sexta-feira, 30 de julho de 2010

Questionário de Assertividade

Responda (SIM) ou (NÃO)

1. Se um amigo reclama de você sem razão, você diz para ele que ficou magoado(a)?
2. Você protesta em voz alta quando alguém fura a fila na sua frente?
3. É lhe difícil repreender alguém?
4. Você reclama de tem que esperar demais pelo médico?
5. Você costuma se desculpar com muita freqüência?
6. Você reluta em trocar uma peça trocada na qual você descobriu defeito?
7. Você fica sem jeito perto de pessoas importantes?
8. Você é capaz de contradizer uma pessoa que se acha “o dono da verdade”?
9. Se ao fazer uma compra, o vendedor gasta tempo para mostrar-lhe o produto que no final não lhe interesse, você tem dificuldade em dizer não “quero”?
10. Você fala o que sente?
11. Se um amigo fala mal de você, você tira satisfação de modo calmo?
12. Você fala o que pensa?
13. Você acha difícil iniciar conversação com estranhos?
14. Você toma cuidado demais para não magoar os outros?
15. Você geralmente fica quieto para “não criar caso”?
16. Você é capaz de dizer “não” se alguém lhe pede para fazer uma coisa que você não quer?
17. Se depois de sair de uma loja você percebe que lhe deram o troco a menos, você volta e aponta o erro?

  • A pessoa não-assertiva tende a pensar na resposta apropriada depois que a oportunidade passou. A pessoa agressiva pode responder muito vigorosamente, causando uma forte impressão negativa e mais tarde arrepender-se disso. É nosso propósito neste texto, orientá-lo para que obtenha um repertório de comportamento assertivo mais adequado para que escolha respostas apropriadas e satisfatórias em várias situações.

  • O comportamento agressivo resulta comumente num "rebaixar" o receptor. Seus direitos foram negados e ele se sente ferido, humilhado e na defensiva. Embora a pessoa agressiva possa atingir seus objetivos, ela pode também gerar ódio e frustração que poderá receber mais tarde como vingança.

  • Por outro lado, um comportamento assertivo apropriado na mesma situação aumentaria a auto-apreciação do emissor e uma expressão honesta de seus sentimentos. Geralmente ele atingirá seus objetivos, tendo escolhido por si mesmo como agir. Um sentimento positivo a respeito de si mesmo acompanha uma resposta assertiva.

DESABAFO DE UM BOM MARIDO

Autor: Luís Fernando Veríssimo


Minha esposa e eu sempre andamos de mãos dadas. Se eu soltar, ela vai às compras.
Ela tem um liquidificador elétrico, uma torradeira elétrica, e uma máquina de fazer pão elétrica.
Então ela disse: 'Nós temos muitos aparelhos, mas não temos lugar pra sentar'.
Daí comprei pra ela uma cadeira elétrica.

Eu me casei com a 'Sra. Certa'. Só não sabia que o primeiro nome dela era 'Sempre'.
Já faz 18 meses que não falo com minha esposa. É que não gosto de interrompê-la.
Mas tenho que admitir, a nossa última briga foi culpa minha.
Ela perguntou: 'O que tem na TV?' E eu disse 'Poeira'.

No começo Deus criou o mundo e descansou.
Então, Ele criou o homem e descansou.
Depois, criou a mulher. Desde então, nem Deus, nem o homem, nem o Mundo tiveram mais descanso.

Quando o nosso cortador de grama quebrou, minha mulher ficava sempre me dando a entender que eu deveria consertá-lo. Mas eu sempre acabava tendo outra coisa para cuidar antes, o caminhão, o carro, a pesca, sempre alguma coisa mais importante para mim. Finalmente ela pensou num jeito esperto de me convencer.

Certo dia, ao chegar em casa, encontrei-a sentada na grama alta, ocupada em podá-la com uma tesourinha de costura. Eu olhei em silêncio por um tempo, me emocionei bastante e depois entrei em casa.
Em alguns minutos eu voltei com uma escova de dente e lhe entreguei.
'- Quando você terminar de cortar a grama,' eu disse, 'você pode também varrer a calçada.'
Depois disso não me lembro de mais nada. Os médicos dizem que eu voltarei a andar, mas mancarei pelo resto da vida'.

'O casamento é uma relação entre duas pessoas na qual uma está sempre certa e a outra é o marido...

* Uma contribuição de Andréia Menegueti e Cristina Menegueti - Marketing Institucional

terça-feira, 27 de julho de 2010

PLANO DE TRATAMENTO - PREVENÇÃO DE RECAÍDA


AS DROGAS LÍCITAS (ALCOOL) E ILÍCITAS

PREVENÇÃO DE RECAÍDA


Significa: uma série de procedimento terapêutico com a finalidade de ajudar o individuo que se encontra em abstinência a evitar as recaídas. A pessoa é aconselhada a utilizar estratégias para evitar situações consideradas perigosas que podem precipitar a recaída. Com este procedimento a recaída pode ser previsível e evitada.

COMO ACONTECE?

1º) O paciente junto com o terapeuta irá responder um questionário de pesquisa para descobrir quais são as suas situações vulneráveis.

2º) Em seguida irá aprender a traçar um plano de ação, com o objetivo de enfrentar, lidar com a situação de risco.

3º) Depois aprenderá a fazer um balanço do envolvimento afetivo com a droga;

4º) Irá traçar um quadro de envolvimento com a droga;

5º) Identificará o horário de risco;

6º) Identificará os sinalizadores que poderá se deparar no cotidiano e listar;

7º) Estabelecerá estratégias para lidar com os sinalizadores;

8º) Fará um levantamento semanal das situações de risco, identificando sentimento, pensamento e atitude.

9º) Aprenderá a estabelecer saídas de emergência;

10º) Aprenderá a modificar o estilo de vida em diversas área;

11º) Estabelecerá atividades físicas e de lazer;

12º) Aprenderá a planejar agenda diária (semana e finais de semana);

13º) Por fim estabelecerá um Plano de Recuperação com metas, objetivos e projetos de vida.

AVALIAÇÃO DA MOTIVAÇÃO


1. Faça uma avaliação da sua motivação para iniciar as mudanças necessárias na sua vida. Coloque as vantagens e desvantagens de beber.

2. Faça um balanço. De a nota zero se disser nenhuma motivação indo até 10 (dez) nota máxima.

Nome:
Data:
A– Vantagens de usar
B – Desvantagens de usar
C- Vantagens de não usar
D – Desvantagens de não usar

INVENTÁRIO DE HABILIDADES PARA LIDAR COM AS SITUAÇÕES DE RISCO


Ao lado de cada item deste inventário, você irá escrever dos 03 números: 0 / 1 / 2 dentro do parêntese. Estes números se referem à sua AUTOEFICÁCIA, isto é, à sua habilidade para lidar, enfrentar com sucesso aquela situação de risco, sem beber ou usar droga.

