Temática - III módulo:
- As drogas e os meios de comunicação; Como os meios de comunicação influenciam no consumo de drogas?
- Legislação;
A televisão, rádio, jornais e revistas nos dão a impressão de que as drogas mais consumidas são crack, cacaína e maconha. E muitas vezes deixam de informar que os maiores problemas ainda são decorrentes do consumo de álcool e tabaco.
A publicidade de bebidas alcoólicas associa beber com diversão, charme, alegria, aventura, sucesso profissional, ótimo desempenho esportivo e aceitação social. As propagandas de medicamentos geralmente visam às famílias. Nestas, a mensagem também é perigosa: o uso de medicamento, sem prescrição médica, põe fim ao mal-estar e aos problemas que a família enfrenta. Ao tomar um remédio, ela supostamente se torna uma família feliz.
Por que os jovens usam drogas? (fatores de risco)
Algumas situações aumentam o risco de problemas com álcool e outras drogas (fatores de risco):
- Desconhecimento das drogas e seus efeitos
- Noção errada de que "todo mundo usa"
- Busca de prazer e curiosidade
- Tédio e falta de opções
- Fácil acesso às drogas
- Sociedade desigual e falta de perspectivas de vida
- Dificuldades na escola
- Atitudes familiares favoráveis ao uso de drogas
- Boa qualidade de vida
- Acesso e satisfação das necessidades básicas nas áreas de saúde, educação, habitação, profissionalização, emprego e lazer
- Relação de confiança e afeto entre país e filhos
- Uma escola que promova atividades estimulantes e a criação de vínculo entre alunos escola, país, educadores e comunidade
- Maturidade para tomar decisões
Qual a relação entre o uso de drogas e AIDS?
A AIDS é uma doença contagiosa transmitida pelo HIV (vírus da imunodeficiência humana). A forma de contágio se dá por relações sexuais sem preservativo, pelo consumo de drogas injetáveis ao compartilhar uma seringa contaminada, pela amamentação e durante a gravidez (da mãe para o filho).
O uso de drogas é considerado um comportamento de alto risco para a infecção pelo vírus da AIDS. Pessoas sob efeito de álcool e outras drogas podem perder a capacidade de avaliar riscos e ter relações sexuais sem preservativo ou se infectar ao usar uma seringa já utilizada por outras pessoas
Como saber se um jovem está usando drogas?
O surgimento de sinais de desconforto depois de algumas horas sem usar drogas é conhecido por síndrome de abstinência. Entre os sinais observados que podem indicar o consumo de drogas, estão as alterações de comportamento como evitar a convivência e conversas com os país, tornar-se mais desligado, sem interesse ou, ao contrário, mais "elétrico" e agitado, ficar muito tempo fora de casa, não apresentar os amigos, gastar muito dinheiro, trazer coisas novas e de valor para casa e desaparecimento de objetos pessoais e de familiares.
Podem ser dicas de que alguma substância possa estar interferindo no dia-a-dia da pessoa.O fato de a pessoa apresentar um ou mais desses sintomas não significa necessariamente que está consumindo alguma droga. Mudanças de comportamento principalmente nos adolescentes, podem ter as mais diferentes causas.
Se ele estiver usando, o que fazer?
A primeira coisa é não entrar em pânico. O segundo passo é conversar com seu filho e perguntar se ele usa todo dia ou apenas nos finais de semana. Sozinho ou com amigos? Que droga está usando? Em que situações está usando? Após essa conversa, é possível decidir qual a melhor conduta.
O importante é estabelecer uma relação de confiança e de afeto, na qual a pessoa sinta-se segura para falar abertamente sobre seus problemas e preocupações. Para isso, é melhor escolher uma pessoa com quem esse diálogo franco possa acontecer.
Quais os objetivos da prevenção ao uso de drogas em escola?
O planejamento das atividades preventivas deve ter como meta diminuir a probabilidade de o jovem envolver-se de maneira indevida com o uso de drogas. Para isso, os programas de prevenção ao uso de drogas devem enfatizar a redução dos fatores de risco e a ampliação dos fatores de proteção.
Como prevenir o uso de drogas em escolas?
Seguem algumas estratégias de prevenção ao uso de drogas na escola:
- Informações científicas: dar informações de modo neutro e científico permite que os jovens tome decisões racionais sobre o uso de álcool e drogas. Contudo, informação em excesso sobre os efeitos das drogas pode despertar a curiosidade e induzir ao seu uso.
