domingo, 2 de agosto de 2009

Estereotipia é uma técnica usada em gráficas para produzir cópias que são, então, chamadas de estereótipos. A palavra grega stereos passa a idéia de alguma coisa dura que é capaz de deixar sua marca em uma superfície mole, como o tipo da gráfica sobre o papel. Essa técnica permitiu que se fizessem muitas cópias, não só de textos, mas também de obras de arte. O curioso é que, mesmo tendo visto muitas dessas cópias, quando você depara com o original, a emoção é outra. Assim ficou fácil qualificar as pessoas e seus grupos, afinal, são marcas duras sobre suas personalidades moles. Simples assim, esse conceito. Ou seria “pré-conceito”? Pegando carona nesse conceito, as pessoas que parecem carregar uma característica forte que foi apenas recebida de outros, sem contestação, começaram a ser chamadas de cópias, clichês, filhotes, e o conjunto de características recebeu o nome de estereótipos. Nada disso é uma verdade absoluta, mas vá convencer as pessoas de que os estereótipos só existem para dificultar a comunicação e azedar as relações. Os estereótipos são assim, marcam as pessoas com um ferro em brasa imaginário e delimitam seu território. Estereotipados são chatos, comportam-se como gado obediente, não têm opinião. Fernando Pessoa, que interpretou a alma humana como poucos poetas - recomenda: “Para ser grande, sê inteiro/ Nada teu exagera ou exclui/ Sê tudo em cada coisa/ Põe quanto és/ No mínimo que fazes”. Parece até que ele está nos lembrando que o que interessa mesmo é o que realmente somos, e não o que os outros querem que sejamos, colocando, em nosso corpo, marcas que às vezes grudam em nossa alma. Fonte: Vida Simples/Eugenio Mussak

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