segunda-feira, 28 de junho de 2010

Caprichoso venceu o festival folclórico de Parintins 2010

Caprichoso mostrou o canto da floresta no Festival Folclórico de Parintins 2010.
Foto: Arnoldo Santos/Especial para Terra

A 45ª edição do Festival Folclórico de Parintins, que começou na sexta (25) e foi até o domingo, escolheu o seu vencedor na manhã dessa segunda (28). Pela 18ª vez, o título foi para os azuis do boi Caprichoso.

Com o tema Melodia Natural - Um Canto de Amor à Vida, o boi azul fez 1235,4 pontos, dez a mais que seu concorrente, o boi Garantido, que entrou falando sobre a Paixão no nordeste brasileiro.

Os vencedores fecharam a primeira noite e abriram as duas seguintes com mais de 400 componentes. Ao final das apresentações, o público gritava "é campeão", já prevendo que o boi azul tiraria o título do Garantido, vencedor de 2009, pela 27ª vez.

Fonte: Terra notícias

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Barcos partem de Manaus com destino ao Festival de Parintins

Portal Amazônia



A Festa dos Bumbás Garantido e Caprichoso aquece a navegação de cargas e passageiros na orla do Porto da Manaus Moderna. Passageiros querem seguir em direção à cidade de Parintins, município a 325 quilômetros de Manaus, onde acontecerá o maior evento folclórico do Brasil neste fim de semana.

A rivalidade dos bois Caprichoso e Garantido, agremiações que animam a festa, também está nos enfeites dos barcos que transportam os passageiros. Como estratégia, donos de barcos colorem as embarcações com as cores dos bois, vermelho do Garantido e azul do Caprichoso. Neste ano há uma bandeira a mais. A maioria das embarcações também sustenta a bandeira do Brasil no mastro, uma forma de torcer pela Seleção Brasileira que disputa a Copa do Mundo na África.

Música alta com as vozes dos levantadores de toada animam os preparativos para a viagem. As toadas misturam-se ao burburinho das pessoas apressadas que procuram o lugar nos barcos. São estivadores, homens e mulheres que querem chegar à ilha. A ordem é procurar um lugar nos barcos que saem a cada momento e abastecer as embarcações com alimentos e bebidas.


A maioria dos barcos só sai à noite, por volta de 19h até 21h, mas muita gente adota como estratégia chegar cedo e se posicionar na "rede", local onde passará a noite toda viajando pelo rio Amazonas.

Na noite de ontem (23), pelo menos 50 barcos partiam com destino à cidade. Para isso, a Capitania dos Portos concentrou esforços na fiscalização das embarcações.

Barcos irregulares podem ter a viagem interrompida em um dos três postos de fiscalização montados até o destino final. A preocupação é que não ocorra nenhum tipo de acidente ou naufrágio, já que o movimento será intenso.

Gisele Frederico, dona de uma das embarcações que parte para o festival, diz que neste ano as vendas de passagens estão melhores do que no ano passado. Segundo ela somente no dia anterior saíram mais de 20 barcos. Ela diz ainda que vende passagens apenas para a embarcação "Castelo Guedes". "Meu barco cabe 90 pessoas, mas vendo passagens para no máximo 60 para que os passageiros possam viajar com mais conforto".

A passagem no "Castelo Guedes", que partiria na noite de ontem, custava R$ 350 para quem fechasse o pacote de hospedagem e alimentação no próprio barco e ainda ganhava uma camiseta para brincar na ilha.

Silvana Torres, uma das passageiras que aguardava o horário do embarque, diz que não vê a hora de chegar a Parintins. "Esperei o ano todo por isso e neste ano vou ver o rei David cantando no meu boi Caprichoso. Vale a pena ir à festa só para ver esse momento", diz ela.

Ao ouvir a resposta de Silvana Torres, torcedores do Garantido, posicionados ao lado da reportagem do Portal Amazônia, soltaram uma grande vaia à entrevistada, mas logo em seguida já se abraçavam.

Essa é a festa de Parintins, promovida por meio de uma saudável rivalidade. O que vale é encantar o público com alegria, criatividade e beleza.

Fonte: parintins.com

Garantido e Caprichoso começam nesta noite a grande disputa pelo título de campeão do Festival Folclórico

Festival de Parintins 2010: 25, 26 e 27 Junho
BOI GARANTIDO - A história do Garantido, o vermelho, está ligada a Lindolfo Monteverde que o criou em 12 de junho de 1913 para homenagear seu avô que lhe contava histórias de bumbás. O vermelho e branco é apelidado de “boi da Promessa”, decorrente de uma promessa feita por Lindolfo a São João Batista. O Garantido tem como símbolo o coração na testa. O local onde aconteceu a fundação do bumbá se chamava estrada Terra Santa e hoje é a avenida Lindolfo Monteverde. O Garantido também é conhecido de "Boi do Povão".

BOI CAPRICHOSO - Suas cores são azul e branco e o símbolo é a estrela. A história diz que surgiu no dia 20 de outubro de 1913 de uma promessa dos irmãos Cid que vieram de Crato, Ceará, para tentar a sorte em Parintins. Se conseguissem sucesso na nova terra colocariam um boi para brincar nas festas de São João. Os irmãos Cid conheceram o coronel José Furtado Belém, que sugeriu o nome Caprichoso. O boi era feito de pau por Raimundo Alves, o Mundinho. O Caprichoso tem sua história marcada pela irreverência, inovação, alegorias gigantescas e um certo magnetismo que exerce nos torcedores. É conhecido também como o Boi de Parintins e Diamante Negro.