- Educação afetiva e o treinamento de habilidades: estes modelos visam estimular e valorizar a auto-estima, a habilidade de decidir e relacionar-se em grupo.
- Educação para a saúde: o objetivo principal é conscientizar o aluno sobre os problemas do mundo que o cerca, desenvolvendo sua capacidade de escolher uma vida mais saudável para si e sua comunidade.
- Controle social: baseia-se na adoção de regras para o controle do uso de drogas na escola e na sociedade (proibição de propaganda de cigarro, por exemplo).
A escolha adequada das estratégias de prevenção será em função de critérios como a concepção pedagógica da escola, seu tipo de atividade, sua população alvo, seus recursos e as necessidades da sua comunidade. É ideal que as atividades preventivas façam parte do cotidiano, sejam intensivas, precoces e duradouras, envolvendo pais e comunidade.
Como a família pode prevenir o uso de drogas?
Os pais são um exemplo para seus filhos. Filhos aprendem com os pais o que é droga quando os vêem fumando ou bebendo uma cerveja para relaxar. Portanto, uma relação saudável com as drogas é algo que crianças e jovens podem aprender a partir dos hábitos de seus pais.Os pais devem valorizar os sucessos e reconhecer as dificuldades dos filhos. Isso não exclui a importância de estabelecer limites claros. O interesse pela vida dos filhos (amigos, escola, festas que freqüentam) também pode ser preventivo ao uso de drogas.
O que conversar e como conversar com os jovens sobre drogas?
Durante a infância, as crianças precisam aprender a ter hábitos saudáveis com a alimentação, a reconhecer o prazer e reconhecer a importância das atividades físicas e culturais. Nessa fase do desenvolvimento, não se deve falar da droga propriamente dita. A criança ainda tem um pensamento concreto, sendo difícil avaliar a gravidade do uso de drogas.
Na adolescência, o jovem naturalmente terá curiosidade e interesse pelas drogas. Esse é o momento ideal para falar sobre o assunto para que o uso de drogas se torne menos atraente. O importante é estar preparado para essa conversa. É necessário que os adultos se informem e pensem sobre a sua própria relação com álcool, cigarro, remédio e outras drogas.
Quais os tipos de tratamentos existentes?
Grupos de auto-ajuda: Alcoólicos Anônimos (AA) e Narcóticos Anônimos (NA) são grupos de ajuda mútua formados por voluntários. Homens e mulheres dependentes de drogas e famíliares se reúnem para discutir seus problemas, dificuldades e sucessos. O serviço é gratuíto.
Médico: tem sua atuação mais focada nas questões de saúde em geral e na investigação do uso de drogas com relação a outras doenças.
Psicológico: aborda as questões relacionadas ao comportamento, às emoções, à motivação, aos relacionamentos sociais (trabalho, casamento, família, amigos) e analisa como cada um desses aspectos se relaciona com o uso de substâncias.
Orientação e terapia familiar: esse tipo de intervenção é muito importante. Ela ajuda os familiares a reavaliarem sua postura diante da pessoa dependente química. Alem disso, é uma forma de os familiares receberem apoio e amparo.
Pronto-socorro: é recomendada os momentos de intoxicação, agressividade e na síndrome de abstinência (interrupção do uso).
Hospital: muitos acreditam que a internação é o melhor tratamento e que o paciente estará curado ao receber alta. Isso não é verdade. Os benefícios de uma internação são a melhoria das condições gerais de saúde do paciente.
Comunidade terapêutica: é um lugar (uma fazenda ou um sítio) onde as pessoas ficam internadas por vários meses para desintoxicação. A recuperação baseia-se no trabalho, na religião e em grupos de auto-ajuda.
Orientação e terapia familiar: esse tipo de intervenção é muito importante. Ela ajuda os familiares a reavaliarem sua postura diante da pessoa dependente química. Alem disso, é uma forma de os familiares receberem apoio e amparo.
Pronto-socorro: é recomendada os momentos de intoxicação, agressividade e na síndrome de abstinência (interrupção do uso).
Hospital: muitos acreditam que a internação é o melhor tratamento e que o paciente estará curado ao receber alta. Isso não é verdade. Os benefícios de uma internação são a melhoria das condições gerais de saúde do paciente.
