sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL... as amigas de luta pelas pmas

Nas palavras de Lenine e Dudu Falcão, “Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso faço hora vou na valsa. A vida é tão rara...” ( canção “Paciência”)

Em nossos dias, “o mundo vai girando cada vez mais veloz. A gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência...”
“Esperar” tem vários sentidos: aquele segundo o qual esperamos ou esperam de nós e nos vemos na obrigação de corresponder às espectativas que outros têm; o sentido de aguardar, ter calma, saber que algo ainda virá e também o setido de desejar, de ter expectativa, de ter esperança, continuar em busca dos nossos sonhos.
Não dá para gastar nossa vida fazendo de nós um corpo sem alma: uma máquina de “cumprir” dentro do turbilhão, quando nem nós sabemos direito por que estamos fazendo isso ou aquilo, desse jeito e não de outro.
Eu sei, “Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma e até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára...”. Mas “enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal”, “dá pra” fingir ter paciência?
“Será que é tempo que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...”

Na maioria das vezes não percebemos o quanto passamos frequentemente à beira do abismo. A vida pode se encerrar a qualquer momento, a cada minutos vencemos uma batalha e nem nos damos conta. A vida realmente é muito rara.
Será que dá para abrir mão do que mais nos faz feliz em função de outras coisas que os “padrões normais” dizem ser o que deveria ser alcançado? (refiro-me a status, vaidades e vida complicada). O que realmente te faz feliz ? Será que não vale a pena usar o tempo com isto?
“Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
A vida não pára...”
OK. Então, ela não vai esperar você perceber o que realmente importa.

As coisas não são nem nunca serão exatamente do jeito que a gente quer. De minha parte acho que é preciso voltar o olhar para cada pequena vitória que normalmente “passa batida” no meio de tantas preocupações. Já pensou em agradecer a Deus (ou à vida se não for essa sua fé) por uma comida gostosa quando se está com fome ou por uma cama macia na hora de descansar? E por poder abraçar uma pessoa querida enquanto ela está perto de você? Sei que parece “clichê”, mas é verdade. Houve um período, neste ano, em que coisas como “tomar banho sozinha”, “pegar uma roupa no armário”, “dormir em posição horizontal” ou mesmo “respirar profundamente” foram uma grande conquista para mim, alcançadas, sem deprimir, graças à paciência.


Neste fim de ano, eu quero agradecer por estar viva, por tudo o que esta vida me proporciona e que é realmente essencial para minha felicidade! E gostaria de compartilhar com você essa enorme graça que é... A VIDA!


“Gracias a la vida que me há dado tanto!”
E lembre-se: um pouco mais de alma!
“A vida é tão rara ...”



ANA ALICE
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Aninha, Feliz Natal para você também!!! Beijão!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Unhas... do que podemos considerar saudável ao bizarro.

As unhas refletem a saúde do organismo. Elas são anexos cutâneos formados por diferenciação de alguns segmentos da pele. Possuem muita queratina e estão envolvidas no processo de proteção do organismo em relação ao meio externo e tem função estética.
O crescimento delas é contínuo e recebe estímulos hormonais e nutricionais diversos. A unha pode interromper seu crescimento ou apresentar alterações de estrutura uma vez que, em casos de doenças graves, o organismo reservar sua fonte de proteínas2, vitaminas e de defesa para os órgãos vitais. Os nutrientes ficam escassos primeiramente nas unhas1 e nos cabelos e ambos ficam enfraquecidos, opacos e sem vida nestas situações.

Através da observação de alterações do leito ungueal é possível identificar doenças sistêmicas, facilitando o diagnóstico e permitindo um tratamento precoce.


Como é a unha normal?
A unha normal é transparente, lisa, suave, permanecendo colada ao seu leito e apresentando crescimento contínuo. As unhas crescem, em média, 3 milimetros por mês, mas isso pode variar bastante. As unhas das mãos demoram, em média, de 4 a 6 meses para crescer da base até a ponta; e as dos pés, de 6 a 12 meses. As unhas dos homens crescem mais rápido do que as das mulheres (exceto na gravidez, quando as unhas crescem mais). É bom lembrar que existem variações individuais, relacionadas à raça, idade, ambiente, ocupação, etc. Diversas alterações na cor, aparência, superfície e crescimento podem significar problemas internos.

Quais alterações das unhas devem ser observadas?
Na maioria dos casos, a presença de unhas fracas, quebradiças ou que descolam na sua parte distal ocorre por manipulação excessiva, como o uso demasiado de esmaltes, fortalecedores contendo formol, microtraumatismo em unhas (por exemplo: unhas de digitadoras). O tratamento geralmente é simples. Podem ser usadas cápsulas de gelatina, ferro, solução fortalecedora como o casco de cavalo (que contém substâncias endurecedoras), hidratantes com ureia e silicone e banhos de silicone (que formam uma película protegendo temporariamente a lâmina ungueal).

Quais as alterações das unhas que devem ser examinadas por um dermatologista pois podem estar presentes em doenças sistêmicas?
  • Anemia: unhas quebradiças, secas, opacas, com vários sulcos transversais, formato côncavo da unha (coiloniquia), descolamento distal (onicólise).
  • Doenças cardíacas: unhas curvadas para baixo, alargadas, coloração arroxeada e pontos arroxeados.
  • Doenças renais: engrossamento das unhas, coloração amarelada ou cinzenta, linhas transversais esbranquiçadas, unha metade marrom, metade clara.
  • Doenças hepáticas: na cirrose estão presentes as chamadas “Unhas de Terry”- de cor esbranquiçada na parte proximal e coloração normal na parte distal, unha pálida, amarelada, arredondamento e aumento da unha.
  • Doenças gastrointestinais: unhas doloridas, frágeis e que se descolam da parte distal ou descamam. Presença de pontos hemorrágicos.
  • Diabetes: unhas grossas, avermelhadas e com visualização de vasos na pele. É comum a presença de micoses, engrossamento e endurecimento das pontas dos dedos.
  • Hipertireoidismo: afinamento e enfraquecimento das unhas, descolamento da parte distal e abaulamento.
  • Hipotireoidismo: unhas opacas e grossas.
  • Lúpus eritematoso: manchas brancas na unha, depressões puntiformes e descolamento da parte distal da unha. Hemorragia da cutícula.
  • Reumatismo: unhas amareladas, com sulcos transversais, lúnula (mancha esbranquiçada e semilunar presente na base da unha) avermelhada e engrossamento sob a unha.
  • Leucemia: unha quebradiça, hiperqueratose (engrossamento) ou perda total da unha.
  • AIDS: é frequente o acometimento da unha por infecções causadas por fungos, cândida, vírus e herpes e também a presença do sarcoma de Kaposi (tumor vascular) na unha.
Outras alterações que devem ser avaliadas:
  • Unheiro: é o edema da cutícula. Pode ser causado por cândida (em pessoas que mexem muito com água ou umidade) ou por bactéria (geralmente após um traumatismo, como tirar a cutícula).

  • Micoses: a mais característica é a unha que vai ficando porosa, descolando e formando uma massa por baixo. É importante salientar que não é pega só em pedicure, como muitos pensam. Homens que nunca vão à pedicure são os mais acometidos. A causa é o fungo que existe no ar agravado pela predisposição familiar, diabetes, suor excessivo nos pés e uso contínuo de sapatos fechados. Microtraumatismos vão descolar a unha e facilitar a umidade debaixo dela, onde o fungo se acomodará. Existem atualmente antifúngicos orais muito eficientes. No caso de micose inicial, cortar bem a unha e usar antifúngicos locais.

