quarta-feira, 9 de julho de 2008

A Lenda da Vitória Régia...Tambá-Tajá

Vitória Régia

Com a tentativa de tocá-lo, a índia subiu numa árvore alta. Porém, não obteve sucesso. Na noite seguinte, ela decidiu subir na mais alta cachoeira para poder sentir com suas mãos a maciez do rosto de seu amor, mas novamente foi em vão, pois quanto mais alto ela subia, mais a lua se distanciava de seus delicados dedos. Muito desapontada, Iracema resolveu voltar a sua aldeia.
Na noite seguinte, esperando realizar seu sonho, ela tomou o caminho do rio para rever Jaci, quando percebeu sua luz refletida no espelho das águas. A bela índia se aproximou da margem do rio e ficou hipnotizada com o que viu: a lua, imensa, resplandecente.Com sua inocência, a bela índia pensou que a lua tinha vindo se banhar no rio e esperar por sua visita. Então, Iracema mergulhou nas profundezas das águas desaparecendo para sempre. A lua, sentindo-se culpada ao ver aquela jovem vida perdida, a transformou em uma flor gigante - a Vitória Régia - com um inebriante perfume e pétalas que se abrem nas águas para receber em toda sua superfície a luz da lua.

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A LENDA TAMBÁ-TAJÁ
Na tribo Macuxi havia um índio forte e muito inteligente. Um dia ele se apaixonou por uma bela índia de sua aldeia. Logo casaram-se, viviam muito felizes, até que um dia a índia ficou gravemente doente e paralítica. O índio Macuxi, para não se separar de sua amada, teceu uma tipóia e amarrou a índia à sua costa, levando-a para todos os lugares em que andava. Certo dia, porém, o índio sentiu que sua carga estava mais pesada que o normal e, qual não foi sua tristeza, quando desamarrou a tipóia e constatou que a sua esposa tão querida estava morta. O índio foi à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé, enterrando-se junto a ela, pois não havia mais razão para continuar vivendo. Chegando a lua cheia, naquele mesmo local começou a brotar na terra uma graciosa planta, espécie totalmente diferente e desconhecida de todos os índios Macuxis. Era a TAMBA-TAJÁ, planta de folhas triangulares, de cor verde escura, trazendo em seu verso uma outra folha de tamanho reduzido. A união das duas folhas simboliza o grande amor existente entre o casal da tribo Macuxi. O caboclo da Amazônia costuma cultivar esta curiosa planta, atribuindo a ela poderes místicos, onde caso a planta crescer viçosa com folhas exuberantes, trazendo no seu verso a folha menor, é sinal que existe muito amor naquela casa. Mas se nas folhas grandes não existirem as pequeninas, não há amor naquele lar. Também se a planta apresenta mais de uma folhinha em seu verso, acredita-se então que existe infidelidade entre o casal.

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