GRUPO I – LIDAR COM EMOÇÕES NEGATIVAS

0 = Nenhuma habilidade
1 = Pouca habilidade
2 = Habilidade suficiente

1. Quando eu me sinto deprimido, triste, desanimado ( )
2. Quando estou ansioso ou estressado ( )
3. Quando sinto angustia sem razão aparente ( )
4. Quando me sinto sozinho, isolado ( )
5. Quando estou preocupado ( )
6. Quando me sinto culpado ou envergonhado ( )
7. Quando me sinto frustrado, alguma coisa não deu certo ( )
8. Quando me sinto tímido, inibido ( )
9. Quando me sinto rejeitado, ou “por baixo ( )
10. Quando me sinto criticado, ou humilhado ( )
11. Quando sinto pena de mim mesmo ( )
12. Quando me vem lembranças ruins da minha vida ( )
13. Quando sinto inveja ou ciúmes ( )
14. Quando me sinto confuso e atrapalhado ( )
15. Quando sinto raiva ou ressentimento ( )
16. Quando sinto tédio na vida ( )
17. Outra situação (descreva)


GRUPO II – LIDAR COM SITUAÇÕES DIFICEIS
0 = Nenhuma habilidade
1 = Pouca habilidade
2 = Habilidade suficiente

1. Enfrentar compromissos ou reuniões sociais ( )
2. Enfrentar reuniões de trabalho ( )
3. Falar em publico ( )
4. Falar com estranho ( )
5. Falar com chefe ou superior ( )
6. Lidar com desentendimento no trabalho ( )
7. Lidar com discussões e ou desentendimento com cônjuge ou familiar ( )
8. Iniciar relacionamento amoroso ( )
9. Terminar relacionamento amoroso ( )
10. Lidar com cônjuge ou namorado que também bebe ou usa droga ( )
11. Lidar com o fato de que todos os amigos também bebem ou usam droga ( )
12. Enfrentar situações de doença ou morte ( )
13. Enfrentar noticias ruins ( )
14. Lidar com viagens ( )
15. Lidar com negócios ( )
16. Outras situações (descreva)
Grupo III – LIDAR COM A DIVERSÃO E O PRAZER
0 = Nenhuma habilidade
1 = Pouca habilidade
2 = Habilidade suficiente

1. Em comemorações a festas, ou boates ( )
2. Quando me sinto eufórico, alegre, excitado ( )
3. Quando estou com amigos que estão bebendo ou usando droga ( )
4. Quando alguma coisa acontece ( )
5. Quando recebo dinheiro ( )
6. Quando estou apaixonado ( )
7. Lidar com situações especiais ( )
8. Quando assisto a tv ( )
9. Quando pratico esporte, exercícios, caminhadas ( )
10. Quando saio para viajar, para praia, pescaria ( )
11. Nos fins de semana ou feriado ( )
12. Nas férias ( )
13. Outras situações ____________________________________

GRUPO IV – LIDAR COM PROBLEMAS FÍSICOS OU PSICOLÓGICOS
0 = Nenhuma habilidade
1 = Pouca habilidade
2 = Habilidade suficiente

1. Lidar com insônia ( )
2. Lidar com problemas sexuais ( )
3. Lidar com dores físicas ( )
4. Lidar com doença própria ( )
5. Lidar com doença ou morte na família ( )
6.Lidar com cansaço ou sono ( )
7. Lidar com sentimento de solidão ou isolamento ( )
8. Lidar com sentimentos ou pensamentos desagradáveis ( )
9. Lidar com medos ( de andar de avião, sair à rua, ou outro medo, por exemplo) ( )
10. Outra situação (descreva)_______________________________


GRUPO V –LIDAR COMO HÁBITO DE USAR ÁLCOOL OU DROGAS
0 = Nenhuma habilidade
1 = Pouca habilidade
2 = Habilidade suficiente

1- Quando termino o trabalho ( )
2- Quando chego em casa, no fim do dia ( )
3- Quando vejo bebidas alcoólicas ou drogas por perto ( )
4- Quando vejo pessoas bebendo ou usando drogas ( )
5- Quando os amigos me oferecem (ou pressionam) para eu beber ou usar drogas ( )
6- Quando eu visito certas pessoas ou quando recebo visita dessas pessoas ( )
7- Quando sinto vontade de beber às refeições, ou em outras situações nas quais eu habitualmente bebia ou usava droga ( )
8- Quando vou a shows, ou a partidas de futebol ( )
9- Outra situação (descreva) _______________________________________

GRUPO VI - LIDAR COM O TRATAMENTO
0 = Nenhuma habilidade
1 = Pouca habilidade
2 = Habilidade suficiente

1- Quando sinto que meu tratamento está indo muito lento ou é mais difícil do que eu imaginava ( )
2- Quando sinto que ainda falta muito caminho a percorrer para minha recuperação ( )
3- Quando estou com excesso de confiança na minha recuperação (“nunca mais vou beber”) ( )
4- Quando penso que não vou ser capaz de obter prazer de viver sem beber ou usar drogas (“a vida fica muito sem graça”) ( )
5- Quando sinto falta de metas e objetivos na vida ( )
6- Quando penso que já estou velho de mais para parar (“agora já é tarde”) ( )
7- Quando penso que ainda posso aproveitar mais um pouco (“só vou dar um tempo”) ( )
8- Quando penso em experimentar de novo, só pata testar o meu controle ( )
9- Quando sinto que eu não quero me envolver com o tratamento (“me forçaram a me tratar”) ( )
10- Quando sinto que não estou trabalhando no meu Plano de Recuperação (“acho um saco tudo isso”) ( )
11- Quando sinto que não estou colocando em prática o meu Plano de Recuperação ( )
12- Quando sinto que o tratamento não está me ajudando ( )
13- Quando sinto o meu terapeuta não está me ajudando ( )
14- Quando sinto que a minha família não está me ajudando ( )
15- Outra situação (descreva)______________________________________________

ESTRATÉGIAS DE ENFRENTAMENTO EM SITUAÇÕES DE RISCO


1. Situação de risco do Grupo I
2- Estratégia de Enfrentamento:

 1. Situação de risco do Grupo II
2- Estratégia de Enfrentamento:

1. Situação de risco do Grupo III
2- Estratégia de Enfrentamento:
1. Situação de risco do Grupo IV
2- Estratégia de Enfrentamento:

1. Situação de risco do Grupo V
2- Estratégia de Enfrentamento:
1. Situação de risco do Grupo VI
2- Estratégia de Enfrentamento:

BALANÇO DO ENVOLVIMENTO AFETIVO COM A DROGA


1. Listar conseqüências positivas
2. Listar conseqüências negativas

BALANÇO DAS SITUAÇÕES PROTETORAS E PROVOCADORAS DO USO

1. Situações que protegem do uso
2. Situações que provocam o uso

QUADRO GLOBAL DO ENVOLVIMENTO COM AS DROGAS


Vantagens do uso
Desvantagens do uso
Situações que estimulam o uso
Situações que estimulam a abstinência

HORÁRIOS DE RISCO


1- Assinale no relógio os horários de risco em dias úteis:
2- Assinale no relógio seus horários de risco de fim-de-semana:

SINALIZADORES
* Significa você identificar suas fissuras, ou seja, muitas coisas no seu ambiente cotidiano podem servir como acionadores de uma fissura. Determinadas pessoas, lugares, cheiros, gostos, podem servir de pistas, indicadores, sinais, senhas para a fissura. Isso se chama de sinalizadores.

Tente identificar e faça uma lista dos possíveis sinalizadores com as quais poderá deparar:

ESTRATEGIAS PARA LIDAR COM OS SINALIZADORES


* Para cada sinalizador detectado, descreva abaixo as possíveis estratégias que você poderá usar como medida preventiva:

LEVANTAMENTO SEMANAL DAS SITUAÇÕES DE RISCO


1. SEGUNDA-FEIRA:
Situação de Risco_______
Sentimento____________
Pensamento___________
Atitude______________


2. TERÇA-FEIRA:

Situação de Risco_______
Sentimento____________
Pensamento___________
Atitude_______________

3. QUARTA-FEIRA:

Situação de Risco_______
Sentimento____________
Pensamento__________
Atitude______________

4. QUINTA-FEIRA:

Situação de Risco_________
Sentimento______________
Pensamento_____________
Atitude________________


5. SEXTA-FEIRA:

Situação de Risco________
Sentimento_____________
Pensamento____________
Atitude________________


6. SABADO:

Situação de Risco______
Sentimento___________
Pensamento__________
Atitude______________



7. DOMINGO:

Situação de Risco_______
Sentimento____________
Pensamento___________
Atitude______________


SAIDAS DE EMERGENCIA

* Anote no espaço abaixo o nome de pessoas e número de telefone que você poderá se socorrer em caso de emergência. Anote também os passos e as atitudes que você ira tomar caso uma situação de emergência ocorra.