Unhas encravadas: são defeitos constitucionais, em que a unha se encurva muito e entra dentro da carne, incomodando muito o paciente. É agravada com a idade e o corte errôneo da unha. Deve-se preventivamente cortar a unha reta, evitar sapatos apertados e evitar tirar muito a cutícula nos cantos. Em casos mais intensos recorre-se à cirurgia, que tira a matriz da unha responsável pelo seu crescimento naquele canto.



Quais alterações nutricionais podem alterar o aspecto das unhas?
  • Deficiência de vitamina A: unha com aspecto de casca de ovo, esbranquiçada e quebradiça.
  • Deficiência de vitamina B12: linhas longitudinais escurecidas, cor azul enegrecida.
  • Deficiência de vitamina C: hemorragia subungueal, com a presença de pontos avermelhados no leito ungueal.
  • Deficiência de zinco: coloração acinzentada, cutícula seca e engrossada, descamação intensa ao redor das unhas, linhas transversais bem acentuadas.
  • Deficiência de nicotinamida – vitamina B3 (pelagra - doença dos alcoólatras): linhas transversais esbranquiçadas, ausência de brilho e descolamento da parte distal da unha.
Quais os medicamentos que causam alterações no leito ungueal?
  • Minociclina: cor azulada nas unhas.
  • Tetraciclina: cor marrom e descolamento distal.
  • Anticonvulsivantes: diminuição do tamanho das unhas.
  • Antidepressivos: unhas com manchas brancas.
  • Retinoides: afinamento das unhas, pontos brancos.

Como fortalecer as unhas fracas?
  • A saúde das unhas está muito ligada à alimentação da pessoa: uma dieta rica em proteínas, nutrientes e oligoelementos é muito importante para mantê-las saudáveis.
  • Uma pessoa que lava louças sem luvas pode enfraquecer ou manchar suas unhas. Seria interessante uma mudança desse hábito durante um mês para observar se as unhas melhoram. Caso isso não aconteça, o ideal é procurar um dermatologista para saber se existe relação com alguma doença.
  • Usar esmalte que não tenha ingredientes corrosivos ou que não cause alergia. Produtos como o tolueno e o formaldeído são compostos químicos que estão na composição do esmalte e que podem causar alergia em algumas pessoas. O esmalte protege a unha, funcionando como uma camada protetora, mas precisa ser de boa qualidade.
  • Podemos cortar e lixar as unhas sem problema algum. Entretanto, não devemos retirar as cutículas, pois elas servem de proteção contra doenças.

Fonte: abc.med.br
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Unhas bizarras







Portfólio da Manuela Medeiros


* Manuela Medeiros

O deus (com o perdão da utilização deste título) moderno/globalizado/ seria metrossexual?

Quando recebi por e-mail esta imagem (ao lado), contendo uma problematização/reflexão/questão/indignação,etc., tão importante nos dias de hoje, lembrei-me da monografia que fiz para adquirir o diploma de bacharel em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda em 2008.


Analisei, orientada pelo grande Fábio Messa, (critiquei mesmo, e, se me permite dizer, rimos muito ao ler o editoriais do Seligman, diretor de redação, entre goles de suco de padaria até garfadas esfomeadas em restaurantes) as revistas Men´s Health (brasileiras - as quais não diferem em nada das circuladas em outros países [COMPROVADAMENTE por ninguém menos que EU hehehe, portanto, o que afirmo é com propriedade]), o seu discurso, imagem, filosofia e as consequências dessa imposição midiática na saúde mental e física de seus leitores.

Provei que a revista (o conteúdo, óbvio) desenvolve (na verdade, academicamente tive de dizer que "colabora para ...", mas cá entre nós, sem sermos hipocritas e nem cegos ou loucos, sejamos honestos, ok?) e amplia nos leitores, neuroses muito sérias como por exemplo: Dismorfia Muscular, Síndrome de Adônis (Vigorexia) - leia mais sobre isso aqui (blog de Dainir Feguri) - .

Na reta final para apresentá-la a banca (de TCC), surgiu nas bancas (hehehe), a revista Woman´s Health, cópia idêntica da M.H, que é idêntica a todas as outras revistas que utilizam-se da persuasão bitoladora, embasadas em verdades/necessidades (criadas e impostas) sobre a estética corporal e o comportamento/valores (eu chamaria de "condicionamento cego e vazio cujo propósito é tosco") social.

"Talvez", por se tratar de uma demanda maior do público feminino no caso da W.H., modifique os tipos de transtornos obsessivos, que no caso da mulher é o oposto (Anorexia, Bulimia, etc.).

Herbert Vianna, esse mesmo, do Paralamas, mandou muito bem sobre o assunto.
(Clicar na imagem para ampliar.)

Fonte: Portfólio da Manuela Medeiros

Sabe por que Papai Noel não existe?


* Martha Medeiros
Porque é homem.
Dá para acreditar que um homem vai se preocupar em escolher o presente de cada pessoa da família, ele que nem compra as próprias meias?


Quem vai carregar nas costas um saco pesadíssimo, ele que reclama até para colocar o lixo no corredor?

Quem toparia usar vermelho dos pés à cabeça, ele que só abandonou o marrom depois que conheceu o azul-marinho? Quem andaria num trenó puxado por renas, sem ar-condicionado, direção hidráulica e air-bag?

Quem pagaria o mico de descer por uma chaminé para receber em troca o sorriso das criancinhas? Ele não faria isso nem pelo sorriso da Luana Piovani!

Mamãe Noel, sim, existe.
Quem é a melhor amiga do Molocoton, quem sabe a diferença entre a Mulan e a Esmeralda, quem conhece o nome de todas as Chiquititas, quem merecia ser sócia-majoritária da Superfestas? Não é o bom velhinho..

Quem coloca guirlandas nas portas, velas perfumadas nos castiçais, arranjos e flores vermelhas pela casa? Quem monta a árvore de Natal, harmonizando bolas, anjos, fitas e luzinhas, e deixando tudo combinando com o sofá e os tapetes? E quem desmonta essa parafernália toda no dia 6 de janeiro?

Papai Noel ainda está de ressaca no Dia de Reis. Quem enche a geladeira de cerveja, coca-cola e champanhe? Quem providencia o peru, o arroz à grega, o sarrabulho, as castanhas, o musse de atum, as lentilhas, os guardanapinhos decorados, os cálices lavadinhos, a toalha bem passada e ainda lembra de deixar algum disco meloso à mão?

Quem lembra de dar uma lembrancinha para o zelador, o porteiro, o carteiro, o entregador de jornal, o cabeleireiro, a diarista? Quem compra o presente do amigo-secreto do escritório do Papai Noel? Deveria ser o próprio, tão magnânimo, mas ele não tem tempo para essas coisas. Anda muito requisitado como garoto-propaganda.

Enquanto Papai Noel distribui beijos e pirulitos, bem acomodado em seu trono no shopping, quem entra em todas as lojas, pesquisa todos os preços, carrega sacolas, confere listas, lembra da sogra, do sogro, dos cunhados, dos irmãos entra no cheque especial, deixa o carro no sol e chega em casa sofrendo porque comprou os mesmos presentes do ano passado?

