Assim foi feito. Os índios plantaram os olhinhos do Garuná imediatamente, conforme o desejo de Tupã, o rei do trovão. Alguns dias se passaram e no local nasceu uma plantinha que os índios ainda não conheciam, mas que chamavam de Garuná. É por isso que os frutos hoje, o guaraná são sementes negras rodeadas por uma película branca, muito semelhante a um olho humano.
Lenda do Açaí
Há muito tempo, quando ainda não existia a cidade de Belém, vivia neste local uma numerosa tribo indígena. Nesta época os alimentos eram escassos e por este motivo o cacique tomou uma decisão muito cruel: resolveu que todas as crianças que nascessem a partir daquela data, seriam necessariamente sacrificadas, uma vez que não haveria alimentos suficientes para todos.
Entretanto, IAÇA, filha do cacique, acidentalmente deu a luz a um lindo menino o qual não foi poupado da cruel decisão de seu avô. A índia chorava todas as noites com saudade de seu filhinho, até que em uma noite de lua cheia, o choro de uma criança a atraiu ao pé de uma esbelta palmeira. Lá seu filho a esperava de braços abertos.
Radiante de alegria, IAÇA correu para abraçá-lo, mas quando o fez fortemente, a criança misteriosamente desapareceu! No dia seguinte, a moça foi encontrada morta, abraçada ao tronco da palmeira. Seu rosto ainda trazia um suave sorriso de felicidade e seus olhos negros fitavam o alto da palmeira que estava carregada de frutinhos escuros. Então, o cacique mandou que apanhassem os frutos e percebeu que dele poderia se extrair um suco violáceo quando amassado, que passou a ser a principal fonte de alimento daquela tribo. Este achado fez com que o cacique suspendesse os sacrifícios e as crianças voltaram a nascer livremente, pois a alimentação não era mais problema naquela tribo.
Em agradecimento a Tupã e em homenagem a sua filha, o Cacique deu o nome de AÇAÍ aos frutinhos encontrados na palmeira, que é justamente o nome de IAÇA invertido.
terça-feira, 15 de julho de 2008
A BAGUNÇA
O perfil de bagunceiros e organizados
quinta-feira, 10 de julho de 2008
Lenda do Muiraquitã
Em meio aos encantos da floresta Amazônica, existia uma tribo de mulheres guerreiras, as Icamiabas, que não se casavam e nem deixavam ninguém se aproximar. Excelentes arqueiras, viviam sob a proteção mágica de Iaçi, a lua. Num ritual de mistérios e fragrâncias, recebiam, uma vez por ano, os guerreiros Guacaris e, com fruto desse encontro, nascesse um bebê masculino, este era entregue aos guerreiros, caso contrário, ficava sob os cuidados das ágeis arqueiras. No dia da visita, rumavam por entre a mata úmida em direção ao lago onde despejavam potes cheios de perfume para a purificação do banho. À meia noite, sob o brilho inebriante de Iaçi, mergulhavam nas águas purificadas do lago de onde retiravam um barro verde que depois tomariam formas de peixes, tartarugas, sapos entre outros. Os guerreiros eram presenteados com os sapos que, pela sua originalidade passaram a ser usados no pescoço como amuletos da sorte. Acredita-se que o Muiraquitã traz muita felicidade a quem o usa como amuleto.
quarta-feira, 9 de julho de 2008
A Lenda da Vitória Régia...Tambá-Tajá
Na noite seguinte, esperando realizar seu sonho, ela tomou o caminho do rio para rever Jaci, quando percebeu sua luz refletida no espelho das águas. A bela índia se aproximou da margem do rio e ficou hipnotizada com o que viu: a lua, imensa, resplandecente.Com sua inocência, a bela índia pensou que a lua tinha vindo se banhar no rio e esperar por sua visita. Então, Iracema mergulhou nas profundezas das águas desaparecendo para sempre. A lua, sentindo-se culpada ao ver aquela jovem vida perdida, a transformou em uma flor gigante - a Vitória Régia - com um inebriante perfume e pétalas que se abrem nas águas para receber em toda sua superfície a luz da lua.
Abertura do IVCONEPA_Hotel Tropical_Manaus
sexta-feira, 4 de julho de 2008
PARINTINS_AMAZONAS/2008.