VOCABULÁRIO DO BOI

1. Boi de pano - a figura principal na apresentação de uma Associação Folclórica de Boi-bumbá.

2. Movimento cultural amazonense, surgido entre o final do século XIX e princípio do século XX, trazido por imigrantes do Nordeste brasileiro, tendo se desenvolvido paralelamente ao bumba-meu-boi do Estado do Maranhão. Acontecimento desde o início do século XX nos Festivais Folclóricos do Estado do Amazonas e durante as Festas Juninas, o movimento quase desapareceu e teve pouca importância até ressurgir como grande espetáculo, na cidade de Parintins. O ressurgimento como movimento cultural de massas teve, como fatores facilitadores, a) a grande criatividade dos artistas caboclos de Parintins, b) a atenção do mundo para a Amazônia e a floresta tropical e c) a atuação do governador Amazonino Mendes, ao construir o bumbódromo e atrair patrocinadores como a Coca-Cola e cervejarias Brahma e Antártica para o evento, durante a década de 90. (Em 1996, a Coca-Cola também ficou azul em seus cartazes publicitários, durante o Festival de Parintins).

3. Todo conjunto de músicos, tribos, brincantes e o próprio boi que evoluem nos dias 28, 29 e 30 de junho no bumbódromo de Parintins.

4. Boi Caprichoso, Boi Garantido: bois de Parintins, AM.

5. Boi Brilhante, Boi Corre Campo, Boi Garanhão, bois de Manaus, AM.

fonte: parintins.com

domingo, 20 de junho de 2010

Educação física: Pega-pega americano, mãe da rua e fugi-fugi

* Marcelo Jabu é professor de educação física

Dentro do universo de jogos e brincadeiras infantis, os jogos de corrida e perseguição constituem um segmento muito importante para o desenvolvimento da motricidade e também uma modalidade de atividade lúdica muito apreciada pelas crianças dessa faixa etária (6 a 8 anos).
Os três jogos propostos aqui mobilizam as habilidades de perseguir e fugir, em três contextos com características diferenciadas, a saber:

  • No pega-pega americano, a trajetória de corrida de pegador e fugitivos é multi-direcional, ou seja, os deslocamentos acontecem em todas as direções possíveis.




  • No mãe da rua, a trajetória do pegador é multi-direcional, mas as trajetórias dos fugitivos acontecem apenas em um sentido, de uma calçada para a outra.




  • No fugi-fugi, a trajetória de corrida de pegador e fugitivos ocorre no mesmo sentido, mudando apenas a direção.




  • A realização desse tipo de atividade se justifica também pelas restrições de utilização do espaço impostas às crianças de hoje, principalmente para aquelas que moram em zonas urbanas.

    Objetivos



  • Reconhecer a existência de regras nos jogos vivenciados.




  • Obedecer as regras com o auxílio do professor.




  • Explicar as regras dos jogos verbalmente para outras pessoas.




  • Realizar os movimentos básicos de correr, desviar, frear e equilibrar-se.



  • Conteúdos específicos



  • Jogos de corrida e perseguição.




  • habilidades motoras de correr, desviar, frear, equilibrar, além de capacidades físicas de velocidade, flexibilidade e resistência.



  • Ano

    1º ao 3º ano

    Tempo Estimado

    Seis aulas de 40 minutos, subdivididos em 10 minutos para a roda de conversa inicial, 20 minutos para a vivência do jogo e os últimos 10 minutos para roda de conversa.

    Material necessário



  • Espaço físico plano e desimpedido (quadra, pátio, rua, praia ou similar).




  • Lousa e giz.



  • Desenvolvimento das atividades

    Em todas as aulas, inicie o encontro mostrando aos alunos como o jogo vai se desenvolver. Desenhe um diagrama simples na lousa, mostrando os limites de espaço a serem utilizados e o posicionamento das crianças. É interessante dar referências do espaço e representar os tipos de movimentos possíveis na atividade. Explique também as regras.
    A seqüência didática está organizada em três conjuntos de duas aulas. Cada um dos jogos é vivenciado numa primeira aula e repetido na aula seguinte, visando a apropriação das regras e dos movimentos básicos por todo o grupo.

    1ª e 2ª aulas

    Pega-pega americano
    Regras
    Um jogador é escolhido como pegador, e os demais fogem dentro dos limites estabelecidos previamente. Quando um jogador é pego, ele deve ficar parado no lugar em que foi pego até ser salvo por algum outro jogador.
    Para salvar um colega pego, o jogador deve agachar e engatinhar por entre as pernas desse jogador. É importante esclarecer que nenhum jogador pode ser pego pelo pegador enquanto estiver salvando algum colega.
    O vencedor do jogo é aquele pegador que conseguir imobilizar todos os fugitivos, numa mesma rodada.
    Atenção: é importante orientar os alunos sobre a forma segura de pegar os fugitivos, utilizando apenas o toque de mão em alguma parte do corpo do colega, evitando tocar a região do rosto e dos cabelos ou agarrar e segurar os jogadores fugitivos, o que poderá causar acidentes.
    Periodicamente, interrompa a partida e torque o pegador, para garantir que ao longo das duas aulas todos os alunos passem pelas funções básicas do jogo: pegador e fugitivo/salvador.