MODIFICAÇÃO DO ESTILO DE VIDA


*Áreas a serem modificadas no meu estilo de vida:

1. FISICA
2. PSICOLÓGICA/EMOCIONAL

3. COMPORTAMENTO/ATITUDES
4. FAMILIA
5. RELACIONAMENTO SOCIAL/AMIZADES
6. FINANÇAS
7. ESPIRITUALIDADE

ATIVIDADES FISICAS E DE LAZER

1. Relacione as atividades físicas que você esta se comprometendo a realizar, segundo o seu plano de recuperação. Indique os horários:

2. Relacione as atividades de lazer que você está comprometido a realizar, segundo o seu plano de recuperação. Indique os horários:


AGENDA DIÁRIA


1. AGENDA DA SEMANA (Segunda a Sexta-feiras)
MANHÃ
TARDE
NOITE

2. AGENDA DE FIM DE SEMANA (Sábado e Domingo)
MANHÃ

TARDE
NOITE

PLANO DE RECUPERAÇÃO

1. QUAL É O SEU PROJETO DE VIDA?
2. METAS E OBJETIVOS

A CURTO PRAZO ( ATÉ UMA SEMANA)

A MÉDIO PRAZO (ATÉ 3 MESES)

A LONGO PRAZO ( ATÉ 1 ANO)

DESPEDIDA

Bem, agora você já sabe o destino. Espero ter contribuído para ajudá-lo a escolher os meios de transporte mais adequados, a conhecer os mapas da vida e a ter uma boa idéia das rotas. Viajantes experimentados preferem viajar com pouco peso na bagagem, apenas o essencial. Muitos preferem empreender a viagem em boa companhia, talvez com um guia mais experiente.

Qualquer que seja o seu caso, só me resta desejar-lhe, novamente, uma boa viagem.

“A.C.A.L.M.E.-S.E”


Para lidar com sua ansiedade, lembre-se de “A.C.A.L.M.E.-S.E”

Para lidar com sucesso com sua ansiedade você pode utilizar a estratégia “A.C.A.L.M.E.-S.E”- de 8 passos; A chave para lidar com um estado de ansiedade é aceitá-lo totalmente. Usando-a você estará apto (a) a aceitar a sua ansiedade até que ela desapareça.

1. ACEITE A SUA ANSIEDADE – mesmo que lhe pareça absurdo no momento, aceite as sensações em seu corpo assim como você aceitaria em sua casa um hóspede inesperado e desconhecido. Decida estar com sua experiência. Substitua seu medo, sua raiva e sua rejeição por aceitação. Não lute contra ela. Resistindo você estará prolongando e intensificando o seu desconforto. Em vez disso, flua com ela.

2. CONTEMPLE AS COISAS EM SUA VOLTA - Não fique olhando para dentro de você. Observando tudo e cada coisa que sente. Deixe acontecer com o seu corpo o que ele quiser, sem julgamento: nem bom nem mau. Olhe em volta de você, observando cada detalhe da situação em que você está. Descreva-os minuciosamente para você, como um meio de afastar-se de sua observação interna. Procure ser um só, você e seu lado observador: deixe dissolver em pura observação. Lembre-se: você não é a sua ansiedade. Quanto mais você puder separar-se de sua experiência interna e ligar-se nos acontecimentos externos, melhor você se sentirá. Esteja com ansiedade, mas não seja ela; seja apenas observador.

3. AJA COM SUA ANSIEDADE - Normalize a situação. Aja como se você não estivesse ansioso (a), isto é, funcione com ela. Diminua o ritmo, a velocidade com que você faz as suas coisas, mas mantenha-se ativo (a)! Não se desespere, interrompendo tudo para fugir. Se você fugir, a sua ansiedade vai diminuir, mas o seu medo vai aumentar, donde na próxima vez a sua ansiedade vai ser pior. Se você ficar onde está – e continuar as suas coisas – tanto a sua ansiedade quanto o seu medo vão diminuir. Continue agindo, bem devagar!

4. LIBERE O AR DE SEUS PULMÕES, BEM DEVAGAR! – respire bem devagar, calmamente, inspirando pouco ar pelo nariz e expirando longa e suavemente pela boca. Conte até três, devagarzinho, na inspiração e até seis, na expiração. Faça o ar ir para o seu abdômen, estufando-o ao inspirar e deixando-o encolher-se ao expirar. Não encha os pulmões. Ao exalar, não sopre: apenas deixe o ar sair lentamente por sua boca. Procure descobrir o ritmo ideal de sua respiração, nesse estilo e nesse ritmo, e você descobrirá como é agradável.

5. MANTENHA OS PASSOS ANTERIORES - repita cada um, passo a passo. Continue a: (1) aceitar sua ansiedade; (2) contemplar; (3) agir com ela; (4) respirar calma e suavemente até que ela diminua e atinja um nível confortável. E ela irá, se você continuar repetindo esses quatro passos: aceitar, contemplar, agir e respirar.

6. EXAMINE AGORA SEUS PENSAMENTOS – você deve estar antecipando coisas catastróficas. Você sabe que elas não acontecem. Você já passou por isso muitas vezes e sabe que nunca aconteceu nada do que você pensou que aconteceria. Examine o que você está dizendo para você mesmo (a) e reflita racionalmente para ver se o que você pensa é verdade ou não: você tem provas sobre se o que pensa é verdade? Há outras maneiras de você entender o que está acontecendo? Lembre-se: você está apenas ansioso (a): isto pode ser desagradável, mas não é perigoso. Você está pensando que está em perigo, mas você tem provas reais e definitivas disso?

7. SORRIA, VOCÊ CONSEGUIU? – você merece todo o seu crédito e todo o seu reconhecimento. Você conseguiu, sozinho (a) e com seus próprios recursos, tranqüilizar-se e superar este momento. Não é uma vitória, pois não havia um inimigo, apenas um visitante de hábitos estranhos que você passou a compreende-lo e aceita-lo melhor. Você agora saberá como lidar com visitantes estranhos.

8. ESPERE O MELHOR – Livre-se do pensamento mágico de que terá se livrado definitivamente de sua ansiedade, para sempre. Ela é necessária para você viver e continuar vivo (a). Você precisa dela e ela ocorrerá sempre que você estiver em perigo ou que você pensar que está em perigo. Donde é natural que ela ocorra. O que pode estar errado é o que você está pensando a partir dela. Em vez de se incomodar livre dela, surpreenda-se pelo jeito como a maneja, como você acabou de fazer agora. Esperando a ocorrência de ansiedade no futuro, você estará em uma boa posição para lidar com ela novamente. Enriqueça sua memória com esta experiência, entre outras importantes da sua vida. Você se tornou uma pessoa diferente agora: mais realista mais conhecedor (a) de suas capacidades, mais segura, mais confiante. Esta experiência vale um lugar de destaque em seu álbum de recordações.

Como se dá a atuação da Clínica da Psicologia nos PSFs

* Dainir Soares Feguri


Análise Quantitativa


Foram 34 atendimentos efetuados com 16 clientes no mês 06/10, percebe-se que o atendimento no PSF está com maior demanda infantil com 55,56% em comparação ao adulto 44,44% neste período. O perfil adulto sexo masculino com 56,25% e feminino com 43,75%. Faixa etária com destaque (18 a 25) com 31,25% ; (26 -35) com 25% e (36 – 45) com 25%. Do período de abril a junho foram 20 pacientes que tiveram suas fichas arquivadas, sendo 09 concluídos (alta); 10 (faltas injustificadas); 01 (sem demanda).


Análise Qualitativa

No PSF Santa Isabel I e II os atendimentos estão centrados em psicoterapia com enfoque Comportamental e Cognitivo (questionamento socrático); conforme o caso os agendamentos variam até 05 (cinco) sessões, sendo que o paciente que demandar mais atendimento poderá efetuar mais agendas.

Para o atendimento individual adulto, a clínica oferece a abordagem teórica que norteará os atendimentos. Esta abordagem é a Psicologia Comportamental e Cognitiva. Ela possui um diferente manejo teórico clínico, porém trabalha através da escuta da fala do paciente e tem o mesmo objetivo: promover transformações que possam recuperar a saúde mental do paciente e fazê-lo se implicar na sua história de vida.

O atendimento adulto em sua grande maioria é realizado uma vez por semana, cada dia e horários pré-estabelecidos e definidos. Duas faltas consecutivas sem prévia justificativa por parte do cliente implicarão em seu desligamento da Clínica, sendo seu horário oferecido a outra pessoa da agenda de espera.