Por trás do protagonista desse mega evento chamado Natal existe alguém em quem todos deveriam acreditar mais.

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Sublime Estrela Natalina


Chegou ao mundo nos braços de uma tecelã e de um modesto carpinteiro, cercado pela moldura da natureza em festa.
A Sua vida se desenvolveu, desde cedo, demonstrando a que viera, quando dialogou com os doutores do templo, aos 12 anos de idade, conforme rezam as tradições.
Conviveu com todos os tipos de criaturas, exaltando a simplicidade e a alegria de viver, a fidelidade ao bem e a fraternidade, a responsabilidade nos atos e o amor.
Falou sobre o bem, sentindo-o.
Ensinou o bem, vivenciando-o e a ele se entregando.
Passou pela Terra como a brisa que sopra na primavera, deixando o aroma da Sua passagem, numa verdadeira floração de bênçãos variadas.
Esteve no mundo como um marco de permanente esperança, insuflando coragem nas almas aterradas de pavor ante as próprias deficiências.
Viveu no planeta entre a luz do Céu e as almas nebulosas da Terra, buscando levantar o coração humano para as altitudes felizes, onde vibram os seres angélicos dos quais Ele fazia parte.
Aquilo que afirmou como fundamental à alegria e à paz tratou de expressar em sua vida, na condição de modelo e guia de todos nós, por isso nos amou e por nós deu a própria vida.
Atendeu às necessidades das almas enfermas que o buscaram; ofereceu a água fresca da sua dedicação, a fim de que quem dela bebesse não mais tivesse sede.
Saciou a fome de entendimento, de conhecimento e de carinho, tudo havendo transformado no sublime pão da vida; apresentou-se atencioso e verdadeiro para com seus discípulos, ajustado à posição de mestre inigualável.
Jesus trouxe os matizes da lei que a todos alcança, sem choques essenciais com as demais vertentes do pensamento humano.
Somente Jesus cristo conseguiu ensinar e exemplificar com seu viver as lições que nos passou.
E se ainda hoje nos vemos envoltos nessas ondas de felicidade, é porque o Senhor de Nazaré, essa Sublime Estrela, continua a nos mostrar o caminho, a verdade e a vida.
Em Suas doces palavras encontramos alívio para nossa alma dorida, sofrida, desalentada...
Hoje, mesmo tendo se passado mais de dois milênios, ainda buscamos o Seu olhar de ternura, como o fizeram Maria de Magdala, Zaqueu, a mulher samaritana, Pedro, e sempre encontramos aconchego no Seu abraço de luz.
Afinal, foi Ele mesmo que assegurou: "Aquele que vir a mim, nunca lançarei fora."
Jesus é o mesmo, ontem, hoje e por toda a eternidade.
Como irmão maior, ele assumiu o compromisso, junto ao Pai, de conduzir as ovelhas de volta ao redil, e o fará.
Ainda que passem os séculos, ainda que a esperança esteja distante, ainda que tudo pareça irremediavelmente perdido, Sua voz jamais se cala: "Vinde a mim todos vós que estais sobrecarregados, e eu vos aliviarei."
***
Jesus é a Sublime Estrela que passou pela Terra como a brisa que sopra na primavera, deixando o aroma da sua passagem numa verdadeira floração de bênçãos variadas.
Não se deixe caminhar na escuridão, busque a Sua luz para lhe orientar os passos, e siga confiante.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

25 dicas para viver com otimismo e bom humor

O estresse tem sido uma palavra frequente no vocabulário das pessoas, citada como a principal causa dos problemas físicos e emocionais dentro do ambiente familiar e corporativo. De fato, um grande desafio para o homem pós-moderno é lidar, de forma positiva, com as adversidades, pressões e cobranças do meio globalizado e bombardeado de informações em que vive.

Ocorre que estudos comprovam que o otimismo e o bom humor favorecem a liberação de um tipo de neurotransmissor associado ao bem-estar, a endorfina. Por outro lado, viver tensa e negativamente libera adrenalina, noradrenalina e corticosteróides, substâncias que, quando produzidas com intensidade e de forma contínua, provocam a queda da imunidade, com redução da produção de glóbulos brancos, células responsáveis pela defesa de nosso organismo.


Do ponto de vista fisiológico, a simples atitude de esboçar um sorriso ou dar uma gargalhada propicia um relaxamento imediato que se estende para o corpo todo, promovendo uma sensação de bem-estar físico, mental e emocional. Esse efeito pode contribuir com o sistema imunológico, aumentar a energia vital, equilibrar a produção de hormônios e reduzir dores.

Do ponto de vista comportamental, a pessoa bem-humorada consegue lidar com os desencontros e problemas do cotidiano sem se estressar em demasia. Dessa forma, consegue ser mais descontraída, criativa e predisposta a olhar para as situações adversas com mais otimismo. Consequentemente, influencia positivamente os seus relacionamentos.
Desta maneira, não seria uma boa ideia estabelecer entre suas metas para 2010 viver com mais bom humor e menos pessimismo? Um bom exercício é aprender a se conhecer: observe os fatos ou situações que geram desconforto e tente avaliar o tempo que tem se envolvido com eles. Por outro lado, perceba também qual é a parcela do seu tempo na qual você se sente descontraído e mais relaxado. Se notar que a maior parte do seu tempo tende para as situações que geram estresse, pode ser o momento exato para mudar algumas coisas na sua vida. Confira abaixo algumas dicas valiosas e tente identificar as que podem te ajudar mais.

1) Reserve para si períodos isentos de problemas, compromissos, horários ou deveres. Tenha seu momento de liberdade, fazendo exclusivamente o que lhe dá prazer, pois isso é essencial para sua saúde física e mental.
2) Tenha senso crítico e aprenda a aceitar aquilo que você não pode mudar.
3) Controle-se. Evite contra-argumentos esquentados cada vez que alguém o contradiz. Mantenha a cabeça fria e guarde suas batalhas para assuntos realmente importantes. Não entre em discussões que não levam a lugar nenhum.

4) Procure experiências positivas. Vá ao teatro, leia um livro, ouça música, assista a um bom filme, passeie por lugares calmos e agradáveis, desfrute a natureza, reencontre-se para resgatar o equilíbrio e bem-estar.

5) Desenvolva a capacidade de se livrar da ansiedade, da tristeza ou da irritabilidade, uma vez que esse exercício permite uma rápida recuperação dos reveses e das perturbações da vida.
6) Planeje eliminar as fontes de estresse que estão sob seu controle e que tiram seu bom humor. Por exemplo, tente sair de casa mais cedo para fugir do trânsito.

7) Durma bem – a privação do sono está relacionada a um aumento da irritabilidade. Além disso, pode causar outros problemas, como hipertensão arterial.

8) Liste as coisas que você gosta de fazer e planeje-se para colocá-las em prática.

9) Crie um cenário de maior tranqüilidade e otimismo para escapar de uma situação conflitante.

10) Pratique alguma atividade física. Exercícios físicos estimulam a liberação de endorfina, um tipo de neurotransmissor associado ao bem-estar.

11) Diante de uma situação estressante, pare um pouco de pensar no problema. Uma boa alternativa é dar uma volta, tomar uma água, ouvir uma música ou fazer qualquer coisa que o ajude a se desligar. Essa pausa permite que você volte mais preparado para lidar com o problema que o aflige.

