quarta-feira, 27 de julho de 2011

PNAS: cérebro humano encolhe com o envelhecimento, diferente do que ocorre com os chimpanzés

Várias mudanças biológicas caracterizam o envelhecimento do cérebro em seres humanos. Embora algumas dessas alterações associadas à idade neural também sejam encontradas em outras espécies, o declínio volumétrico de estruturas cerebrais específicas, como o do hipocampo e do lobo frontal, só foi observado em humanos.
No estudo, publicado no Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), cientistas liderados pelo antropólogo Chet Sherwood, da George Washington University, usaram a ressonância magnética para medir o volume total do cérebro, das substâncias branca e cinzenta do neocórtex e do lobo frontal e do hipocampo, em uma amostra transversal de 99 cérebros de chimpanzés abrangendo as idades de 10 a 51 anos. Os estudiosos compararam, pela primeira vez, esses dados com os volumes destas mesmas estruturas cerebrais medidos em 87 humanos adultos de 22 a 88 anos de idade. Em contraste com os seres humanos, que mostraram uma diminuição no volume de todas as estruturas do cérebro ao longo da vida, os chimpanzés não apresentaram significativas mudanças relacionadas à idade. O cérebro humano pode encolher em até 15% à medida que envelhece.

Os cientistas dizem que a magnitude do encolhimento das estruturas do cérebro no envelhecimento humano é evolutivamente nova e é resultado de uma longevidade prolongada. Ao contrário dos chimpanzés e de outros primatas, os seres humanos idosos são vítimas de uma série de doenças neurodegenerativas, como adoença de Alzheimer. Os pesquisadores esperam que através da compreensão da biologia básica do cérebro, eles possam criar maneiras de tratar ou adiar os efeitos mentais nocivos da idade.

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