Inclui sobre o nome de Terapia Comportamental qualquer das várias técnicas específicas que utilizam princípios psicológicos (especialmente de aprendizado) para mudar construtivamente o comportamento humano. Freqüentemente o terapeuta comportamental lida com comportamentos que são mal adaptados, no sentido que são obviamente auto-frustrante e/ou interferem de algum modo no bem-estar dos outros. Somos chamados a assistir um cliente com algum aspecto específico de amadurecimento pessoal ou de melhoria, cuja ausência outros descreveria como “problemas psicológicos”.

O termo comportamento é interpretado no sentido amplo para abranger respostas encobertas (ex: emoções e verbalizações internas), quando podem ser claramente identificados e respostas evidentes. Entre as técnicas incluídas sob a “terapia comportamental” estão: o relaxamento, a dessensibilização sistemática, o treinamento assertivo, modelação, condicionamento operante, procedimentos de autocontrole (incluindo biofeedback), extinção e condicionamento aversivo, como também certas técnicas como o objetivo de modificar cognições.

O modelo cognitivo propõe que o pensamento distorcido ou disfuncional, seja comum a todos os distúrbios psicológicos a avaliação realista e a modificação no pensamento produz uma melhora no humor e no comportamento. A melhora duradoura resulta da modificação das crenças disfuncionais básicas dos pacientes.

1. O paciente é encorajado a ver a terapia como um trabalho em equipe. A princípio o terapeuta é mais ativo em sugerir uma direção para as sessões de terapia. Crescentemente o terapeuta encoraja o paciente a decidir que tópicos falar, identificar as distorções em seus pensamentos, resumir pontos importantes e projetar tarefas para casa. (BECK 1997).

2. A Terapia Cognitiva é orientada em meta e focalizada em problemas. O terapeuta presta atenção aos obstáculos que impedem o paciente de resolver problemas e atingir metas por si mesmo. (BECK 1997).

3. A Terapia Cognitiva inicialmente enfatiza o presente. O tratamento da maioria dos pacientes envolve um forte foco sobre problemas atuais e sobre situações especificas que são aflitivas para o paciente. Resolução e/ou uma avaliação mais realista das situações que são, no momento, aflitivo usualmente conduzem à redução de sintomas. Portanto, o terapeuta cognitivo em geral tende a iniciar a terapia com exame de problemas no ‘Agui-e-Agora’, independentemente do diagnóstico. A atenção volta-se para o passado em três circunstâncias: quando o paciente expressa uma forte predileção a fazer isso; quando o trabalho voltado em direção a problemas atuais produz pouca ou nenhuma mudança cognitiva, comportamental e emocional ou quando o terapeuta julga que é importante entender como e quando idéias disfuncionais importantes se originaram e como essas idéias afetam o paciente hoje. (BECK 1997).

4. A Terapia Cognitiva visa ter um tempo limitado. O terapeuta tem as mesmas metas para todos os pacientes: prover o alivio de sintomas, facilitar uma remissão do transtorno, ajudá-la a resolver seus problemas mais prementes e ensinar-lhe o uso de ferramentas para que ela seja mais propensa a evitar recaída. Alguns pacientes requerem um ou dois anos de terapia (ou possivelmente mais) para modificar as crenças disfuncionais muito rígidas e os padrões de comportamento que contribuem para a sua angústia crônica. (BECK 1997).

5. As sessões de terapia cognitiva são estruturadas. O terapeuta verifica o humor do paciente, solicita uma breve revisão da semana, estabelece, colaborativamente uma agenda para a sessão, obtém opinião sobre a sessão anterior, revisa a tarefa de casa, discute os itens da agenda, estabelece nova tarefa para casa, resume com freqüência e busca realimentação no final de cada sessão. (BECK 1997).

6. A terapia cognitiva utiliza uma variedade de técnicas para mudar pensamento, humor e comportamento. Embora estratégias cognitivas como questionamento socrático e descoberta orientada sejam centrais à terapia cognitiva, técnicas de outras orientações são também usadas dentro de uma estrutura cognitiva. O terapeuta seleciona técnicas com base em sua formulação de caso e seus objetivos em sessões específicas. (BECK, 1997).

Esses princípios básicos se aplicam a todos os pacientes. A terapia, no entanto, varia consideravelmente de acordo com o paciente individual, a natureza de suas dificuldades, suas metas, sua habilidade de formar um vínculo terapêutico forte, sua motivação para mudar, sua experiência prévia com terapia e suas preferências de tratamento. A ênfase no tratamento depende do transtorno (s) particular do paciente.

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Informação sobre "A Importância do Suplemento de Ferro" para mães e a saúde de seus filhos


Cuiabá/MT(12/07/10) - Equipe do PSF Santa Isabel II - realiza palestra sobre "A Importância do Suplemento de Ferro" (sulfato ferroso xarope), ministrada pela palestrante Zirley Silva (enfermeira). O público alvo foram as mães e crianças de 6 meses a 2 anos. Orientações quanto a alimentação do dia de tomar a medicação. A importância   de ensinar a criança a comer frutas e verduras. Foi efetuado pesagem e verificação de estatura das crianças pelas agentes de saúde: Vandna, Cleone, Fabiane, Elizane e Mariselma. O Cisvan foi preenchido pela estagiária de enfermagem Tailliely. Fez-se a entrega do cronograma com orientação para o uso da doagem e orientação quanto a alimentação do dia em que ocorre a ingestão do medicamento.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Atraso Mental

Causas


O atraso mental é, na maioria dos casos, provocado por alterações genéticas ou cromossómicas e por problemas metabólicos ou lesões anatómicas ocorridas durante a gravidez, parto ou nos primeiros anos de vida, que acabam por afectar o desenvolvimento do sistema nervoso central.

Existem inúmeros problemas genéticos ou cromossómicos que podem, entre as suas manifestações, provocar um atraso mental. Entre os mais frequentes, destacam-se a síndrome de Down (trissomia 21 ou, na terminologia mais popular, "mongolismon) e as síndromes de Klinefelter e de Turner, embora existam inúmeras anomalias genéticas que podem ter esta repercussão específica.

Noutros casos, o problema pode ser provocado por problemas orgânicos, independentemente de serem infecciosos (rubéola, toxoplasmose, sífilis), tóxicos (alcoolismo, toxicomania) ou traumáticos, que afectam a mãe ao longo da gravidez. Para além disso, qualquer problema que provoque um aporte insuficiente de oxigénio ao feto também pode provocar um atraso mental congénito. Por vezes, a deficiência mental é provocada por problemas ou sequelas de doenças que afectam o sistema nervoso central nas primeiras fases da vida, como traumatismos, meningite, encefalite ou grave desnutrição.

Por fim, o meio em que o paciente vive, nomeadamente uma evidente falta de estímulo ou de afecto nos primeiros anos de vida, também pode provocar um certo grau de atraso mental.

Tipos e manifestações

De acordo com o quociente de inteligência (QI) do indivíduo, o atraso mental pode ser classificado em cinco tipos: limite, ligeiro, moderado, grave e profundo.

O atraso mental limite ou borderline (QI de 68 a 80), apesar de inicialmente poder passar despercebido, tende a manifestar-se através de problemas na linguagem e na escrita, os quais acabam por desenvolver um determinado insucesso escolar.

O atraso mental ligeiro (QI de 52 a 67) pode ser provocado por factores do tipo psicossocial, evidenciando-se ao longo dos primeiros anos de vida, durante os quais é possível observar dificuldades de índole psicomotora e intelectual (por exemplo, na locomoção, linguagem ou capacidade de concentração). As crianças afectadas por esta forma de atraso mental, normalmente, não conseguem atingir um quociente de inteligência equivalente ao de uma criança de 11 anos, tendo um fraco rendimento numa escola normal, necessitando por isso de um ensino especializado.