12) Não seja tão exigente com você. Celebre suas pequenas conquistas, valorize-se!

13) Uma alimentação rica em fibras e nutrientes influencia no bom funcionamento do intestino, sem contar que os alimentos certos servem de matéria-prima para a produção de parte da serotonina, uma substância fundamental na química do humor.

14) Relaxe nos fins de semana e, sobretudo, antes de dormir. Certamente você se sentirá muito mais leve e feliz.

15) Livre-se das culpas. Viva em paz com sua consciência.

16) Tenha alguém de sua confiança para conversar. Compartilhar sentimentos pode ser um passo importante para a resolução de problemas. Evite a proximidade com indivíduos negativos e hipercríticos.

17) Em vez de se perguntar por que um fato desagradável aconteceu com você, procure abstrair o aprendizado daquela situação.

18) Tente conhecer a verdadeira dimensão dos problemas. Na maioria das vezes, tendemos a potencializar as situações, estressando-nos desnecessariamente.

19) Sorria e relaxe sempre que possível. Reconheça todas as suas qualidades e cultive sua autoestima.

20) Respeite-se e seja mais feliz. Fique atento às necessidades de seu corpo, como sono, cansaço, fome, etc.

21) Cultive e valorize seu poder de escolha e opte pelo bom astral, pelas coisas leves, pelo otimismo e por tudo que o faz ser mais feliz.

22) Faça pelo menos uma atividade, ou tenha um hobby, que enriqueça sua semana. Dessa maneira, você se sentirá mais satisfeito e feliz.

23) Encare e gerencie as adversidades como situações passageiras.

24) Reconheça suas qualidades, seus defeitos e também suas limitações.

25) Desenvolva a capacidade de rir de si mesmo. Levar-se menos a sério é fundamental para encarar a vida de uma maneira mais leve.
* Este material tem caráter meramente informativo. Não deve ser utilizado para realizar autodiagnóstico ou automedicação. Em caso de dúvidas, consulte seu médico.

Fonte: Thiago Pavin, psicólogo.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Alergia, Asma e Emoções

Alergia é a intolerância do Sujeito ao Objeto, ou a algum Objeto, ou da pessoa para com determinados produtos físicos, químicos ou biológicos, aos quais ela reage de forma exagerada. Portanto, trata-se de uma reação anormal a uma ou mais substâncias aparentemente inocentes que, quando apreendidas pelo organismo (inaladas, ingeridas, ou por contato com a pele) causam irritabilidade. As substâncias capazes de desencadear a alergia são chamadas de Alérgenos.


Quando alérgenos são apreendidos pelo organismo, células brancas do sangue que produzem anticorpos (IgE) são ativadas. Estes anticorpos determinam a liberação de produtos químicos (mediadores) potentes como, por exemplo, a histamina, capazes de provocar os sintomas alérgicos típicos.

A alergia, de fato, é mesmo uma intolerância do organismo a alguma circunstância externa determinada. Isso pode perfeitamente servir de analogia, em psiquiatria, com nossas Reações Vivenciais Anormais, diante das vivências consideradas traumáticas (na página Entendendo as Neuroses podemos ver com mais detalhes As Reações Vivenciais). Alguns alérgenos mais comuns são o pólen, a poeira, pelos de animais, penas, comidas, medicamentos, picadas de inseto, cosméticos.

Existem 4 tipos básicos de reações alérgicas ou mecanismos imunológicos causadores de hipersensibilidade e doença:


TIPOS  REAÇÃO

Tipo I ou anafilático - É uma reação mediada por substâncias, principalmente histamina, em células de mucosa respiratória, mucosa intestinal e da epiderme, em células do sangue (mastócitos ou basófilos). Outros mediadores são sintetizados à medida que a reação progride, aparecendo substâncias dotadas de alto poder inflamatório. A reação inicial caracteriza-se por edema, contração da musculatura lisa e inflamação. São bons exemplos disso a rinite alérgica, certos tipos de Asma Brônquica aguda, reações alérgicas de tipo imediato a drogas, etc.

Tipo II ou citotóxico - É uma reação que ocorre, por exemplo, em algumas doenças auto-imunes como a tireoidite, onde a pessoa forma anticorpos contra elementos (órgãos e tecidos) de si próprio.

Tipo III ou imunocomplexos - É uma reação que se caracteriza pela formações de complexos antígeno-anticorpo (imunocomplexos), os quais se depositam em tecidos ou caem na circulação. Os imunocomplexos atraem mediadores da inflamação, o que determina lesões localizadas em certos órgãos ou difusas, como é o caso da glomerulonefrite, artrite reumatóide, lupus, etc.

Tipo IV ou celular - É uma reação mediada por linfócitos e seus produtos, as linfocinas, liberadas diante do contato com o antígeno, cujo exemplo típico é a reação tuberculínica, encontrando-se este mecanismo também na rejeição a transplantes e nas chamadas dermatites de contato. Portanto, é a mais tardia delas.

Uma das alergias mais comuns é a desencadeada por alimentos. Calcula-se hoje que 5% das pessoas sejam alérgicas a um ou mais alimentos. Uma coisa que surpreende é que os maiores causadores da alergia não são alimentos exóticos e raros, mas aqueles que fazem parte da dieta diária, como ovo, leite, trigo, etc.

Teoricamente, quanto mais proteína contiver o alimento, maior é a chance de desencadear uma alergia. As moléculas de proteína são as mais difíceis de serem "quebradas" pela digestão e, por causa disso, às vezes entram em sua forma natural (inteiras) na corrente sangüínea. As células do sistema imunológico confundem essas moléculas com corpos estranhos invasores, como vírus, bactérias, e acabam atacando. Desse confronto há liberação de certos produtos químicos que desencadeiam toda sintomatologia das reações alérgicas.

Sintomas


Há variadíssimas manifestações da alergia, desde um simples lacrimejamento ou inocentes coceiras, até as doenças auto-imunes, como é o caso do Lúpus Eritematoso desencadeado por medicamentos (Veja Lúpus e Urticária). Na pele as alergias se manifestam de várias formas, tais como as Urticárias, as Dermatites, Eczemas. Na Otorrino podemos ter a Rinite alérgica, as coceiras no nariz, espirros sucessivos, coriza e congestionamento da mucosa nasal. Na parte respiratória a maior representante das alergias é a Asma Brônquica.

A alergia pode acometer ainda o sistema digestivo, com náuseas, cólicas, vômitos e diarréia. Enfim, teoricamente o fenômeno alérgico, de repulsão imunológica, pode afetar qualquer órgão humano. Até o sangue pode sofrer uma espécie de alergia, onde a imunidade alterada do organismo faz com que as hemácias "explodam" acaba (Anemia Hemolítica).


Emoção e Alergia

Os fatores psicológicos associados às doenças alérgicas não costumam ser estudados com a merecida freqüência. Entre as doenças alérgicas, a asma brônquica é uma das mais representativas e tem sido freqüentemente relacionada com ansiedade e depressão.

A relação entre asma e a ansiedade, deve-se à constatação de que os estados de mobilização emocional ou de estresse podem acentuar os sintomas da asma, os quais por sua vez, geram mais ansiedade, completando assim uma espécie de círculo vicioso. Isso quer dizer que a asma não é um transtorno primário da ansiedade, mas sim desencadeada e/ou agravada por ela.