    3ª e 4ª aulas

    Mãe da Rua
    Regras
    O espaço em que será realizado é delimitado por duas linhas paralelas com a distância de mais ou menos 8 metros entre elas, simulando o espaço de uma rua com duas calçadas.
    As crianças se posicionam atrás de uma das linhas e ficam voltadas na direção do espaço entre elas. Um jogador é escolhido como pegador e se posiciona no centro do espaço de jogo.
    O desafio para os fugitivos é atravessar o campo de jogo entre uma calçada e outra sem ser tocado pelo pegador, caso isso aconteça o jogador pego assume essa função, e o pegador passa a ser fugitivo.
    Você pode propor uma regra que torna o jogo mais desafiante para todos os participantes: os jogadores fugitivos que deixarem uma das calçadas em direção ao campo não podem mais retornar para a calçada de onde saíram, tendo que tentar a travessia do campo.
    Essa regra é um pouco difícil de ser seguida de pronto por crianças dessa idade pois envolve um controle corporal e uma leitura das velocidades e das distâncias entre os jogadores que é um pouco complexa. No entanto, é justamente a construção dessas noções de distância e velocidade o objeto principal de aprendizagem que o jogo promove nos jogadores.
    Um desdobramento do grau de complexidade do jogo pode ser proposto na segunda aula de vivência do jogo, com a alteração de um detalhe da regra: o jogador que é pego se transforma em pegador, mas quem o pegou continua exercendo essa função, ou seja, a cada jogador pego aumenta o número de pegadores. Conseqüentemente, o espaço de fuga vai se tornando cada vez menor e o desafio para os fugitivos vai se tornando cada vez mais complexo.
    Também aqui, cuide para que todos os jogadores possam vivenciar as funções de pegador e de fugitivo.

    5ª e 6ª aulas

    Fugi-fugi
    O espaço para o jogo é delimitado num retângulo de 15 x 10 metros, aproximadamente. Essa medida pode variar um pouco em função do número de alunos e do espaço físico disponível. Se no início da atividade o educador perceber que o espaço está muito congestionado ou que os jogadores estão ficando muito distantes entre si, faça um ajuste nas medidas.
    Um jogador é escolhido pegador e se posiciona atrás de uma das linhas do lado menor do retângulo. Os demais jogadores (os fugitivos) se posicionam atrás da linha, do lado oposto do campo onde está o pegador.
    O desafio dos fugitivos é atravessar correndo o campo de jogo sem serem pegos, até a extremidade oposta do campo, a cada rodada. No início de cada rodada, o pegador, de sua posição inicial, grita a todos: "Lá vou eu!!!" Ao que os fugitivos respondem em coro: "Fugi-fugi!!!" e imediatamente partem para a travessia do campo de jogo.
    Também aqui, ao jogador que entra no campo não é mais permitido voltar para trás da linha de fundo. Os jogadores que forem pegos se transformam em pegadores fixos, na posição do campo em que foram pegos, tornando-se auxiliares do pegador principal.
    A cada rodada, repetem-se os avisos de "Lá vou eu!" e "Fugi-fugi!" antes de cada período de fuga e perseguição. Ao longo da partida, o espaço vai sendo ocupado por um número maior de pegadores fixos, e é declarado vencedor o jogador que conseguir se manter ileso até a rodada final.
    Fique atento para o caso de um pegador escolhido não conseguir realizar seu propósito, tornando o jogo desinteressante para si e para o grupo. Nesse caso, escolha um segundo pegador para auxiliar o pegador principal.

    Avaliação

    Ao final de cada aula, reúna os estudantes numa roda de conversa para vocês avaliarem juntos os avanços conquistados e as dificuldades que foram enfrentadas durante a vivência dos jogos. Embora exista a possibilidade de um vencedor final, é pouco provável que isso ocorra nessa faixa etária. Atenção: saber quem foram os vencedores também é pouco eficiente, uma vez que a sensação mais efetiva é vivida pela criança a cada êxito alcançado no ato de conseguir pegar ou conseguir escapar.

    Fonte: Educação/uol

    sexta-feira, 18 de junho de 2010

    Prevenção ao uso indevido de drogas - Módulo III

    * Formação Continuada das equipes de saúde do PSF Santa Isabel I e II - regional oeste - Cuiabá/MT.

    Temática - III módulo:
    1. As drogas e os meios de comunicação; Como os meios de comunicação influenciam no consumo de drogas?
    2. Legislação;
    A imagem que  a mídia passa
    A televisão, rádio, jornais e revistas nos dão a impressão de que as drogas mais consumidas são crack, cacaína e maconha. E muitas vezes deixam de informar que os maiores problemas ainda são decorrentes do consumo de álcool e tabaco.

    A publicidade de bebidas alcoólicas associa beber com diversão, charme, alegria, aventura, sucesso profissional, ótimo desempenho esportivo e aceitação social.  As propagandas de medicamentos geralmente visam às famílias. Nestas, a mensagem também é perigosa: o uso de medicamento, sem prescrição médica, põe fim ao mal-estar e aos problemas que a família enfrenta. Ao tomar um remédio, ela supostamente se torna uma família feliz.

    Por que os jovens usam drogas? (fatores de risco)

    Algumas situações aumentam o risco de problemas com álcool e outras drogas (fatores de risco):
    • Desconhecimento das drogas e seus efeitos
    • Noção errada de que "todo mundo usa"
    • Busca de prazer e curiosidade
    • Tédio e falta de opções
    • Fácil acesso às drogas
    • Sociedade desigual e falta de perspectivas de vida
    • Dificuldades na escola
    • Atitudes familiares favoráveis ao uso de drogas
    (fatores de proteção)
    • Boa qualidade de vida
    • Acesso e satisfação das necessidades básicas nas áreas de saúde, educação, habitação, profissionalização, emprego e lazer
    • Relação de confiança e afeto entre país e filhos
    • Uma escola que promova atividades estimulantes e a criação de vínculo entre alunos escola, país, educadores e comunidade
    • Maturidade para tomar decisões

    Qual a relação entre o uso de drogas e AIDS?
    A AIDS é uma doença contagiosa transmitida pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana). A forma de contágio se dá por relações sexuais sem preservativo, pelo consumo de drogas injetáveis ao compartilhar uma seringa contaminada, pela amamentação e durante a gravidez (da mãe para o filho).

