sábado, 11 de setembro de 2010

A Psicologia da Hipertensão é tema abordado no PSF Santa Isabel com a comunidade


A hipertensão é um transtorno estreitamente ligado a aspectos emocionais, que devem ser levados em conta para um tratamento adequado.

AS CAUSAS

Ao excesso de pressão, de um ponto de vista geral e puramente mecânico, pode-se chegar de duas formas: porque há demasiado líquido circulante para a capacidade do sistema, ou porque o diâmetro dos tubos se reduziu ou perdeu elasticidade.

Os tratamentos habituais levam em conta somente estes aspectos mecânicos e tentam  reduzir o líquido circulante obrigando o filtro renal a eliminar mais líquidos (através de diuréticos) e/ou atuam sobre a musculatura lisa da parede dos vasos sanguíneos, forçando um funcionamento mais relaxado, diminuindo a resistência à passagem do sangue. Este ponto de vista mecânico é muito limitado, já que o problema tem muito mais matizes e não pode ser reduzido a uma simples questão hidráulica.

A INFLUÊNCIA DAS EMOÇÕES

Assim como se pode dizer que o Sistema Nervoso Vegetativo possui os elos que expressam o inconsciente no corpo, podemos nos referir ao sistema hormonal como a expressão física do emocional. As emoções são veiculadas no corpo através dos hormônios e estas vão ser responsáveis, dentre outras coisas, pela tensão arterial, ao regular de forma direta a quantidade de líquido que circula no organismo.

Observamos que, exceto um pequeno número de casos em que a causa é tumoral ou degenerativa, na maior parte das ocasiões em que encontramos altas taxas de tensão arterial, se trata de problemas funcionais, nas quais estão envolvidas hábitos alimentares, prática de exercícios e, de forma determinante, padrões emocionais e de comportamento que ficaram instaurados nas primeiras etapas de formação da personalidade.

UM PROBLEMA SILENCIOSO -  CAUSAS ENCOBERTAS

· Agressividade Contida

Outra grande ameaça interna é a própria agressividade, tão difícil de administrar, e sobre a qual recebemos uma formação freqüentemente hipócrita, negando-a e exercendo-a ao mesmo tempo. A agressividade não expressa é energia contida que pressiona para sair e se transforma  numa ameaça. A falta de expressão da agressividade dá lugar a situações patológicas muito variadas que podem acompanhar-se de hipertensão.

· Sentimento de Culpa

Entre as ameaças que interiorizamos, o sentimento de culpa anima uma das fantasias ternas mais terríveis. O sentimento de haver transgredido sem saber bem que norma, forma o núcleo de muitas patologias. Aqui, a hipertensão costuma fazer parte do cortejo de sintomas que encobrem e ao mesmo tempo põem de manifesto a horrível sensação de que qualquer castigo pode vir e ser merecido.

· Vulnerabilidade e Dificuldade de Adaptação.

O medo nos coloca rígidos. E quem se sente mais vulnerável que uma criança?  Sobretudo quando já não se é uma criança o que os demais vêem. A exigência do meio é igual para qualquer outro, mas a pessoa segue sentindo-se pequena e vulnerável como quando tinha cinco anos.
A hipertensão, como qualquer outro signo de enfermidade, dever ser entendida dentro da vida de cada pessoa, como um traço a mais dos que compõem sua totalidade. Nesse quadro composto por traços físicos e psicoemocionais, os sintomas adquirem significado, e uma vez compreendida a mensagem que trazem, podem ser eliminados desde o núcleo onde se originam, com o remédio adequado, sem o risco de provocar outros sintomas ou impulsionar a enfermidade para planos mais profundos e mais sutis, sempre mais difíceis de tratar.

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