Comunidade terapêutica: é um lugar (uma fazenda ou um sítio) onde as pessoas ficam internadas por vários meses para desintoxicação. A recuperação baseia-se no trabalho, na religião e em grupos de auto-ajuda.
Tratamento ambulatorial: a pessoa faz visitas freqëntes a um ambulatório especializado para tratamento, no qual ela tem consultas com os profissionais de saúde (psicólogo, médico e enfermeiro). A vantagem desse acompanhamento é que a pessoa continua em seu ambiente social, sem interromper suas atividades.
A legislação brasileira e as drogas
A lei brasileira separa e trata distintamente quatro categorias de pessoas que se envolvem com drogas:
o traficante;
o dependente;
o experimentador ou usuário eventual;
o traficante-dependente.
Os traficantes: são considerados criminosos não só pelo tráfico de drogas, mas também pela ação perniciosa que exercem junto as pessoas inexperientes, na tentativa de torná-las usuárias das drogas. Além de alimentar o vício, eles se encarregam de disseminá-lo. Tendo em vista o perigo que os traficantes representam para a sociedade, a nossa Lei os pune com pena de prisão de 3 a 15 anos.
O dependente: é, na verdade um indivíduo doente, que não é capaz de dominar o forte impulso que sente para tomar a droga. No caso do dependente cometer algum crime levado pela droga que tenha ingerido, a Lei não pune, porque reconhece que ele não era dono de sua vontade, na ocasião. Após laudo médico constatando a dependência do réu, o juiz ao invés de aplicar a pena, determina que ele seja encaminhado para tratamento.
O traficante-dependente: é tão perigoso como o que faz o trafico de drogas sem ser dependente. Entre eles encontram-se dependentes que se tornam traficantes a fim de terem maior facilidade de conseguir a droga. Nesses casos, a nossa Legislação prevê uma punição igual a dos traficantes; (3 a 15 anos) e, também, o tratamento médico dentro da própria prisão. Deste modo, a Lei é bastante justa, porque pune o crime e cuida do doente, procurando dar-lhe a oportunidade de se recuperar e voltar ao convívio da sociedade, em condições de ainda lhe ser útil.
O experimentador ou usuário eventual: também é punido, porque ele sabe perfeitamente que a Lei proíbe e a policia prende quem estiver usando ou trazendo consigo droga. Evidentemente, a pena é menor; pode variar de 2 a 6 anos de prisão. No caso do indivíduo que nunca tenha respondido processo criminal, ele poderá pagar uma fiança (certa quantia em dinheiro) e responder o processo em liberdade. Se após o julgamento, ele for considerado culpado, sendo primário, isto é, se não tiver cometido crime antes, ele receberá o sursis.
Esta é uma palavra francesa que significa suspensão condicional da pena. Sendo assim, o réu nessas condições é condenado, mas não vai para a prisão. O juiz fixa um prazo para que ele tenha bom comportamento, findo o qual ele estará livre. Se durante esse período de prova o réu cometer outro crime, o sursis fica sem efeito e ele passa a cumprir a pena a que foi condenado.
Isso tudo ocorre com as pessoas que tenham mais de 18 anos. Os que tem menos são encaminhados ao juizado de menores. Lá o juiz, conforme a gravidade do caso, pode decidir entre mandar os pais assinarem um termo de responsabilidade pelo menor, interná-lo em casas especiais de recuperação de menores delinqüentes, ou, em certos casos, enviá-lo para prisão própria nas penitenciárias do país.
O primeiro artigo da Lei de Tóxicos (Lei nº 6.368) diz expressamente que "é dever de toda pessoa física ou jurídica colaborar na prevenção e repressão ao tráfico ilícito e uso indevido de substâncias entorpecentes ou que determina dependência física ou psíquica".
Isso significa que todos nós, que somos pessoas físicas, assim como as empresas, os clubes e os colégios, que são pessoas jurídicas, devemos empregar o máximo de nossos esforços para evitar que as drogas sejam vendidas e usadas indevidamente.
LEI Nº 11.343, DE 23 DE AGOSTO DE 2006.
Institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad; prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não autorizada e ao tráfico ilícito de drogas; define crimes e dá outras providências.
Referências Bibliográficas: http://www.casadiajau.org; senad
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