    O uso de drogas é considerado um comportamento de alto risco para a infecção pelo vírus da AIDS. Pessoas sob efeito de álcool e outras drogas podem perder a capacidade de avaliar riscos e ter relações sexuais sem preservativo ou se infectar ao usar uma seringa já utilizada por outras pessoas

    Como saber se um jovem está usando drogas?

    O surgimento de sinais de desconforto depois de algumas horas sem usar drogas é conhecido por síndrome de abstinência. Entre os sinais observados que podem indicar o consumo de drogas, estão as alterações de comportamento como evitar a convivência e conversas com os país, tornar-se mais desligado, sem interesse ou, ao contrário, mais "elétrico" e agitado, ficar muito tempo fora de casa, não apresentar os amigos, gastar muito dinheiro, trazer coisas novas e de valor para casa e desaparecimento de objetos pessoais e de familiares.

    Podem ser dicas de que alguma substância possa estar interferindo no dia-a-dia da pessoa.O fato de a pessoa apresentar um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que está consumindo alguma droga. Mudanças de comportamento principalmente nos adolescentes, podem ter as mais diferentes causas.

    Se ele estiver usando, o que fazer?

    A primeira coisa é não entrar em pânico. O segundo passo é conversar com seu filho e perguntar se ele usa todo dia ou apenas nos finais de semana. Sozinho ou com amigos? Que droga está usando? Em que situações está usando? Após essa conversa, é possível decidir qual a melhor conduta.

    O importante é estabelecer uma relação de confiança e de afeto, na qual a pessoa sinta-se segura para falar abertamente sobre seus problemas e preocupações. Para isso, é melhor escolher uma pessoa com quem esse diálogo franco possa acontecer.

    Quais os objetivos da prevenção ao uso de drogas em escola?

    O planejamento das atividades preventivas deve ter como meta diminuir a probabilidade de o jovem envolver-se de maneira indevida com o uso de drogas. Para isso, os programas de prevenção ao uso de drogas devem enfatizar a redução dos fatores de risco e a ampliação dos fatores de proteção.

    Como prevenir o uso de drogas em escolas?

    Seguem algumas estratégias de prevenção ao uso de drogas na escola:

    1. Informações científicas: dar informações de modo neutro e científico permite que os jovens tome decisões racionais sobre o uso de álcool e drogas. Contudo, informação em excesso sobre os efeitos das drogas pode despertar a curiosidade e induzir ao seu uso.
    2. Educação afetiva e o treinamento de habilidades: estes modelos visam estimular e valorizar a auto-estima, a habilidade de decidir e relacionar-se em grupo.
    3. Educação para a saúde: o objetivo principal é conscientizar o aluno sobre os problemas do mundo que o cerca, desenvolvendo sua capacidade de escolher uma vida mais saudável para si e sua comunidade.
    4. Controle social: baseia-se na adoção de regras para o controle do uso de drogas na escola e na sociedade (proibição de propaganda de cigarro, por exemplo).

    A escolha adequada das estratégias de prevenção será em função de critérios como a concepção pedagógica da escola, seu tipo de atividade, sua população alvo, seus recursos e as necessidades da sua comunidade. É ideal que as atividades preventivas façam parte do cotidiano, sejam intensivas, precoces e duradouras, envolvendo pais e comunidade.

    Como a família pode prevenir o uso de drogas?
     
    Os pais são um exemplo para seus filhos. Filhos aprendem com os pais o que é droga quando os vêem fumando ou bebendo uma cerveja para relaxar. Portanto, uma relação saudável com as drogas é algo que crianças e jovens podem aprender a partir dos hábitos de seus pais.Os pais devem valorizar os sucessos e reconhecer as dificuldades dos filhos. Isso não exclui a importância de estabelecer limites claros. O interesse pela vida dos filhos (amigos, escola, festas que freqüentam) também pode ser preventivo ao uso de drogas.

    O que conversar e como conversar com os jovens sobre drogas?

    Durante a infância, as crianças precisam aprender a ter hábitos saudáveis com a alimentação, a reconhecer o prazer e reconhecer a importância das atividades físicas e culturais. Nessa fase do desenvolvimento, não se deve falar da droga propriamente dita. A criança ainda tem um pensamento concreto, sendo difícil avaliar a gravidade do uso de drogas.


    Na adolescência, o jovem naturalmente terá curiosidade e interesse pelas drogas. Esse é o momento ideal para falar sobre o assunto para que o uso de drogas se torne menos atraente. O importante é estar preparado para essa conversa. É necessário que os adultos se informem e pensem sobre a sua própria relação com álcool, cigarro, remédio e outras drogas.

    Quais os tipos de tratamentos existentes?

    Grupos de auto-ajuda: Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA) são grupos de ajuda mútua formados por voluntários. Homens e mulheres dependentes de drogas e famíliares se reúnem para discutir seus problemas, dificuldades e sucessos. O serviço é gratuíto.


    Médico: tem sua atuação mais focada nas questões de saúde em geral e na investigação do uso de drogas com relação a outras doenças.