Para uma medicina mais mecanicista parece, de fato, não existir uma relação significativa entre os fatores alérgicos presentes na asma brônquica e as diversas variáveis psicossociais. Isso porque, numa visão mais estreita, não se encontram relações diretas entre o componente alérgico sanguíneo (Imunoglobulina E - IgE) e os transtornos neuróticos. Outros estudos procuraram demonstrar que não se observam dados significativos com relação à presença de neuroses entre o grupo de asmáticos e um grupo de não asmáticos.

Não obstante, hoje em dia se sabe que nos quadros de alergia podem intervir muitos outros fatores além da IgE. Podem intervir uma série de outros mecanismos de hipersensibilidade. Na realidade, o objetivo da medicina holística não é mais estabelecer relações entre a IgE e a alergia, uma vez que está claro como essa relação produz a alergia. O objetivo primeiro é saber porque o excesso de IgE e da alergia em determinadas pessoas e não em outras.

A relação metodologicamente constatada entre a ansiedade e a exacerbação dos fenômenos alérgicos já é antiga (Rosenbaum & Pollack, MH. Anxiety. In Hacket, TP, e Cassem NH, Handbook of General Hospital Psychiatry. Massachusets: PSG, Littleton – 1987). Estudos de psiconeuroimunologia realizados, constatam a relação existente entre as enfermidades alérgicas, especialmente as reações de anafilaxia, com os Transtornos de Pânico, e Agorafobia (Schmidt-Traub S - Das psychoimmunoligische Netzwerk von Panikstorung, Agorapohobie und allergischer Reaktion. Therapeutische Umschau, 52(2), 123-128, 1995). Outros autores constataram uma relação entre a ansiedade antecipatória e o fenômeno da anafilaxia.

Faltam ainda estudos mais completos sobre outros quadros alérgicos, como da rinite alérgica, da hipersensibilidade a medicamentos, das urticárias; todos são transtornos com alta incidência na população general. Na prática clínica do alergista pode se observar que os pacientes alérgicos apresentam, quase invariavelmente, um comportamento aparentemente ansioso, o qual chega a interferir na evolução e no tratamento da doença.

Tentando demonstrar essa realidade empírica, a Dra. Rebeca Retamales, do Hospital Universitário da Princesa, em Madri, Espanha, publicou em 1998 um trabalho sobre tipos psicológicos de 56 pacientes alérgicos.

Os aspectos valorizados foram os seguintes:

1– Os aspectos sócio-demográficos, como sexo, idade, estado civil, nível de escolaridade e ocupação.

2 - A incidência de transtornos psicológicos nesses pacientes e as categorias diagnósticas que apresentavam.

3 - A porcentagem de pacientes que receberam tratamento psicofarmacológico.

4 - A presença de antecedentes psiquiátricos, pessoais e/ou familiares.

5 - Os motivos mais freqüentes pelos quais os pacientes eram enviados para interconsulta psicológica.

6 - Caracterização da personalidade do paciente.

Constatou-se que, entre esses alérgicos, 77% eram mulheres e as idades mais freqüentes eram compreendidas entre 31 e 40 anos, representando 33% dos casos, seguido pela faixa entre 41 e 50 anos, representada por 25% dos casos.

A ocupação mais freqüente foi a de dona de casa, com uma porcentagem de 30%, seguida por profissionais administrativos e técnicos, com 16% cada e, em terceiro lugar, por estudantes, com a porcentagem de 13%.

O motivo da consulta psicológica mais freqüente foi o medo de recaída sintomática e dependência psicológica aos medicamentos antialérgicos ou imuno-dessensibilizantes (vacinas). Este grupo representou 36% dos casos. O segundo motivo de interconsulta psiquiátrica mais freqüente, com 29% dos casos, foi de pacientes que apresentaram reações adversas à administração de um placebo por via oral, antes do início das provas alérgicas.

Em terceiro lugar, foram os sintomas diversos de ansiedade, entre os quais se incluíram as manifestações de impaciência, exigência, queixas, tensão emocional, atitudes regressivas, busca de segurança e, inclusive, agressividade. Este grupo representou 16% dos pacientes. O quarto motivo de interconsulta é a suspeita de reação psicossomática, principalmente quando não se identificava algum componente alérgico que explicasse todos os sintomas referidos. Este grupo representou 13% dos casos.

O tipo de alergia mais freqüente foi ao pólen, representando 42% do grupo. em segundo lugar, os pacientes com alergia a medicamentos, com 33%. Em terceiro, com 20%, os portadores asma brônquica e, em quarto lugar, os casos de urticária, com 4%. Em quinto lugar, com apenas 2%, os pacientes alérgicos onde se presumia uma base psicológica para sua sintomatologia.

Em relação ao eventual quadro psiquiátrico comórbido, 82% dos casos não apresentaram nenhum diagnóstico. Foram diagnosticados previamente como Transtorno de Ansiedade 11% dos pacientes e, como Depressão 7% deles.

Vendo-se o quadro acima pode ser que algum colega chegue a afirmar: "- está vendo! A maioria dos alérgicos não tem diagnóstico psiquiátrico". E está correto. Entretanto, a psiquiatria não é uma disciplina binária, como é a obstetrícia, onde a pessoa só pode ser classificada de duas maneiras; ou está grávida, ou não está grávida. Na psiquiatria a pessoas pode estar ligeiramente ansiosa, estar bastante ansiosa, estar em crise aguda de ansiedade, ou ainda. Nesses casos, apenas na crise aguda ou no exageradamente ansiosa um diagnóstico psiquiátrico formal é possível.


Interessante é o fato da constatação inversa, ou seja, a cada 10 pacientes diagnosticados com transtornos psiquiátricos, 9 têm alergia a medicamentos, representando assim um número muito alto.

Quanto aos antecedentes pessoais psiquiátricos entre os alérgicos, 59% dos pacientes não tinham nenhum antecedente mórbido e diagnosticado, 23% tinha antecedentes de depressão e 16% de ansiedade. Apenas 2% deles tinha tido antecedentes de Transtorno de Adaptação. Vê-se, então, que quase a metade dos pacientes (41%) já tinha antecedentes de diagnóstico e/ou tratamento psiquiátrico.

Entre os casos estudados por Rebeca Rojas, o diagnóstico de ansiedade aparece como o transtorno mais freqüentemente associado aos quadros alérgicos. Considera ainda que a predisposição para alterações psiquiátricas entre os alérgicos afeta de 30 a 40% dos pacientes. Apesar disso pode não ser comum esse "diagnóstico psiquiátrico" ser severo. A predominância psiquiátrica nas alergias fica por conta das manifestações de depressão e de ansiedade.

Além dessas constatações, a autora salienta que a ansiedade encontrada nos alérgicos é, predominantemente, uma disposição de personalidade (traço de personalidade) e, de acordo com esse aspecto, não se pode considerar como uma resposta ansiosa à situação alérgica. Desta forma, tem se corroborado cada vez mais, a estreita relação entre alergia e manifestações diversas da ansiedade.

ASMA

A Asma é um dos quadros mais associados ao conceito que se tem da psicossomática. A fisiopatologia clássica tem atribuído a Asma Brônquica um desequilíbrio (constitucional) nos receptores beta-adrenérgicos da mucosa brônquica.