O atraso mental moderado (QI de 36 a 51), normalmente provocado por lesões no sistema nervoso central, evidencia-se por dificuldades na locomoção, dicção, capacidade de concentração e compreensão, na aprendizagem e na memória. As crianças com atraso mental moderado, regra geral, apresentam uma expressão que demonstra a falta de controlo adequado da musculatura facial, o que leva a criança a adoptar, inúmeras vezes, posições corporais atípicas. Para além disso, como o seu estado de humor é instável, costumam ser muito inquietas e manifestam tendência para rir e chorar facilmente. Estas crianças necessitam de uma educação especializada para aprenderem a comer, a vestirem-se e a limparem-se, alcançando o seu máximo desenvolvimento intelectual entre os 10 e os 12 anos de idade, apesar de terem um QI equivalente ao de uma criança entre os 5 e os 8 anos.

O atraso mental grave (QI de 20 a 35) é sempre provocado por alterações genéticas ou lesões orgânicas e evidencia-se pelo aspecto físico do recém-nascido ou pelas dificuldades da criança em se manter de cabeça erguida, permanecer sentada e caminhar nos primeiros meses de vida. É igualmente comum que estas crianças realizem gestos repetidos com as mãos, dedos ou cabeça ou que permaneçam imóveis durante longos períodos. Apesar de tudo, a criança com atraso mental conserva a capacidade de reagir instintivamente perante uma ameaça física e pode aprender, com o estímulo adequado, a reconhecer o seu nome e o das pessoas que a rodeiam, a utilizar os talheres, a vestir-se, a limpar-se e a controlar as necessidades fisiológicas. No entanto, precisa de ser constantemente acompanhada por uma pessoa responsável e o topo do seu desenvolvimento intelectual, atingido entre os 8 e os 10 anos de idade, raramente supera o Qi médio de uma criança de 5 anos.

O atraso mental profundo (QI inferior a 20), sempre provocado por lesões neurológicas muito graves, manifesta-se logo após o nascimento, pois o bebé não reage com normalidade aos estímulos. Estes bebés encontram-se num estado praticamente vegetativo, necessitam de acompanhamento constante e não chegam a superar o quociente de inteligência de uma criança de 3 anos de idade.

A prevenção do atraso mental passa, essencialmente, pela conveniente pesquisa de informação sobre o tema por parte do casal, ao consultarem um médico ou centros especializados em planeamento familiar antes de terem um filho. Para além disso, se os membros do casal tiverem laços de consanguinidade, se houver antecedentes de atraso mental e se a mãe tiver mais de 35 anos, esta consulta é especificamente obrigatória.


Uma outra medida essencial para a prevenção é o diagnóstico pré-natal, que consiste na realização de uma série de exames ao longo da gravidez - como a ecografia e a análise do líquido amniótico -, que permitem detectar anomalias que possam levar ao desenvolvimento de um atraso mental. Quando um casal é informado de que existe realmente o risco de o feto poder apresentar um atraso mental, há a possibilidade de se optar pela interrupção voluntária da gravidez ou, então, consciencializar-se para o nascimento de um bebé com deficiência mental.

Por outro lado, a vacinação contra a rubéola e as medidas higiénicas recomendadas e praticadas rotineiramente ao longo da gravidez e do parto também constituem medidas de prevenção fundamentais.

Denomina-se de quociente de inteligência (QI) a relação entre a capacidade intelectual de um indivíduo e a que lhe corresponderia segundo a sua idade. Este quociente é obtido com a ajuda de uma série de exames psicométricos especificamente elaborados para este fim. Quando um indivíduo possui uma capacidade intelectual que corresponde à média da sua idade, o seu quociente de inteligência é de 100. A maioria das pessoas tem um quociente de inteligência que oscila entre os 80 e os 130. Caso o quociente seja superior, considera-se que o indivíduo tem capacidades intelectuais ao nível de um sobredotado. Pelo contrário, caso seja inferior, entende-se que o indivíduo apresenta um atraso mental.

O tratamento do atraso mental necessita da participação dos familiares, médicos, psicólogos e professores. Uma das principais medidas consiste em ajudar a criança a obter o máximo desenvolvimento intelectual possível a partir das suas capacidades ilesas. Nos casos ligeiros ou moderados recomenda-se a integração da criança no ensino normal, enquanto que nos casos mais graves é necessário o acompanhamento em centros especializados. É também essencial que as crianças com atraso mental recebam uma estimulação adequada - quanto mais cedo, melhor - para que aprendam a relacionar-se, a efectuarem sozinhos tarefas quotidianas básicas (como controlarem as necessidades fisiológicas, limparem-se, vestirem-se e comerem sozinhas), a conhecerem e controlarem as suas capacidades psicomotoras e a praticarem actividades que fortaleçam a sua perícia manual e que lhes facilite a sua integração socioprofissional na idade adulta.




Fonte: medipedia.pt

Você usa de assertividade nas relações interpessoais?


Se você passa pela vida cheio de inibições, cedendo à vontade alheia, guardando seus desejos dentro de si, ou, ao contrário, destruindo os outros a fim de atingir seus próprios objetivos seu sentimento de autovalor estará baixo. Nosso sistema de vida ocidental muitas vezes cultiva maneiras conflitivas de comportamento em várias áreas de relacionamento interpessoal, havendo uma nítida contradição entre comportamentos "recomendados" e comportamentos "reforçados". As instituições da sociedade têm ensinado com tanto empenho a inibir a expressão dos direitos razoáveis de uma pessoa que esta pode se sentir culpada por haver se afirmado.


Cada pessoa tem o direito de ser e de expressar a si mesma, e sentir-se bem (sem culpas) por fazer isso, desde que não fira seus semelhantes no processo. O comportamento que torna a pessoa capaz de agir em seus próprios interesses, a se afirmar sem ansiedade indevida, a expressar sentimentos sinceros sem constrangimento, ou a exercitar seus próprios direitos sem negar os alheios, é denominado de comportamento assertivo.

A pessoa não-assertiva tende a pensar na resposta apropriada depois que a oportunidade passou. A pessoa agressiva pode responder muito vigorosamente, causando uma forte impressão negativa e mais tarde arrepender-se disso. É nosso propósito neste texto, orientá-lo para que obtenha um repertório de comportamento assertivo mais adequado para que escolha respostas apropriadas e satisfatórias em várias situações.

O comportamento agressivo resulta comumente num "rebaixar" o receptor. Seus direitos foram negados e ele se sente ferido, humilhado e na defensiva. Embora a pessoa agressiva possa atingir seus objetivos, ela pode também gerar ódio e frustração que poderá receber mais tarde como vingança.

Por outro lado, um comportamento assertivo apropriado na mesma situação aumentaria a auto-apreciação do emissor e uma expressão honesta de seus sentimentos. Geralmente ele atingirá seus objetivos, tendo escolhido por si mesmo como agir. Um sentimento positivo a respeito de si mesmo acompanha uma resposta assertiva.
 
Fonte: interativa.com

quarta-feira, 14 de julho de 2010

SÍNDROME DO X-FRÁGIL


A síndrome do X frágil (também conhecida como síndrome de Martin & Bell) é a causa herdada mais comum de atraso mental, e é também a causa conhecida mais comum do autismo. É uma doença genética causada pela mutação do gene FMR1 (Estudos demostram que o gene FMR1 está ligado à formação dos dendritos nos neurônios) no cromossoma X, uma mutação encontrada em 1 de cada 2000 homens e 1 em cada 4000 mulheres. Normalmente, o gene FMR1 contem entre 6 e 53 repetições do codão CGG (repetições de trinucleotídeos). Em pessoas com a síndrome do X frágil, o alelo FMR1 tem mais de 230 repetições deste codão. Uma expansão desta magnitude resulta na metilação dessa porção do DNA, silenciando eficazmente a expressão da proteína FMR1. A metilação do locus FMR1, situado na banda cromossómica Xq27.3, resulta numa constrição e fragilidade do cromossoma X nesse ponto, um fenómeno que deu o nome à síndrome.