BOI GARANTIDO
O boi-bumbá Garantido foi fundado em 13 de junho de 1913 por Lindolfo Monteverde. De acordo com Dé Monteverde, neto de Lindolfo, ele já brincava de boi e seguia os batuques de boi pela Baixa de São José, bairro de pessoas humildes de Parintins. Por volta de 1908, ele costumava enfiar na cabeça um curuatá (casca do cacho da palmeira inajá) e fazia dele um boizinho, correndo pelas ruas da Baixa de São José junto com os outros curumins. Na adolescência ele foi acometido por uma doença grave e, para se curar, fez uma promessa para São João para que se alcançasse a cura, colocaria o boi todos os anos até o fim de sua vida em 1979. Foi baseado nesta tradição que o Garantido consolidou-se como o boi do povão. O respeito à tradição é tanto que sempre no dia 12 de junho o boi sai nas ruas de Parintins ao alvorecer para comemorar a data de sua fundação.
Uma outra data de grande importância é o dia 24 de junho, quando se comemora o dia de São João, em função da promessa feita pela cura de Lindolfo Monteverde. A brincadeira de boi foi crescendo e não parou mais. Com o surgimento de um outro boi na cidade (fiz a lenda que o Caprichoso surgiu de uma cizânia entre os brincantes de Lindolfo Monteverde), a brincadeira, então, virou disputa. Primeiro nas ruas de Parintins e, depois, dentro do Festival Folclórico
Hoje as apresentações dos dois bois atraem milhares de pessoas de diversos lugares do Brasil e do mundo. Infelizmente Lindolfo Monteverde não viveu o suficiente para ver a grandiosidade do que se idealizou apenas como uma brincadeira. Uma festa que movimenta a economia da cidade e mexe com a paixão de todos os moradores desta ilha localizada a 220 quilômetros a leste de Manaus. Também diz a lenda que no inicio da década de 60, os poetas e compositores da Baixa de São José cantavam “...se eles disseram que é, eu vou brincar de boi na lua, vou deixar meu São José”.
PARINTINS_AMAZONAS/2008.
Como não foi mais para o destino pretendido inicialmente, Roque ficou em Parintins, onde começou a ter algumas dificuldades financeiras e de saúde. E foi por causa dessas dificuldades que ele fez uma promessa a São João Batista: caso conseguisse vencer essas dificuldades, ele botaria um boi nas ruas de Parintins para brincar todos os anos, até sua morte. E foi assim que o boi-bumbá Caprichoso, um bumbá que foi além da promessa de Roque Cid, visto que a tradição foi passando de pai para filhos e de hoje, ao lado do Garantido, realiza o maior Festival Folclórico do mundo, mesmo anos e anos após a morte de seu fundador.
São muitas as histórias que se contam a respeito da criação do bumbá que tem a estrela na testa. Uma das versões é que o Caprichoso teria sido uma dissidência do Boi Galante, que antes era o principal rival do Garantido. Por conta de uma divergência interna, Emídio Vieira, o “Tracajá” fundador do Galante, deixou o boi dando lugar aos irmãos Cid, recém-chegados do Ceará, que teriam feito a promessa de colocar um Boi na rua caso se dessem bem em Parintins. Foi então que eles assumiram o Galante e mudaram de nome, batizando-o como Caprichoso, o que teria ocorrido no dia 20 de outubro de 1913, tida como a data oficial de fundação do bumbá.
Outra versão dá conta de que o Caprichoso teria sido criado em maio de 1925, por um grupo de moradores de Parintins, entre os quais estaria Emídio Vieira, entre outras. De acordo com o presidente do Conselho de Artes do Caprichoso, Simão Assayag, no livro “ Caprichoso – A terra é Azul”, são “as versões desencontradas e apaixonadas que fazem o folclore”.
Independe de como tenha sido criado, o fato é que o Caprichoso criou uma história de sucesso e ajudou, ao lado do Garantido a levantar o nome de Parintins e do Amazonas para todo o mundo, realizando um festival respeitado internacionalmente. Muitos nomes ajudaram nesta missão, como o por exemplo Arlindo Jr. , que está no Caprichoso desde 1988 e já passou por diversas funções na Arena do Bumbódromo. O ”touro negro” que leva na testa uma estrela, começou a brilhar em Parintins e alcançou o mundo todo com sua luz intensa e incessante.