Os leucócitos destes pacientes costumam liberar com facilidade certas substâncias que acabam produzindo a bronco-consctrição como respostas a estímulos (adversos ao paciente) específicos, como por exemplo, odores, mudanças de temperatura, fumo, inalantes ambientais, poluição, pêlos de animais, drogas, polens, poeira, ácaros, alimentos, exercícios físicos, situações de ansiedade e estresse, etc.

A Asma Brônquica é uma doença pulmonar, que pode por a vida em perigo e, com freqüência, trata-se de uma doença crônica. Em outras palavras, a pessoa pode padecer de asma por toda a vida. A Asma Brônquica causa problemas respiratórios, os quais, quando agudos se chamam Ataques ou Episódios de Asma Brônquica.

Alguns pesquisadores puderam verificar uma relativa deficiência de esteróides e catecolaminas (epinefrina e norepinefrina) nos pacientes com Asma Brônquica, favorecendo assim uma resposta bronco-constrictora aos agentes desencadeantes. Crianças asmáticas produzem menores níveis de epinefrina e norepinefrina (catecolaminas) essenciais para manter a broncodilatação, diante de agentes estressores (materiais ou emocionais). Nesses pacientes os receptores beta-adrenérgicos seriam estimulados de forma anômala, levando assim à disfunção do asmático.

Além dessas catecolaminas, tem-se demonstrado o envolvimento de alguns neuropeptídeos nas reações alérgicas. O principal neuropeptídeo identificado até agora é a chamada Substância P, um neuropeptídeo liberado por terminações nervosas na mucosa brônquica e certamente um dos componentes mais importante nas chamadas reações asmáticas tardias. Um outro neuropeptídeo, a capsaicina, teria um importante papel nas reações alérgicas caracterizadas por edema e eritema cutâneos que ocorrem na urticária (veja Urticária na página Psiconeuroimunologia na seção Psicossomática).

A sugestionabilidade do paciente asmático já é bastante conhecida, explicando assim o desenvolvimento de crises até por estímulo visual (alguns vêem a fumaça de longe e já têm bronco-espasmo) bem como as curas fantásticas por procedimentos alternativos. Não obstante, como em tantos outros quadros psicossomáticos, há necessidade da presença simultânea de fatores de ordem psicológica e biológica (sensibilidade alérgica) para o desenvolvimento da Asma Brônquica. Aliás esse tema é bastante propício a reflexões sobre a possibilidade dessa tal "hipersensibilidade" ser, holisticamente, tanto física quanto afetiva nos pacientes asmáticos.

Um Ataque de Asma Brônquica

Em geral, os sintomas da asma começam ou são "provocados" por algo que agride os pulmões (ou a pessoa?). Estes agentes são denominados desencadeantes da asma. Existem muitas classes destes desencadeantes, os quais podem ser desde vírus, alergias, até outras partículas do ar.

Devido a esta ampla variedade de causas, pode ser muito difícil deduzir o que, exatamente, tem provocado os Ataques de Asma Brônquica. Inclusive pode-se chegar a pensar que estes ataques não acontecem sem que alguma coisa os provoque.

Embora não ocorra com a maioria dos casos, uma vez que se descobre o que provoca a asma, algo poderá ser feito para prevenir futuros ataques. Em outras palavras isto pode permitir exercer algum controle nas crises. Há casos onde, por exemplo, os exercícios físicos desencadeiam crises de asma. Nesses casos recomenda-se, não que o asmático deixe tais exercícios, mas que tome medicamentos antiasmáticos antes deles. O mesmo podemos recomendar em relação ao frio, aos frutos do mar, às penas, etc, quando estão relacionados à crises de asma.

Até hoje não se sabe ao certo como (ou porque) uma pessoa adquire a asma. Sabe-se, entretanto, que uma vez que se a tem, os pulmões podem reagir a estímulos que podem desencadear os Ataque de Asma Brônquica. No asmático, por exemplo, uma simples secreção gripal, de resfriado ou de infecção poderá provocar uma crise asmática.

Durante a Crise de Asma Brônquica, três alterações podem ocorrer nos pulmões:

1 - As células das vias respiratórias secretam mais muco que o normal. Este muco é muito espesso e tende a obstruir as vias aéreas.

2 - O neuropeptídeo chamado Substância P, é liberado por terminações nervosas na mucosa brônquica.

3 - As vias respiratórias tendem a inflamar-se, da mesma maneira que a pele se inflama quando faz um ferimento.

4 - Os receptores beta-adrenérgicos da mucosa brônquica seriam estimulados de forma anômala.

5 - Os músculos das vias respiratórias se contraem, principalmente os esfíncteres dos brônquios.

Estas alterações acabam por causar o estreitamento das vias respiratórias, o qual dificulta a respiração e produz a falta de ar. O Ataque de Asma Brônquica pode começar de repente, ou pode ser paulatina, levando dias para desenvolver-se totalmente. Esses ataques podem ser graves, moderados ou leves.

Ataques Graves

Nesses casos a falta de ar é forte o suficiente para causar dificuldade ao paciente para falar. Os músculos do pescoço podem estar muito tensos devido ao esforço para respirar. Tanto os lábios como as mãos podem apresentar uma coloração mais azulada (cianose) por falta de oxigênio.

Em caso de um ataque de asma grave é necessário ajuda médica de urgência. Os casos de óbito por asma acontecem, na maioria das vezes, porque não se buscou ajuda médica em tempo hábil.

Ataques moderados e leves

Estes ataques são os mais comuns. Pode começar com tosse ou com expectoração de catarro. Normalmente o paciente fica inquieto ou tem problemas de insônia. Da mesma forma que para os casos graves, medicamentos anti-asmáticos devem ser usados. Não se recomendam medicamentos para a tosse durante essas Crises de Asma Brônquica.

Em qualquer tipo de ataque de asma podem estar indicados os medicamentos chamados broncodilatadores, os quais ajudam a interromper os ataques de asma depois de começados.

Os broncodilatadores aliviam o paciente durante um ataque de asma. Sua função é relaxar os músculos das vias respiratórias facilitando a respiração. Os antiinflamatórios, por sua vez, proporcionam as vias respiratórias desinflamadas e com menor quantidade de muco. Outro grupo de medicamentos usados para a asma são os corticóides.

Elementos Emocionais e Psicopatológicos associados à Asma Brônquica

Muitos são os estudos que procuram vincular estados emocionais e o desenvolvimento de asma brônquica. Biologicamente, a psico-fisiopatologia da asma tem forte relação com os elementos associados à alergia, de um modo geral. As teorias mais aceitas para explicar o broncoespasmo dizem respeito ao efeito hipersensibilidade colinérgica (1).

A ansiedade tem sido apontada por vários autores como tendo importante ocorrência entre asmáticos. Testes de avaliação (escalas) de ansiedade demonstram níveis bem mais altos entre os asmáticos (2), mesmo entre episódios agudos de asma ou fora das crises.

Outros autores constatam ocorrência significativa de dificuldades comportamentais e de ajustamento entre crianças portadoras de asma precoce (3). No Canadá alguns pesquisadores comparam a psicopatologia associada à asma e ao diabetes em crianças e adolescentes e constatam altos índices de ansiedade e transtornos comportamentais (4). Entre esses transtornos comportamentais, a Hiperatividade foi dos mais encontrados em crianças asmáticas (5).