Uma vez que os homens só têm uma cópia do cromossoma X (salvo excepções patológicas), aqueles que têm uma expansão significativa de um trinucleotídeo são sintomáticos, enquanto que as mulheres, tendo herdado dois cromossomas X, dobram assim as hipóteses de um alelo funcionar. As mulheres portadoras de um cromossoma X com um gene FMR1 expandido podem ter alguns sinais e sintomas da doença, ou serem completamente normais.

Para além do atraso mental, outras características proeminentes da síndrome incluem uma face alongada, orelhas grandes ou salientes, testículos de grandes dimensões (macroorquidia), e baixo tónus muscular. Comportamentalmente, podem observar-se movimentos estereotipados e desenvolvimento social atípico, particularmente timidez e contacto ocular limitado. Alguns indivíduos com a síndrome satisfazem os critérios de diagnóstico do autismo.

Não havendo, no momento, cura para esta síndrome, há esperança que um maior compreendimento do gene FMR1 possa fornecer informações para limitar a causa genética. Há pesquisas atualmente para desenvolver uma pílula a fim de aliviar seus sintomas.[1] Hoje-em-dia, a síndrome pode ser tratado com terapia comportamental, educação especial, e, quando necessário, tratamento das anomalias físicas. As pessoas com história familiar de síndrome do X frágil devem procurar aconselhamento genético para determinar a probabilidade de vir a ter filhos afectados, para além da gravidade das limitações que podem afectar os descendentes.

Alguns indivíduos podem apresentar ao longo do desenvolvimento convulsões.

A principal forma de diagnóstico é através do exame sangüíneo de análise molecular para a síndrome do X frágil, que têm substituído a análise do marcador citogenético[2], pois pode apresentar falto positivo e falso negativo.

A ligação entre deficiência mental e o gene sexual foi descrita por J. Purdon Martin e Julia Bell no artigo "A PEDIGREE OF MENTAL DEFECT SHOWING SEX-LINKAGE" [3]. Eles analisaram uma família (6 gerações), mostrando que a "imbecilidade" (em 1943, esta era a terminologia usada) passava de mães saudáveis (porém portadoras) para filhos, mas não para filhas.

Diagnóstico

O diagnóstico tornou-se mais preciso a partir de 1991, quando o gene FMR1 foi descoberto. Com base em estudo molecular (DNA), identifica-se o número de cópias CGG deste gene. Esse teste pode ser prescrito por qualquer médico. É realizado através de uma amostra de sangue encaminhada para análise em laboratórios de genética, especializados em diagnóstico molecular.

O exame pré-natal também é possível, sendo recomendado quando existe diagnóstico confirmado na família e sabe-se que a gestante é portadora da pré-mutação. Pelo fato de os sintomas da SXF serem bastante sutis, especialmente em crianças pequenas - e devido à alta freqüência entre a população - profissionais especializados recomendam a prova do X-Frágil para avaliar ou reavaliar casos de atraso de desenvolvimento e retardo mental de origem desconhecida.

O desconhecimento da síndrome e o fato de seus sintomas serem similares a outros quadros clínicos parecem contribuir para que muitos casos ainda se mantenham com diagnósticos obscuros e imprecisos. No caso da SXF, a família pode identificar a origem dos problemas e melhor compreendê-los para buscar tratamentos mais específicos. Além disso, o conhecimento dos padrões de transmissão da doença auxilia na previsão das probabilidades de um descendente herdá-la ou não.

O assessoramento e o aconselhamento genético, logo após a confirmação da doença, são auxílios decisivos para um casal planejar seu futuro, sabendo dos riscos de transmissão. Portanto, a confirmação da SXF - precoce ou mesmo tardia - é sempre recomendada. Não somente para aconselhamento genético, mas também para redirecionar terapias que tenham sido ou estão sendo desenvolvidas, tornando-as mais específicas e compatíveis com as peculiaridades da doença.







terça-feira, 13 de julho de 2010

Site do Programa Agrinho leva educação e informação ao público infantil


Site do Programa Agrinho leva educação e informação ao público infantil: Página do Programa Agrinho na Internet. Créditos: DivulgaçãoA página do Programa Agrinho na Internet faz sucesso. Na avaliação da consultora pedagógica Patrícia Lupion Torres, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) o grande ganho é a possibilidade de avaliação e acompanhamento das atividades propostas e como estão sendo desenvolvidas no interior do Paraná. "Podemos avaliar constantemente o Programa, os materiais e as ações em campo".

O projeto teve início em 2005, quando se iniciou a reestruturação do material didático do Programa. "Um dos pedidos dos professores era um site que permitisse maior interação". Além de contato direto com a equipe técnica responsável pelo programa, o site conta com uma série de atrações para educadores e estudantes.

A página está dividida em quatro ambientes: institucional, espaço para professores, espaço para alunos e fale conosco. O institucional traz informações sobre o Programa, seu conteúdo, calendário de atividades e notícias.

No espaço reservado aos professores, o usuário conta com uma série de dicas e ferramentas de auxílio no desenvolvimento dos temas relacionados ao Programa. "Um dos objetivos da página é ser fonte de informação sobre cursos, sites, livros, enfim, tudo que possa contribuir para a formação continuada do professor", explica Patrícia. Por outro lado, educadores também podem dar sua contribuição. Artigos científicos, depois de submetidos a um conselho editorial, poderão ser publicados na revista eletrônica semestral do site.

Já os estudantes, tanto poderão acessar a página para a execução de atividades orientadas pelo professor, quanto para entretenimento, garantido por uma série de jogos interativos e passatempos. Uma das preocupações da equipe pedagógica do Senar/PR foi a indicação de sites para o público infantil: "Buscamos sites que tenham cunho educativo ou cultural, onde fique claro o cuidado com a qualidade das informações divulgadas", diz a pedagoga.

Para facilitar o acesso a essas informações, a dica é que os usuários se cadastrem no site. "Estando cadastrada, a pessoa receberá informações e lembretes por e-mail", reforça Patrícia. A página também conta com galeria de imagens e um canal para que os usuários tirem suas dúvidas diretamente com a equipe técnica responsável pelo Programa.

O acesso à nova página é feito pelo site do Senar/PR - www.senarpr.org.br - clicando no ícone do Programa Agrinho. O programa completa 15 anos de atuação em 2010.

FONTE - Senar/PR

sábado, 10 de julho de 2010

Encante-se

Você já se encantou alguma vez com coisas simples?
Com a água que cai, límpida e transparente, tocando sua pele com carinho, deixando-a aveludada e perfumada...
Com a planta de mil folhas, onde se escondem os vasos condutores da seiva, nos traços mais perfeitos...
Com o mar, na sua imensidão, suas tonalidades esverdeadas e a luz beijando a superfície no vai e vem...
Com o inseto minúsculo, camuflando o seu mini-sistema de vida, com asas desenhadas pelo Pintor perfeito...
Com o sol longínquo, a abraçar seu corpo ofertando poderosa energia em toda a extensão...
Com a inocência da criança, que acredita que o mundo já é perfeito, distribuindo o sorriso sincero e a confiança permanente...
Com a fidelidade dos animais domésticos...
Com a diversidade de raças, rostos e cores que dão vida ao planeta...
Com as cores do arco-íris que se confundem e ao mesmo tempo são distintas...
Com a risada sincera e desembaraçada que limpa a alma e o coração...
Com os alimentos, na sua multiplicidade de cores e sabores que saciam a fome e mantêm as energias das células, sustentando a vida...
Com as montanhas, em múltiplas e sucessivas camadas, sumindo no horizonte...
Com a alegria que brota dos corações, entre amigos sinceros...
Com a inteligência dos homens, que a cada segundo é superada por novas e úteis descobertas...
Com o poder do pensamento, que transforma tudo em realidade...
Com as lições de amor que o meigo Rabi da Galiléia nos deixou...

Enfim, você já se encantou alguma vez com coisas simples como um gesto sincero, sem disfarce?

Com o olhar seguro, sem desvio?
Com o toque suave, com energia?
Com o pensamento puro, sem hipocrisia?

Pense nisso!