    Psicológico: aborda as questões relacionadas ao comportamento, às emoções, à motivação, aos relacionamentos sociais (trabalho, casamento, família, amigos) e analisa como cada um desses aspectos se relaciona com o uso de substâncias.

    Orientação e terapia familiar: esse tipo de intervenção é muito importante. Ela ajuda os familiares a reavaliarem sua postura diante da pessoa dependente química. Alem disso, é uma forma de os familiares receberem apoio e amparo.

    Pronto-socorro: é recomendada os momentos de intoxicação, agressividade e na síndrome de abstinência (interrupção do uso).

    Hospital: muitos acreditam que a internação é o melhor tratamento e que o paciente estará curado ao receber alta. Isso não é verdade. Os benefícios de uma internação são a melhoria das condições gerais de saúde do paciente.

    Comunidade terapêutica: é um lugar (uma fazenda ou um sítio) onde as pessoas ficam internadas por vários meses para desintoxicação. A recuperação baseia-se no trabalho, na religião e em grupos de auto-ajuda.


    Tratamento ambulatorial: a pessoa faz visitas freqëntes a um ambulatório especializado para tratamento, no qual ela tem consultas com os profissionais de saúde (psicólogo, médico e enfermeiro). A vantagem desse acompanhamento é que a pessoa continua em seu ambiente social, sem interromper suas atividades.

    A legislação brasileira e as drogas

    A lei brasileira separa e trata distintamente quatro categorias de pessoas que se envolvem com drogas:
    o traficante;
    o dependente;
    o experimentador ou usuário eventual;
    o traficante-dependente.

    Os traficantes: são considerados criminosos não só pelo tráfico de drogas, mas também pela ação perniciosa que exercem junto as pessoas inexperientes, na tentativa de torná-las usuárias das drogas. Além de alimentar o vício, eles se encarregam de disseminá-lo. Tendo em vista o perigo que os traficantes representam para a sociedade, a nossa Lei os pune com pena de prisão de 3 a 15 anos.


    O dependente: é, na verdade um indivíduo doente, que não é capaz de dominar o forte impulso que sente para tomar a droga. No caso do dependente cometer algum crime levado pela droga que tenha ingerido, a Lei não pune, porque reconhece que ele não era dono de sua vontade, na ocasião. Após laudo médico constatando a dependência do réu, o juiz ao invés de aplicar a pena, determina que ele seja encaminhado para tratamento.


    O traficante-dependente: é tão perigoso como o que faz o trafico de drogas sem ser dependente. Entre eles encontram-se dependentes que se tornam traficantes a fim de terem maior facilidade de conseguir a droga. Nesses casos, a nossa Legislação prevê uma punição igual a dos traficantes; (3 a 15 anos) e, também, o tratamento médico dentro da própria prisão. Deste modo, a Lei é bastante justa, porque pune o crime e cuida do doente, procurando dar-lhe a oportunidade de se recuperar e voltar ao convívio da sociedade, em condições de ainda lhe ser útil.


    O experimentador ou usuário eventual: também é punido, porque ele sabe perfeitamente que a Lei proíbe e a policia prende quem estiver usando ou trazendo consigo droga. Evidentemente, a pena é menor; pode variar de 2 a 6 anos de prisão. No caso do indivíduo que nunca tenha respondido processo criminal, ele poderá pagar uma fiança (certa quantia em dinheiro) e responder o processo em liberdade. Se após o julgamento, ele for considerado culpado, sendo primário, isto é, se não tiver cometido crime antes, ele receberá o sursis.


    Esta é uma palavra francesa que significa suspensão condicional da pena. Sendo assim, o réu nessas condições é condenado, mas não vai para a prisão. O juiz fixa um prazo para que ele tenha bom comportamento, findo o qual ele estará livre. Se durante esse período de prova o réu cometer outro crime, o sursis fica sem efeito e ele passa a cumprir a pena a que foi condenado.


    Isso tudo ocorre com as pessoas que tenham mais de 18 anos. Os que tem menos são encaminhados ao juizado de menores. Lá o juiz, conforme a gravidade do caso, pode decidir entre mandar os pais assinarem um termo de responsabilidade pelo menor, interná-lo em casas especiais de recuperação de menores delinqüentes, ou, em certos casos, enviá-lo para prisão própria nas penitenciárias do país.


    O primeiro artigo da Lei de Tóxicos (Lei nº 6.368) diz expressamente que "é dever de toda pessoa física ou jurídica colaborar na prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determina dependência física ou psíquica".


    Isso significa que todos nós, que somos pessoas físicas, assim como as empresas, os clubes e os colégios, que são pessoas jurídicas, devemos empregar o máximo de nossos esforços para evitar que as drogas sejam vendidas e usadas indevidamente.

    LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006.

    Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.





    Referências Bibliográficas: http://www.casadiajau.org; senad
     

    O horror ao incesto

    Naele Ochoa Piazzeta*

    Existem crimes que, pela violência explícita ou sutil com que se revestem, causam-nos abalo moral de maiores proporções do que as condutas humanas que, de regra, mais razões possuem para tanto.

    Quem de nós deixa de reconhecer a crueldade do roubo seguido de morte? Ou do homicídio praticado por filhos contra os pais e vice-versa?

    Todavia, assombra-nos e persegue-nos o horror do incesto, por seu caráter antinatural, pela sua patologia evidente, pelo atentado contra os princípios básicos segundo os quais nos reconhecemos humanos.
    Para uma análise preliminar do incesto, deve-se levar em conta que estamos inseridos numa cultura histórica e socialmente datada, sendo ela a nos fornecer os modelos de conduta a serem seguidos pela sociedade. Esta, enquanto corpo orgânico estruturado em todos os níveis da vida social, sustenta-se na reuni&a tilde;o de indivíduos que vivem sob determinado sistema econômico e político e que são obedientes a normas, leis e instituições necessárias ao agrupamento como um todo.