Alguns autores, entretanto, não encontraram aumento de ansiedade nas crianças asmáticas tão expressivo quanto encontraram nos pais dessas crianças (6), ou alegam que a ansiedade dos pacientes asmáticos ocorreria mais por conseqüência que como causa da asma. Stores entende que as ocorrências psicopatológicas dos asmáticos poderiam ser decorrentes das noites mal dormidas e do medo da própria doença (7).

Há ainda alguns estudos mostrando o bi-comprometimento de agravo entre a Síndrome do Pânico, piorando crises de asma, e a asma piorando crises de Pânico. De qualquer forma, sempre ressaltando a importância do componente ansioso (8).

Além da ansiedade, Puura entende que a Depressão Infantil poderia ter uma correlação somática, através da asma, por exemplo, e um componente comportamental através da rebeldia, agressividade e hiperatividade (9).

Ballone GJ - Asma, Alergia e Emoção

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

ÁGUA - em alguns lugares ela já não existe mais...



Aldeões na ilha de Coronilla, Kenya, cavam poço profundos em busca do precioso líquido, a apenas 300 metros do mar. A água é salobra.

Aquele que foi o quarto maior lago do mundo, agora é um cemitério poeirento de embarcações que nunca mais zarparão...

Água suja em torneiras residenciais, devido ao avanço indiscriminado do desenvolvimento.

As águas do delta do rio Níger são usadas para defecar, tomar banho, pescar e despejar o lixo.


Os glaciais que abastecem a Europa de água potável perderam mais da metade do seu volume no século passado. Na foto, trabalhadores da estação de esqui do glacial de Pitztal, na Áustria, cobrem o glacial com uma manta especial para proteger a neve e retardar seu derretimento durante os meses de verão.


Delhi - Índia. Todos querem um pouco de água...

VALORIZE   A  ÁGUA!


Dois sudaneses bebem água do pântanos com tubos plásticos, especialmente concebidos para este fim, com filtro para filtrar as larvas flutuantes responsáveis pela enfermidade da lombriga de Guiné. O programa distribuiu milhões de tubos e já conseguiu reduzir em 70% esta enfermidade debilitante.

COP deve responder a desafio


Greenpeace faz pedido a Lula em banner de 9 mil m². No maior banner aberto na história da ONG, manifestantes pedem desmatamento zero e proteção dos oceanos.


ONGs devem pressionar governos por acordo climático


Ambientalistas defendem repasse de US$ 195 bi para os países em desenvolvimento combaterem as mudanças. Do lado de fora das salas onde negociadores de mais de 190 países tentarão chegar a um consenso sobre o novo acordo climático global, as organizações não governamentais que vão participar da a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) em Copenhague devem reforçar a pressão sobre os líderes dos países para garantir algum sucesso nas negociações sobre o futuro do Protocolo de Kyoto.

Desta segunda-feira, 7, até o dia 18, a missão dos países será definir as novas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, os compromissos para os países em desenvolvimento e questões como transferência de tecnologia e financiamento de ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima.


Manifesto divulgado pela Climate Action Network (CAN), rede de mais de 450 organizações ambientalistas, cobra resultados efetivos de Copenhague e alerta para a urgência dos riscos do aquecimento do planeta. As ONGs, que costumam movimentar as COPs com protestos e manifestações diárias, defendem o repasse de pelo menos US$ 195 bilhões por ano para que países em desenvolvimento enfrentem as mudanças do clima.

Otimista, o coordenador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Paulo Moutinho, acredita que o anúncio de compromissos de redução de emissões feitos pelos Estados Unidos, pela China e Índia nas últimas semanas aumentou as chances de sucesso em Copenhague.


Moutinho lista a definição das regras para o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd) e a necessidade dos países ricos aceitarem metas ambiciosas de corte de emissões como prioridades da reunião. "É preciso avançar também em adaptação. Temos que nos preparar para um mundo que será mais aquecido. O planeta precisa continuar habitável, precisamos combinar adaptação e mitigação para garantir isso", avalia. "Tomara que os negociadores tenham juízo", acrescenta.

Fonte: estadão

COP-15 marca virada nas reações internacionais sobre mudanças do clima


O secretário executivo da Convenção sobre o Clima da ONU, Yvo de Boer, afirmou que a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) marca "uma virada na reação internacional" sobre o tema. As informações são da BBC Brasil. Em entrevista coletiva no último dia 6, Boer disse que estava "mais otimista do que nunca" considerando os 17 anos de negociações, pois praticamente todos os dias um novo país apresentava novas intenções de cortes de emissões de gases de efeito estufa. O encontro, segundo ele, seria uma oportunidade de pôr em prática essas propostas.

Sob olhares atentos do mundo mas com poucas chances reais de terminar com um acordo efetivo, o encontro começou ontem (7/12) em Copenhague, na Dinamarca. Até o dia 18, negociadores de mais de 190 países terão a difícil missão de chegar a um consenso sobre o novo acordo climático para complementar o Protocolo de Quioto depois de 2012.


LULA DIZ QUE PAÍSES DEVEM MUDAR MATRIZ ENERGÉTICA

Depois de visitar Portugal, a Ucrânia e Alemanha, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem (7/12) que os países terão que mudar suas matrizes energéticas e que o novo combustível "já tem endereço", referindo-se ao etanol e ao biodiesel brasileiro. Em seu programa semanal Café com o Presidente, ele lembrou que, na Ucrânia, participou de reunião com empresários e que o mesmo ocorreu na Alemanha – onde o destaque foi a discussão sobre biocombustíveis.

Lula afirmou que a União Europeia se comprometeu a fazer com que todos os automóveis utilizem 10% de etanol na gasolina até 2020 e que, para isso, vai precisar comprar o produto. "A Alemanha, embora produza biodiesel, não pode continuar produzindo do alimento. É melhor que a gente procure outra oleaginosa que não seja alimento e o Brasil é o país que oferece grandes oportunidades", acrescentou.

MUDANÇA CLIMÁTICA É O TEMA DO MOMENTO

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem (7/12) que a mudança climática é "o tema do momento". No dia em que começa a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15), ele avaliou que o Brasil está "em boa situação" por ter apresentado voluntariamente uma proposta de redução de emissão de gases de efeito estufa.

Até o próximo dia 18, negociadores de mais de 190 países vão buscar um consenso sobre o novo acordo climático para complementar o Protocolo de Quioto depois de 2012. Além de governos, participam do evento representantes de organizações não governamentais, observadores internacionais e ativistas de todo o mundo.

Em seu programa semanal Café com o Presidente, Lula lembrou que o assunto foi discutido durante toda a semana em suas visitas a Portugal, à Ucrânia e Alemanha. Ele voltou a afirmar que a decisão brasileira de reduzir entre 36,1% e 38,9% as emissões até 2020 abriram caminho para que países como os Estados Unidos e a China também apresentassem propostas.

"Achamos que os países vão se colocar de acordo porque é preciso ter um número para diminuir as emissões, é preciso ter financiamento para o sequestro de carbono, e, sobretudo, é preciso ter financiamento para que a gente ajude os países pobres a terem um desenvolvimento sustentável, mas sólido. Temos que tomar uma decisão agora e começar a trabalhar para diminuir o aquecimento global", disse.

