Nas palavras de Lenine e Dudu Falcão, “Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso faço hora vou na valsa. A vida é tão rara...” ( canção “Paciência”)
Em nossos dias, “o mundo vai girando cada vez mais veloz. A gente espera do mundo e o mundo espera de nós, um pouco mais de paciência...”
“Esperar” tem vários sentidos: aquele segundo o qual esperamos ou esperam de nós e nos vemos na obrigação de corresponder às espectativas que outros têm; o sentido de aguardar, ter calma, saber que algo ainda virá e também o setido de desejar, de ter expectativa, de ter esperança, continuar em busca dos nossos sonhos.
Não dá para gastar nossa vida fazendo de nós um corpo sem alma: uma máquina de “cumprir” dentro do turbilhão, quando nem nós sabemos direito por que estamos fazendo isso ou aquilo, desse jeito e não de outro.
Eu sei, “Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma e até quando o corpo pede um pouco mais de alma, a vida não pára...”. Mas “enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal”, “dá pra” fingir ter paciência?
“Será que é tempo que lhe falta prá perceber?
Será que temos esse tempo prá perder?
E quem quer saber?
A vida é tão rara
Tão rara...”
Na maioria das vezes não percebemos o quanto passamos frequentemente à beira do abismo. A vida pode se encerrar a qualquer momento, a cada minutos vencemos uma batalha e nem nos damos conta. A vida realmente é muito rara.
Será que dá para abrir mão do que mais nos faz feliz em função de outras coisas que os “padrões normais” dizem ser o que deveria ser alcançado? (refiro-me a status, vaidades e vida complicada). O que realmente te faz feliz ? Será que não vale a pena usar o tempo com isto?
“Eu sei, a vida não pára
A vida não pára não...
A vida não pára...”
OK. Então, ela não vai esperar você perceber o que realmente importa.
As coisas não são nem nunca serão exatamente do jeito que a gente quer. De minha parte acho que é preciso voltar o olhar para cada pequena vitória que normalmente “passa batida” no meio de tantas preocupações. Já pensou em agradecer a Deus (ou à vida se não for essa sua fé) por uma comida gostosa quando se está com fome ou por uma cama macia na hora de descansar? E por poder abraçar uma pessoa querida enquanto ela está perto de você? Sei que parece “clichê”, mas é verdade. Houve um período, neste ano, em que coisas como “tomar banho sozinha”, “pegar uma roupa no armário”, “dormir em posição horizontal” ou mesmo “respirar profundamente” foram uma grande conquista para mim, alcançadas, sem deprimir, graças à paciência.
Neste fim de ano, eu quero agradecer por estar viva, por tudo o que esta vida me proporciona e que é realmente essencial para minha felicidade! E gostaria de compartilhar com você essa enorme graça que é... A VIDA!
“Gracias a la vida que me há dado tanto!”
E lembre-se: um pouco mais de alma!
“A vida é tão rara ...”
ANA ALICE
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Aninha, Feliz Natal para você também!!! Beijão!
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