As imagens impressas em calendários, cartões postais, folhetos, existem porque alguém se encantou com essas paisagens, flores, animais ou algum detalhe da natureza...
E não precisa muito esforço para perceber essas belezas singelas com que a natureza enfeita nossos caminhos diários.
Vale a pena se deixar encantar com as coisas simples que estão ao nosso redor...
Pense nisso e aproveite as oportunidades!
Encante-se com as coisas simples da vida!

quarta-feira, 7 de julho de 2010

O que é Dislexia?

Dislexia: é um dos muitos distúrbios de linguagem, de origem neurológica, caracterizado pela dificuldade de decodificar palavras simples. Dificuldade na aprendizagem da leitura, devido a uma imaturidade nos processos auditivos, visuais e tatilcinestésicos responsáveis pela apropriação da linguagem escrita. A dislexia é uma tipo de incapacidade de aprendizado, baseada no cérebro, que especificamente prejudica a capacidade da pessoa ler. Os indivíduos com dislexia geralmente têm uma capacidade de leitura em níveis significativamente menores do que o esperado, apesar de terem inteligência normal.
SINAIS E SINTOMAS
Na Primeira Infância:

1 - atraso no desenvolvimento motor desde a fase do engatinhar, sentar e andar;
2 - atraso ou deficiência na aquisição da fala, desde o balbucio á pronúncia de palavras;
3 - parece difícil para essa criança entender o que está ouvindo;
4 - distúrbios do sono;
5 - enurese noturna;
6 - suscetibilidade à alergias e à infecções;
7 - tendência à hiper ou a hipo-atividade motora;
8 - chora muito e parece inquieta ou agitada com muita freqüência;
9 - dificuldades para aprender a andar de triciclo;
10 - dificuldades de adaptação nos primeiros anos escolares.
A Partir dos Sete Anos de Idade:


1 - pode ser extremamente lento ao fazer seus deveres:
2 - ao contrário, seus deveres podem ser feitos rapidamente e com muitos erros;
3 - copia com letra bonita, mas tem pobre compreensão do texto ou não lê o que escreve;
4 - a fluência em leitura é inadequada para a idade;
5 - inventa, acrescenta ou omite palavras ao ler e ao escrever;
6 - só faz leitura silenciosa;
7 - ao contrário, só entende o que lê, quando lê em voz alta para poder ouvir o som da palavra;
8 - sua letra pode ser mal grafada e, até, ininteligível; pode borrar ou ligar as palavras entre si;
9 - pode omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção de letras e sílabas;
10 - esquece aquilo que aprendera muito bem, em poucas horas, dias ou semanas;
11 - é mais fácil, ou só é capaz de bem transmitir o que sabe através de exames orais;
12 - ao contrário, pode ser mais fácil escrever o que sabe do que falar aquilo que sabe;
13 - tem grande imaginação e criatividade;
14 - desliga-se facilmente, entrando "no mundo da lua";
15 - tem dor de barriga na hora de ir para a escola e pode ter febre alta em dias de prova;
16 - porque se liga em tudo, não consegue concentrar a atenção em um só estímulo;
17 - baixa auto-imagem e auto-estima; não gosta de ir para a escola;
18 - esquiva-se de ler, especialmente em voz alta;
19 - perde-se facilmente no espaço e no tempo; sempre perde e esquece seus pertences;
20 - tem mudanças bruscas de humor;
21 - é impulsivo e interrompe os demais para falar;
22 - não consegue falar se outra pessoa estiver falando ao mesmo tempo em que ele fala;
23 - é muito tímido e desligado; sob pressão, pode falar o oposto do que desejaria;
24 - tem dificuldades visuais, embora um exame não revele problemas com seus olhos;
25 - embora alguns sejam atletas, outros mal conseguem chutar, jogar ou apanhar uma bola;
26 - confunde direita-esquerda, em cima-em baixo; na frente-atrás;
27 - é comum apresentar lateralidade cruzada; muitos são canhestros e outros ambidestros;
28 - dificuldade para ler as horas, para seqüências como dia, mês e estação do ano;
29 - dificuldade em aritmética básica e/ou em matemática mais avançada;
30 - depende do uso dos dedos para contar, de truques e objetos para calcular;
31 - sabe contar, mas tem dificuldades em contar objetos e lidar com dinheiro;
32 - é capaz de cálculos aritméticos, mas não resolve problemas matemáticos ou algébricos;
33 - embora resolva cálculo algébrico mentalmente, não elabora cálculo aritmético;
34 - tem excelente memória de longo prazo, lembrando experiências, filmes, lugares e faces;
35 - boa memória longa, mas pobre memória imediata, curta e de médio prazo;
36 - pode ter pobre memória visual, mas excelente memória e acuidade auditivas;
37 - pensa através de imagem e sentimento, não com o som de palavras;
38 - é extremamente desordenado, seus cadernos e livros são borrados e amassados;
39 - não tem atraso e dificuldades suficientes para que seja percebido e ajudado na escola;
40 - pode estar sempre brincando, tentando ser aceito nem que seja como "palhaço" ;
41 - frustra-se facilmente com a escola, com a leitura, com a matemática, com a escrita;
42 - tem pré-disposição à alergias e à doenças infecciosas;
43 - tolerância muito alta ou muito baixa à dor;
44 - forte senso de justiça;
45 - muito sensível e emocional, busca sempre a perfeição que lhe é difícil atingir;
46 - dificuldades para andar de bicicleta, para abotoar, para amarrar o cordão dos sapatos;
47 - manter o equilíbrio e exercícios físicos são extremamente difíceis para muitos disléxicos;
48 - com muito barulho, o disléxico se sente confuso, desliga e age como se estivesse distraído;
49 - sua escrita pode ser extremamente lenta, laboriosa, ilegível, sem domínio do espaço na página;
50 - cerca de 80% dos disléxicos têm dificuldades em soletração e em leitura.


Crianças disléxicas apresentam combinações de sintomas, em intensidade de níveis que variam entre o sutil ao severo, de modo absolutamente pessoal. Em algumas delas há um número maior de sintomas e sinais; em outras, são observadas somente algumas características. Quando sinais só aparecem enquanto a criança é pequena, ou se alguns desses sintomas somente se mostram algumas vezes, isto não significa que possam estar associados à Dislexia. Inclusive, há crianças que só conquistam uma maturação neurológica mais lentamente e que, por isto, somente têm um quadro mais satisfatório de evolução, também em seu processo pessoal de aprendizado, mais tardiamente do que a média de crianças de sua idade. 
Há tratamento para a dislexia?  
O principal foco do tratamento para dislexia deve ser nos problemas específicos de aprendizado da pessoa afeta. O curso usual do tratamento é modificar os métodos de ensino e ambiente educacional para atender às necessidades específicas da pessoa com dislexia.
Qual é o prognóstico para pessoas com dislexia?  
Para aqueles com dislexia o prognóstico é variado. A dislexia afeta uma gama tão ampla de pessoas, produzindo diferentes sintomas e variados níveis de gravidade, que previsões são difíceis de ser feitas. Porém, o prognóstico é geralmente bom para pessoas nas quais a dislexia foi identificada prematuramente, tem família e amigos que dão suporte, e que estão envolvidos em programas apropriados de remediação.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Questões relacionadas à Saúde - conheça a diferença entre um ADD e ADHD

De acordo com diagnóstico da Associação de Psiquiatria Americana, o diagnóstico de ADD e ADHD requer 9 sintomas de falta de atenção e 9 de hiperatividade/impulsividade, que podem desenvolver antes dos 7 anos e persistir por no mínimo 6 meses e que sejam suficientemente severos para interferir nas atividades sociais e escolares normais:

Falta de Atenção - ADD (Desordem de Déficit de Atenção):
1. Prestam pouca atenção aos detalhes e cometem erros sem se importarem
2. Têm dificuldades de prestar atenção
3. Não escutam as pessoas
4. Não possuem continuidade nas tarefas sem terminá-las
5. Têm dificuldades de organização
6. Evitam atividades com um substancial esforço mental ou concentração
7. Freqüentemente perdem coisas necessárias na escola e em outras atividades diárias
8. Ficam distraídos facilmente
9. Freqüentemente se esquecem de atividades rotineiras.

