terça-feira, 8 de dezembro de 2009

COP deve responder a desafio


Greenpeace faz pedido a Lula em banner de 9 mil m². No maior banner aberto na história da ONG, manifestantes pedem desmatamento zero e proteção dos oceanos.


ONGs devem pressionar governos por acordo climático


Ambientalistas defendem repasse de US$ 195 bi para os países em desenvolvimento combaterem as mudanças. Do lado de fora das salas onde negociadores de mais de 190 países tentarão chegar a um consenso sobre o novo acordo climático global, as organizações não governamentais que vão participar da a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-15) em Copenhague devem reforçar a pressão sobre os líderes dos países para garantir algum sucesso nas negociações sobre o futuro do Protocolo de Kyoto.

Desta segunda-feira, 7, até o dia 18, a missão dos países será definir as novas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para os países desenvolvidos, os compromissos para os países em desenvolvimento e questões como transferência de tecnologia e financiamento de ações de mitigação e adaptação às mudanças do clima.


Manifesto divulgado pela Climate Action Network (CAN), rede de mais de 450 organizações ambientalistas, cobra resultados efetivos de Copenhague e alerta para a urgência dos riscos do aquecimento do planeta. As ONGs, que costumam movimentar as COPs com protestos e manifestações diárias, defendem o repasse de pelo menos US$ 195 bilhões por ano para que países em desenvolvimento enfrentem as mudanças do clima.

Otimista, o coordenador do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Paulo Moutinho, acredita que o anúncio de compromissos de redução de emissões feitos pelos Estados Unidos, pela China e Índia nas últimas semanas aumentou as chances de sucesso em Copenhague.


Moutinho lista a definição das regras para o mecanismo de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (Redd) e a necessidade dos países ricos aceitarem metas ambiciosas de corte de emissões como prioridades da reunião. "É preciso avançar também em adaptação. Temos que nos preparar para um mundo que será mais aquecido. O planeta precisa continuar habitável, precisamos combinar adaptação e mitigação para garantir isso", avalia. "Tomara que os negociadores tenham juízo", acrescenta.

Fonte: estadão

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