    Cultura e sociedade, enfim, constituem os pares dicotômicos do certo/errado, justo/injusto, jurídico/antijurídico.

    Inúmeros mitos fundantes de nossa cultura não reconheciam o aspecto hediondo do incesto e da pedofilia. A mitologia grega e a Bíblia católica são ricas em narrativas envolvendo relações incestuosas. Com o avançar do pensamento e, por consequência, do conhecimento, repudiaram-se comportamentos aceitos primordialmente e, de forma quase universal, as relações sexuais envolvendo pais e filhos passaram a constituir tabu de tal magnitude a merecer o olhar acurado da psiquiatria.

    Freud debruçou-se sobre o tema em Totem e Tabu, referindo que as famílias pertencentes a determinado totem (do tigre ou da água, por exemplo), embora perigoso para os outros, reconhece e poupa os seus próprios filhos. Em quase todos os lugares em que encontramos totens, encontramos também uma lei contra as relações sexuais entre pessoas pertencentes ao mesmo e, consequentemente, contra o seu casamento. O tabu representaria uma proibição primeva forçosamente imposta por uma autoridade de fora e dirigida contra os anseios mais poderosos a que estão sujeitos os seres humanos. O totem seria a família do indivíduo, enquanto que o tabu, as proscrições a que estava sujeito.

    Pedofilia e incesto trilham o mesmo caminho. Se na primeira têm-se as relações sexuais entre adultos e crianças, quase sempre maculadas por relações de parentesco, na segunda encontra-se a conjunção carnal entre parentes ligados por estreitos vínculos de consanguinidade..

    Da afirmação acima, constata-se a força da cultura sobre os que vivem sob o seu tempo. O incesto, assim como a pedofilia, é praticado, em sua esmagadora maioria – e tanto retrata a realidade dos processos que assomam ao Poder Judiciário de nosso país – por indivíduos do sexo masculino. Os estereótipos do gênero são reforçados pelo discurso repassado de geração a geração. Dos homens são exigidos, como atributos da masculinidade, comportamentos agressivos, virilidade, coragem e, sobretudo, potência sexual. Das mulheres, esperam-se fragilidade, baixa competitividade e libido controlada. Tais comandos são mais visíveis em regiões onde o índice de pobreza e dominação masculina se faz mais presente, a exemplo do norte e nordeste do Brasil.

    O crime descoberto no Maranhão, onde um pai estuprou a filha e passou a viver maritalmente com ela, gerando sete filhos, apesar de repulsivo e brutal, faz lembrar o preciosismo de Nietzsche ao dar a uma de suas mais belas obras o título Humano, Demasiado Humano.
     

    *Desembargadora do TJRS. Artigo publicado originalmente no Jornal Zero Hora, edição de 16.06.2010.
    Fonte: site judiciário e sociedade

    domingo, 13 de junho de 2010

    Bullying: Como reconhecer agredido e agressor?

    Por Içami Tiba
     
    Bullying é uma ação abusiva de uma pessoa mais forte para uma mais fraca que não se defende, escondido dos adultos ou pessoas que possam defendê-la.

    Esta ação abusiva do bullying é caracterizada por agressão e violência física, constrangimento psicológico, preconceito social, assédios, ofensas, covardia, roubo, danificação dos pertences, intimidação, discriminação, exclusão, ridicularização, perseguição implacável, enfim: tudo o que possa prejudicar, lesar, menosprezar uma pessoa que se torna impotente para reagir e não revela a ninguém para não piorar a situação.

    O agressor é ou está mais forte no momento do bullying, tanto física e psíquica quanto socialmente. Sua vítima, que é ou se encontra impotente para reagir sozinha, precisa de ajuda de terceiros. Além disso, o agressor usa de sua extroversão, da facilidade de expressão, da falta de caráter e ética, de fazer o que quer ignorando a transgressão ou contravenção e abusa do poder de manipulação de outras pessoas a seu favor. 

    O agressor se vale das frágeis condições de reação da vítima e ainda o ameaça de fazer o pior caso ele conte para alguém. Assim, a vítima fica sem saída: se calar, o bullying continua, se tentar reagir, a agressão pode piorar. O número de agressores é geralmente menor que o das vítimas, pois cada agressor produz muitas vítimas.

    A vítima é geralmente tímida, frágil e se apequena diante do agressor. Ela tem poucos amigos e os que têm são também intimidados e ameaçados de serem os próximos a sofrerem o bullying, apresenta alguma diferença física, psicológica, cultural, racial, comportamental e/ou algo inábil (destreza, competência etc.).
    Mesmo que a vítima não fale, seu comportamento demonstra sofrimento através da perda de ânimo e vontade de ir para a escola (se o bullying lá ocorreu), da simulação de doenças, das faltas às aulas, dos abandonos escolares, da queda do rendimento escolar, do retraimento em casa e na sala de aula, da recusa de ir ao pátio no recreio, de hematomas ou outros ferimentos, da falta ou danificação do seu material pessoal e escolar etc.

    Os futuros de todos se comprometem se o bullying não for combatido assim que descoberto. Os agressores, que já vinham em geral de famílias desestruturadas, tendem a manter na sociedade o comportamento anti-social desenvolvidos na escola, tornando-se contraventores e prejudiciais à sociedade. Os agredidos levam suas marcas dentro de si prejudicando seu futuro com uma desvalia e auto-estima baixos, alguns tornam-se revoltados e agressivos, vingando-se ao cometer crimes sobre inocentes da sociedade e até mesmo tornando-se contraventores.