Hiperatividade/Impulsividade - Desordem Hiperativa de Déficit de Atenção
1. Freqüentemente irrequietos e retorcendo
2. Freqüentemente abandonam o assento quando deveriam permanecer assentados
3. Sempre correndo e subindo em lugares impróprios
4. Têm dificuldades em se encaixar em jogos mais moderados ou em outras atividades
5. Estão sempre em movimento como se tivessem um motor
6. Falam demais
7. Soltam respostas prematuramente
8. Têm dificuldades em aguardar a vez
9. Freqüentemente interrompem e atrapalham os outros.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Rejeição dos produtores faz Bayer adiar planos de lançar arroz transgênico no país

Rejeição dos produtores faz Bayer adiar planos de lançar arroz transgênico no país: Matriz da Bayer, na cidade alemã de Leverkusen

Créditos: DWEmpresa alemã, que vende no Brasil algodão, milho e soja geneticamente modificados, desiste temporariamente de obter licença para arroz transgênico. Brasileiros não querem ser os primeiros do mundo a oferecer esse tipo de grão. A reunião da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio), que debateu aprovações comerciais de novos produtos geneticamente modificados no mercado brasileiro em 23 de junho último, era para ter sido sem surpresas.

Mas não foi: a aprovação dada como "certa" do arroz LibertyLink (semente tolerante ao herbicida glufosinato de amônio), da Bayer, não chegou sequer a ser discutida pelos membros da comissão. Por iniciativa da própria empresa alemã, o processo foi retirado temporariamente da pauta de decisões técnicas.

A Bayer, que já comercializa no Brasil sementes transgênicas de algodão, milho e soja, divulgou uma nota no mesmo dia, justificando que é preciso ampliar o diálogo com os principais integrantes da cadeia de produção de arroz no Brasil.

"O objetivo do diálogo será tratar das medidas necessárias para trazer ao mercado a tecnologia LibertyLink para a cultura do arroz. Esta decisão está em linha com nossa abordagem responsável no lançamento de produtos e representa nosso compromisso com as necessidades dos nossos clientes", diz a nota.

Mas Marijane Lisboa, pesquisadora brasileira e participante de uma rede de cientistas que acompanha o debate de transgênicos na CTNBio, conhece os bastidores da discussão: "Os produtores de arroz do Rio Grande do Sul temem que o Brasil, sendo o primeiro país a plantar arroz transgênico em escala comercial, possa sofrer uma rejeição por parte de países que são, atualmente, importadores do arroz brasileiro, particularmente a União Europeia."

DIÁLOGO COM O MERCADO

Rejeição dos produtores faz Bayer adiar planos de lançar arroz transgênico no país: Resistência é grande a arroz transgênico

Créditos: DWQuestionada pela Deutsche Welle (DW) se a essa decisão estaria ligada a possíveis prejuízos comerciais que os produtores sofreriam em exportar o arroz transgênico, a Bayer respondeu que "ficou claro que é preciso mais tempo para que todas as partes da cadeia produtiva do arroz possam compreender os passos necessários para o potencial uso de biotecnologia também na produção de arroz".

O estado do Rio Grande do Sul é o maior produtor brasileiro do grão. Pouco antes da reunião da CNTBio de 23 de junho de 2010, o setor reafirmou por escrito sua posição, que já havia sido tomada numa audiência pública da CTNBio em Brasília em 2009. Neste documento, disponível no site do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), fica clara a preocupação dos produtores de colocar em risco os mercados interno e externo e comprometer a rentabilidade.

O setor produtivo gaúcho se diz favorável ao uso de tecnologias no campo, mas ressalta que foram levados em consideração dois fatos principais para a oposição ao LibertyLink: ainda não existe consumo corrente para o arroz transgênico no mercado global e as exportações são vitais para a sustentabilidade econômica do setor produtivo nacional.

O documento diz ainda que os produtores nortearam a decisão após seguidas consultas a agentes de mercado que atuam nas exportações e importações, além do diálogo mantido com pesquisadores, estudiosos e técnicos. Ficou comprovado que a maioria dos importadores exige o certificado de arroz não transgênico.

Marijane Lisboa ressalta o ineditismo da situação: "Pela primeira vez, nós temos no Brasil setores comerciais importantes se manifestando contra. O que não aconteceu nem no caso da soja nem do caso do milho".

A pesquisadora diz ainda que a decisão contrária, no entanto, é ligada exclusivamente a fatores comerciais. "Nunca tivemos restrições de ordem ambiental, as preocupações não se dirigem a esse aspecto. Quem levanta as preocupações de ordem ambiental, de saúde etc. são os ministérios do Meio Ambiente e da Saúde, também o de Desenvolvimento Agrário. Já as decisões da Comissão Técnica Nacional de Biossegurança se restringem apenas a questões genéticas."

CASO À PARTE

Rejeição dos produtores faz Bayer adiar planos de lançar arroz transgênico no país: Tecnolgia LibertyLink da Bayer: no centro da discussão com os agricultores brasileiros

Créditos: DivulgaçãoA Bayer informou que a semente LibertyLink já está aprovada na Austrália, nos Estados Unidos, na Rússia, no México, no Canadá e na Colômbia. "Mas, por sua própria decisão, a empresa não disponibilizou a tecnologia para o uso comercial em nenhum país porque busca a homologação do produto no maior número possível de países envolvidos com o comércio internacional do arroz."

Em abril último, a Justiça norte-americana decidiu que a Bayer terá que pagar 1,5 milhão de dólares a produtores do estado do Mississipi que tiveram as lavouras de arroz contaminadas pelas sementes geneticamente modificadas LibertyLink.

O arroz transgênico estava em teste nos Estados Unidos e os primeiros vestígios de que o grão teria infiltrado lavouras convencionais foram detectados em 2006. Os produtores alegaram perdas econômicas e processaram a Bayer, que em dezembro do ano passado já havia sido condenada a pagamento de multa numa primeira sentença. Há ainda outros três casos para serem julgados.

A direção alemã da empresa informou à Deutsche Welle que esse incidente não influenciou a retirada do processo junto à comissão brasileira que autoriza a comercialização, e que a Bayer sempre agiu com responsabilidade e de forma apropriada.

Mas o incidente norte-americano também ajudou os produtores do Brasil a tomar a decisão contrária à LiberyLink. Eles citam a retaliação da União Europeia e das Filipinas ao arroz dos EUA após a contaminação da produção com arroz transgênico.

"Mesmo assim, o produto foi exportado para um país da Europa, e por causa deste negócio os EUA perderam todo seu mercado, fato que provocou milhões de dólares de prejuízos nos mercados interno e externo. Prejuízo que os americanos tentam recuperar até os dias de hoje, gastando fortunas para controlar e garantir a produção livre de transgênico em todas as etapas do processo produtivo e industrial", diz o documento elaborado pelo presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz, Francisco Schardong.

Os brasileiros citam o alinhamento dos países do Mercosul, que também são exportadores e protegem a produção para que esta permaneça livre de transgênicos.

O MERCADO DE ARROZ

A previsão para a safra brasileira de 2009/2010 é de 11,3 milhões de toneladas. O país deve ainda importar 950 mil toneladas e vender para o mercado externo 300 mil toneladas. Desde a criação do Mercosul, em 1991, os produtores brasileiros passaram a sofrer o impacto provocado pela importação de arroz dos países do bloco, que produzem menos, mas cujo produto chega mais barato ao mercado brasileiro.

Atualmente, a produção brasileira corresponde a apenas 1,8% da produção mundial – a China é a maior produtora do mundo, com a fatia de 29% do total, seguida pela Índia, com 21,5%.

Dois terços do arroz consumido na União Europeia são produzidos na própria região: Itália e Espanha são as maiores produtoras, seguidas por Bulgária, França, Grécia, Hungria e Portugal que, juntos, somam 2,5 milhões de toneladas anuais. O bloco importa principalmente da Tailândia, Índia e Paquistão.

FONTE:
Deutsche Welle
Autora: Nádia Pontes
Revisão: Roselaine Wandscheer