As onicomicoses (micoses das unhas) têm vindo a aumentar a sua incidência em todo o mundo. Porém, com o aparecimento dos novos fármacos antifúngicos surgiu a possibilidade de se obterem curas para esta situação que, anteriormente, era bastante difícil de abordar com sucesso.
O que é
A onicomicose consiste na invasão do aparelho ungueal ("unhas") por fungos.
A incidência real é desconhecida mas trata-se, sem dúvida, de uma afecção bastante comum. A prevalência de onicomicose na população mundial estima-se entre os 2 e os 20 % e, para alguns autores, representam cerca de 50 % de todas as doenças das unhas.
As onicomicoses estão frequentemente associadas a dermatomicose. As unhas dos pés são mais frequentemente afetadas que as unhas das mãos, são muito raras em crianças, nas mulheres aumentam com o avanço da idade, enquanto que nos homens são mais frequentes nos adultos jovens ou de meia idade.
Quais as causas
As onicomicoses dos dedos das mãos são quase sempre provocadas por dermatófitos - fungos da pele e faneras (pêlos e unhas) . Nos pés a situação ecológica particular determinada pelas meias e calçado e contacto com solos e soalhos diversos, levam a que sejam mais variadas as fontes de infecção podendo surgir outros fungos e bactérias.
Há indivíduos com resistência acrescida à infecção fúngica e que, por motivos desconhecidos, não se contagiam com cônjuges afetados e outras pessoas mais predispostas.
Por outro lado, existem condições sistémicas que predispõem à ocorrência de onicomicoses: imunodeficiências, diabetes, psoríase, etc.
Quais os sintomas
Quando uma micose se instala nas unhas, estas podem sofrer um espessamento, alterar a sua forma e aparência, mudar a sua coloração e, algumas vezes tornarem-se mais frágeis e quebradiças e, em outros casos, ficar endurecidas. Em alguns casos, a unha pode descolar-se da pele do dedo.
Noutros casos, as onicomicoses não apresentam sintomas, mas podem ser a porta de entrada para outras infecções, como a erisipela (que é uma infecção bacteriana da pele).
Como se diagnostica
O diagnóstico assenta na observação clínica das lesões ungueais que são características.
O diagnóstico é, depois, confirmado por exame micológico (do fungo) direto e cultural.
No exame direto, utilizam-se substâncias que permitem identificar a presença do agente causador da infecção.
O exame cultural faz-se em meios de cultura especiais que visam igualmente demonstrar a presença do fungo nas lesões.
É fundamental para o sucesso destes exames que a colheita seja feita em áreas do aparelho ungueal com atividade fúngica, no bordo invasivo da lesão.
O exame histopatológico da biópsia demonstra se o fungo é realmente invasivo ou apenas comensal. É útil no diagnóstico diferencial com outras dermatopatias (doenças da pele).
Como se desenvolve
Uma onicomicose não diagnosticada e não tratada constitui uma porta de entrada para múltiplos microorganismos que, uma vez em circulação, podem determinar infecções graves. É por isso imprescindível que a onicomicose seja detectada precocemente e tratada prontamente.
Formas de tratamento
A onicomicose pode ser curada desde que sejam utilizados os medicamentos e recursos adequados ao seu tratamento.
Deve-se recorrer a um dermatologista, pois este é o médico especializado neste tipo de infecção.
Em geral, o tratamento da onicomicose tem duração relativamente longa, ou seja, dura várias semanas ou meses. Atualmente, os medicamentos e recursos modernos encurtaram o período de tratamento, que antigamente era muito mais longo.
Além disso, é necessário manter boas condições de limpeza das unhas, evitar o uso de meias que criem ou mantenham o "ambiente" húmido (meias de fio sintético), evitar calçado ou outros fatores que causem ferimentos nos pés, manter ambientes como lavatórios, banheiras, piscinas, vestiários, etc. limpos e, na medida do possível, secos; usar somente instrumentos limpos e esterilizados na manicure.
Um ponto importante no tratamento é seguir correta e rigorosamente a prescrição médica, pois se todos os fungos não forem eliminados a micose pode recidivar.
Após o tratamento, com eliminação do fungo, a unha continua o seu processo natural de crescimento, dando lugar a uma unha saudável e de boa aparência.
Formas de prevenção
A transmissão direta entre os portadores de onicomicose não é comum. Entretanto, um indivíduo com a doença constitui uma fonte de infecção, pois os fungos que estão nas suas unhas, em grande quantidade, podem passar para o ambiente, como por exemplo numa casa de banho, numa manicure ou em vestiários, e facilitar a infecção de outras pessoas.
Os fungos presentes nas unhas podem também infectar outras partes do corpo, como os pés e a região entre os dedos dos pés, causando micoses como "frieiras" ou "pé de atleta". Outras regiões do corpo podem também ser infectadas dando origem a outras micoses.
Os hábitos de higiene rigorosos são a melhor forma de prevenir a onicomicose.
Outras designações
"Micose das unhas"
Quando consultar o médico especialista
Deve consultar o seu médico assistente se desenvolver os sintomas da doença.
Pessoas mais predispostas
Existem grupos populacionais predispostos para as onicomicoses e fatores associados a uma resposta fraca à terapêutica antifúngica que, compreendem: fatores genéticos; ambientais (as infecções fúngicas são raras nas pessoas que andam habitualmente com os pés descalços); condições sistémicas sobretudo ligadas à imunodeficiência, diabetes, psoríase; características locais das unhas (por exemplo, trauma) e, fatores mistos que vão desde o diagnóstico incorreto ao não cumprimento pelos doentes do tratamento prescrito.
Fonte: www.gapip.com.br
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