    Tanto a escola quanto os pais têm de ficar atentos às mudanças de comportamentos das crianças e dos jovens. Não se muda sem motivo, tudo tem uma razão de ser. Nenhum adulto pode instigar a vítima a reagir sozinho. Se ela pudesse já o teria feito. Foi por autoproteção que ela nada fez nem contou a ninguém.
    Para o trabalho de prevenção e atendimento ao bullying sugiro quatro frentes:
    • Com as testemunhas: estimular a delação saudável, explicando que o silencioso é conivente e cúmplice do agressor. Garantir proteção e sigilo às testemunhas, que permanecerão no anonimato, aceitando seus telefonemas, e-mails, MSN, bilhetes ou pessoalmente as indicações dos agressores.
    • Com as vítimas, mantendo-as sob vigilância “secreta” sob a atenção de todos os adultos da escola e adolescentes voluntários neste ato de civilidade no combate ao bullying. É perda de tempo esperar que as vítimas venham a reclamar dos seus agressores. É também uma conivência e cumplicidade com o agressor.
    • Com os agressores, é necessário aplicar o princípio das conseqüências que são medidas tomadas pelas autoridades educacionais que favoreçam a educação. O simples castigo não educa. O agressor identificado deve fazer trabalhos comunitários dentro da escola, como auxiliar em algum setor que tenha que atender às necessidades das pessoas. Pode ser numa biblioteca, na cantina da escola, enfermaria ou setor equivalente etc. No lugar de agredir a vítima, ele deverá cuidar dela. Quem queima mendigos deve trabalhar com queimados, fazendo-lhes curativos e não ir simplesmente para a cadeia. Isso deve ser feito durante o recreio ou intervalo, usando o uniforme usual do setor.
    • Integração entre escola e pais, tanto do agressor quanto da vítima: quanto mais se conhece as pessoas, mais elas se envolvem e menos coragem têm para fazer mal umas às outras. Mudanças destes alunos para outras escolas não são indicadas. Todos aprenderão na correção dos erros praticados e não através dos erros cometidos. 
    Fonte: Educação/uol

    Educação Orquestrada e Crescimento Silvestre

    Por Içami Tiba - Psiquiatra

    Nossos filhos carregam os nossos sonhos. Todos os cuidados com eles devem ser orquestrados para que no futuro sejam felizes e tenham sucesso. A esses cuidados chamo de Educação Orquestrada. Seu oposto é o filho largado à própria sorte, sem garantias futuras, o crescimento silvestre.

    Os leitores podem encontram nos livros de minha autoria mais detalhes sobre a educação orquestrada, principalmente no Família de Alta Performance: Conceitos Contemporâneos na Educação. Hoje quero lhes passar sobre crescimento silvestre na primeira infância.

    Pelo site www.primeirainfancia.org.br/, no artigo "Breve Panorama sobre a Primeira Infância no Brasil" (2007), de autoria de Gabriela Azevedo de Aguiar, Gary Barker , Marcos Nascimento e Márcio Segundo, constam: “É até os 6 anos de idade que as estruturas físicas e intelectuais de crescimento e aprendizagem emergem e começam a estabelecer suas fundações para o resto da vida da pessoa”; “...os primeiros três anos de vida são fundamentais para que a criança tenha uma vida saudável e possa se desenvolver plenamente.”; “... as crianças necessitam de cuidados específicos como: proteção; alimentação adequada; medidas de saúde (como imunizações e higiene), estimulação sensorial e sentirem-se amadas pelos pais e/ou cuidadores ativos. Até os 3 anos de idade, as crianças adquirem habilidades motoras, cognitivas, linguagem e aprendem a ter auto-controle e independência por meio da experimentação e brincadeiras...” e “...mais da metade do potencial intelectual infantil já está estabelecido aos 4 anos de idade.

    Porém, as experiências de crescimento e desenvolvimento das crianças na primeira infância variam de acordo com suas características individuais, gênero, condições de vida, organização familiar, cuidados proporcionados e sistemas educacionais (UNICEF, 2005).”

    Meu foco neste artigo são as causas dos acidentes e mortes dos filhos nesta primeira infância. São do IBGE e do Ministério de Saúde por meio do Sistema de Informações sobre mortalidade (SIM/MS) e do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) os dados:

    Causas de Morte

    • até 1 ano de idade:
    1. Sufocação;
    2. Queda;
    3. Passageiro de veículo;
    4. Afogamento;
    5. Queimaduras com fogo;
    6. Choque elétrico;
    • de 1 a 4 anos de idade:
    1. Afogamento;
    2. Atropelamento;
    3. Sufocação;
    4. Passageiro de veículo;
    5. Queda;
    6. Queimadura com fogo;


    Hospitalizações

    • até 1 ano de idade
    1. Queda;
    2. Queimadura com líquidos quentes e outras fontes de calor;
    3. Choque elétrico;
    4. Atropelamento;
    5. Envenenamento, medicamento, pesticida e outros;
    6. Queimaduras com fogo;
    • de 1 a 4 anos de idade
    1. Queda
    2. Queimaduras com líquidos quentes e outras fontes de calor
    3. Choque elétrico
    4. Atropelamento
    5. Envenenamento, medicamento, pesticida e outros
    6. Queimaduras com fogo.
    Uma educação orquestrada dificulta o surgimento dos eventos acima citados, enquanto o crescimento silvestre favorece.