Fonte: Agência Brasil

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

COP 15: Campanha exibe líderes mundiais arrependidos por não salvarem o planeta

Desde o último dia 2, quem chegou ao aeroporto de Copenhague, na Dinamarca, se deparou com cartazes em que se lia Desculpe, nós poderíamos ter impedido mudanças climáticas catastróficas... mas não impedimos. Os protagonistas desta campanha são dez chefes de estados que, após dez anos, em 2020, se mostram arrependidos por não ter feito mais para conter as mudanças climáticas.

Angela Merkel (Alemanha); Kevin Rudd (Austrália); Luiz Inácio da Silva (Brasil); Stephen Harper (Canadá); José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha); Barack Obama (Estados Unidos); Nicolas Sarkozy (França); Donald Tusk (Polônia); Gordon Brown (Reino Unidos) e Dmitrij Medvedev (Rússia) são retratados com rostos envelhecidos e feições de arrependimento por não ter feito mais pelo planeta enquanto ainda era possível salvá-lo.

Veja todos os cartazes da campanha:










COPENHAGUE


Este ano, Copenhague, na Dinamarca, será sede de um importante evento que definirá os rumos ambientais do planeta. A 15ª Conferência das Partes (COP-15) da Convenção-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima reunirá, de 7 a 18 de dezembro, líderes mundiais para se chegar a um acordo que freie o aquecimento global, causado principalmente pela emissão de gases de efeito estufa.

A grande polêmica reside no fato de que adotar uma atitude ambientalmente correta significa: modificar profundamente o modelo de desenvolvimento econômico e social de vários países com a redução de combustíveis fósseis, utilizar energias limpas e renováveis, acabar com o desmatamento das florestas e transformar atitudes e hábitos de consumos já enraizados.


Fonte: Jornal Agrosoft

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Como Trabalhar para um Idiota


Livro autobiográfico, pelo fato de Hoover reconhecer que já foi um chefe idiota. Tem como pretensão alertar o funcionário e ajudá-lo a combater o mal que um chefe idiota pode acarretar. O autor anuncia que, como uma praga, os chefes idiotas estão espalhados por todos os cantos e que possivelmente você já esbarrou com tal figura na sua carreira .


A obra traz uma leitura descontraída e ao mesmo tempo informativa sobre as relações de trabalho. Ensina que, qualquer que seja seu chefe, são as suas ações que determinarão o sucesso ou fracasso na convivência de ambos. A chave para sobreviver e prosperar sem se estressar com seu chefe é assumir o controle sobre a única coisa que você pode controlar: sua resposta emocional às coisas que outras pessoas dizem ou fazem.

Hoover lembra que, muitas vezes, as atitudes que nos incomodam em outras pessoas são aquelas que nós mesmos possuímos. Portanto, antes de criticar o chefinho, tenha certeza de que os modos irritantes dele não são um reflexo dos seus. Para ajudá-lo a descobrir se pertence ou não à classe dos idiotas, o autor elaborou um pequeno teste no início do livro. Porém, para ele, a maior prova para constatar se você realmente é um idiota é tornando-se autônomo. As pessoas sempre buscam o trabalho autônomo como meio de se libertar de chefes que consideram idiotas. Mas quase sempre descobrem tarde demais que seu novo chefe é um idiota maior do que aquele que acabou de insultar a caminho da porta de saída.

O autor cita várias espécies distintas e que requerem cuidados e habilidades específicas por parte do funcionário.

Chefes maquiavélicos: espertos, inescrupulosos, implacáveis.

Essa categoria de superior não admite que ninguém ouse entrar em seu caminho. Se isso acontecer, melhor estar preparado para o troco. Para não criar caso com esse tipo de chefe, procure estar em sintonia com aquilo que ele deseja. Mais do que evitar competição, você deve utilizar uma linguagem e um comportamento de forma a indicar que você não quer competir com o chefe e que entende e aceita seu direito de estar no topo.

Chefes masoquistas: auto-críticos, depressivos, contagiantes (no mau sentido, claro).

Hoover afirma ser fácil identificar esse tipo de profissional. Faz questão de não terminar os trabalhos e prefere liderar o departamento rumo ao fracasso. Seu chefe age assim? Então, de acordo com o livro, desligue-se o quanto antes. Ou, se não puder deixar o emprego, não se deixe influenciar pelo pessimismo vindo dele. Meu conselho: saia antes que você se machuque em uma armadilha de urso que ele colocou no escritório para prender o próprio pé.

Chefes sádicos: extremamente críticos, perseguidores, cruéis.

Não tente enfrentá-lo, ele o combaterá; não tente mudar de departamento, ele o perseguirá; não demonstre prazer no trabalho, ele irá incumbi-lo de cada vez mais tarefas. Talvez o mais temível de todos os chefes, o sádico é aquela pessoa que, por ter sofrido muito anteriormente, passa a ter prazer em proporcionar o sofrimento alheio. Por isso, uma das técnicas para lidar com esse tipo é demonstrar descontentamento com a carreira. Isso não significa que você não possa ser animado e positivo quando estiver fora da órbita do sádico. Ser positivo e animado vai aumentar a possibilidade de alguém recrutá-lo e levá-lo para longe do chefe sádico.

Chefes paranóicos: acham que todos estão contra eles, falta de foco na realidade, ansiosos e inseguros.

Seja mais do que eficiente. O chefe paranóico adora inventar possíveis conspirações contra ele e, mantendo-o constantemente atarefado, você impede que ele lhe faça mal. Outra dica é deixá-lo sempre a par dos acontecimentos e do seu cotidiano. Isso vai reduzir seu nível de ansiedade; ele sabe que a informação compartilhada com uma população maior reduz a probabilidade de uma conspiração em massa.

Chefes deuses: egocêntricos, pouca noção da realidade, sabe-tudo.

Não contrarie um chefe deus. Se ele se acha o máximo, não discorde. Em essência, esse tipo de superior age dessa maneira por mera insegurança. Para driblar possíveis conflitos, não bata de frente com ele e saiba ceder pequenos embates. Perca as batalhas e vença a guerra. Chefes deuses têm a ver com poder, porque o poder esconde a incompetência. Com uma postura flexível, você conseguirá trazer os pés do chefe de volta ao chão.

Chefes camaradas: compreensivos (até demais), carentes, pegajosos, porém, maleáveis.

Quer que você seja mais do que um simples subordinado; quer que vocês sejam amigos. Se você aceitar trocar tarefas por horas de conversa fiada, este é o chefe ideal, Mas se, ao contrário, você desejar cumprir com suas funções, tenha jogo de cintura e imponha certos limites. Se cada vez que ele solicitar seu tempo você estabelecer um limite, a tendência é que ele não o interrompa mais quando tiver a intenção de prolongar a conversa.

Bons chefes: justos, tolerantes, conscientes.

Tem um chefe assim? Então, aproveite, pois muitos gostariam de estar em seu lugar.

Chefe idiota: sem-noção, alheio às situações ao ser redor, insano.

Mais da metade do livro é um compêndio de passos com dicas para como lidar com o chefe idiota, denominado por Hoover de I-Chefe. Nem todo chefe é um idiota e nem todo idiota é chefe. O melhor que você pode fazer é se preparar para lidar com o que surgir em seu caminho. Com bom-humor e relatos de experiências próprias, Hoover consegue unir descontração a informação em Como trabalhar para um idiota.