    Crianças na primeira infância necessitam e dependem de cuidados de adultos que as amem, provejam, protejam, alimentem, eduquem, banhem, acariciem, abracem, conversem e brinquem com elas e velem seus sonos, pois elas são incapazes de cuidarem de si mesmas. Todas estas ações estão presentes na educação orquestrada.

    São várias as condições para que as crianças sejam soltas à própria sorte num crescimento silvestre. Elas terão menos condições de serem felizes e de atraírem sucessos. Quando os pais deixam de atender às necessidades dos filhos estão sendo negligentes e quando agridem, abandonam, ficam indiferentes às suas carências, estão provocando mal tratos.

    O indesejável crescimento silvestre é provocado por várias condições facilmente detectáveis pelos resultados – acidentes e mortes - apresentados acima. Basta em cada item imaginar as situações que provocaram tais eventos. Onde estava o adulto cuidador em cada item citado?

    Existem características comuns aos pais que provocam o crescimento silvestre dos seus filhos: são ausentes, egoístas, destemperados emocionais, usuários de bebidas e/ou drogas, negligentes, irresponsáveis, hedonistas, desregrados, contraventores, personalidades psicopáticas, doentes psiquiátricos, neuróticos graves, sérios distúrbios comportamentais etc. Raramente estas características aparecem como sintomas únicos, mas sim com algumas simultaneidades entre elas.

    Fonte: Educação/uol

    sábado, 12 de junho de 2010

    A relação cintura-quadril, e não o índice de massa corporal, é a melhor medida de obesidade para avaliar o risco de um ataque cardíaco


    Foi publicado na revista The Lancet que a relação cintura-quadril é melhor que o índice de massa corporal (IMC) para prognóstico de risco de ataques cardíacos para vários grupos étnicos. Se a obesidade for redefinida segundo a relação cintura-quadril ao invés do uso do IMC, a proporção de pessoas com risco de um ataque cardíaco triplica, segundo dados do estudo Interheart.

    Baseado no peso e na altura, o IMC não leva em consideração a localização da gordura do corpo, nem quanto de musculatura a pessoa possui, diz Arya Sharma, professor de medicina na McMaster University e co-autor do estudo. Um atleta e um sedentário poderiam apresentar IMC semelhantes.

    O estudo Interheart, dirigido por Salim Yusuf da McMaster University em Hamilton, Ontario, contou com uma população de 27.098 pessoas de 52 países, entre elas, europeus, asiáticos, africanos e americanos, incluindo 12.461 que tinham sofrido ataque cardíaco prévio. Os pesquisadores avaliaram se outros marcadores de obesidade3, principalmente a relação cintura-quadril, poderiam ser fatores prognósticos de relevância para ataques cardíacos comparados à medida convencional do IMC para diferentes grupos étnicos.

    No novo estudo, o risco de um ataque cardíaco aumentou progressivamente uma vez que aumentava o índice de relação cintura-quadril. 20% das pessoas no estudo com os índices mais altos tiveram 2,5 vezes maior risco do que os 20% com os menores índices. Este achado sugere a redução na circunferência abdominal, aumento da musculatura do quadril ou a redistribuição de gorduras no organismo.

    No geral, os dados encontrados pelos pesquisadores mostraram medidas de cintura com valor de 90% das medidas do quadril. Os melhores índices foram encontrados na China (88%), seguidos do Sudeste Asiático (89%), América do Norte (90%), África (92%), Oriente Médio (93%) e América do Sul (94%). Cinturas largas refletem a deposição de gordura abdominal e são perigosas, enquanto quadris largos, os quais podem indicar a quantidade de músculo nos membros inferiores, são um fator de proteção.

    O estudo diz que os mecanismos de proteção ainda não estão claros. Os autores especulam que fatores hormonais possam influenciar na circunferência da cintura e do quadril, podendo apresentar diferenças importantes na composição de gordura nessas duas áreas. Quadris largos podem ser resultado de massa muscular. Se a dieta leva à perda de massa muscular, pode agir contra os benefícios da perda de peso, dizem os autores.

    O Interheart mostrou que o risco da população atribuível à relação cintura-quadril é maior que o risco atribuível ao índice de massa corporal. Os resultados sugerem que as estimativas prévias sobre o efeito da obesidade como fator de risco cardiovascular foram demasiadamente baixas.

    A relação cintura-quadril é calculada dividindo-se a medida da circunferência da cintura em centímetros pela medida da circunferência do quadril em centímetros. O índice de corte para risco cardiovascular é menor que 0,85 para mulheres e 0,90 para homens. Um número mais alto demonstra maior risco.

    Confira a seguir uma calculadora do índice cintura X quadril e confira seus resultados.

    Fonte: http://www.news.med.br

    quarta-feira, 2 de junho de 2010

    Fatores de risco e proteção na idade escolar

    Edna maria Marturano Universiade de São paulo (USP). Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto As crianças em risco para distúrbio psicossocial representam uma elevada proporção da população jovem contemporânea. Segundo a perspetiva desenvolvimentista para a ocorrência de distúrbios, os resultados da exposição ao risco se traduzem em um conjunto de possibilidades de desenvolvimento e não como a expressão de doenças ou distúrbios isolados baseados em fatores causais específicos. Como precursora da adolescência, onde indivíduos vulneráveis cada vez mais precocemente se envolvem em comportamentos de risco, é importante focalizar a fase escolar com a preocupação de determinar fatores de risco que possam ser modificados, assim como recursos e fatores de proteção que possam ser fortalecidos, dentro de um enfoque preventivo.
    Fonte: FAPESP