segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Porangatu - Goiás

A cidade, a 393 km de Goiânia, tem 41 mil habitantes e nasceu no ciclo da mineração de ouro, no século 18, com o nome de Arraial do Descoberto da Piedade. Possui um sítio histórico colonial, que inclui a Igreja Matriz, a cadeia velha, o fórum, o casario da Praça Velha e adjacências e também um conjunto art déco.


Os primeiros habitantes da região foram os silvícolas, destacando-se a tribo dos "Canoeiros", cujos ataques frequentes impediam o desenvolvimento do povoado. Em 31 de dezembro de 1943, pelo Decreto-Lei nº 8305, passou a denominar-se "Porangatu", do tupi: 'Poran" = bela; "gatu" = paisagem : paisagem bela.


A sua autonomia político-administrativa deu-se em 25 de agosto de 1948, pela Lei nº 122, instalando-se oficialmente no ano seguinte. Depois de longa fase estacionária, o advento da rodovia BR - 153 (Belém-Brasília) , em 1958, trouxe forte impacto de progresso, ao município tornando-o um dos mais fluentes centros urbanos do Médio Norte Goiano.

Lenda que faz referência ao nome da cidade Porangatu

Contam os antigos que em tempos idos, aqui vivia uma tribo dos índios Canoeiros; tinha uma índia muito bela, esposa de um dos futuros chefes da tribo. O tempo passou e aqui chegou João Leite e seus bandeirantes e entre eles um cativou o coração da jovem índia, o forte e valente Antônio. Começaram entre os arvoredos um lindo romance.
Não tardou, esse romance veio a ser descoberto e proibido, como também proibido seus encontros. Angatu e o jovem apaixonado não pensaram nos perigos que corriam e começaram, a se encontrar ás escondidas,e tudo ia bem para ambos, apesar de todas as pressões ao romance.

Um dia porém, os dois são levados à presença do chefe da tribo como castigo o moço é condenado a morrer flechado e o corpo queimado em uma enorme fogueira no meio da mata e ela seria obrigada a vê-lo morrer sem nada pode fazer, presa e cercada por guerreiros da tribo. O jovem bandeirante amarrado a um tronco de árvore ao receber as flechadas mortíferas expira,e, suas últimas palavras são dirigidas à amada ¨Morro por Angatu¨.
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Caminhando pela cidade antiga, conheci a velha Matriz, dei algumas voltas e foi possivel conhecer toda a magia de uma cidade pacata, cuja população possui ainda uma vida tranquila. Conheci o Projeto Jaguatirica, cujo objetivo é levar os jovens adolescentes a aprenderem música, a usar os instrumentos musicais como violão e outros, além do apoio oferece reforço escolar.

Lá pude apreciar a maneira como os jovens se relacionam, ainda na praça deixam suas bicicletas, sem precisarem do cadeado para prender, pois a confiança mútua é uma de suas caracteristicas mais nobre. As garotas cumprimentam os garotos com apertos de mão, um a um, sem nenhuma gíria ou gestos diferentes, o que é muito comum em cidade grande.

As casas tem sua porta a moda antiga, abre-se apenas a parte superior que se assemelha a janela. Aqui o intruso que poderá entrar é apenas um animal doméstico, como cães e galinhas que caminham soltas pela praça.

A velha mangueira secular abrigava um homem tipico da cidade que conversava sozinho com os seus problemas. As garis da cidade descia a ladeira varrendo, varrendo com sua vassoura de piaçava feita de palha. Gostei tanto que adquiri duas para minha coleção de lembranças.

Passeio gostoso, me senti muito feliz por ter conhecido um lugar assim. E isto é Brasil! Muito embora a gente pense que está tudo perdido pela violencia nas cidades, mas não, há lugares que são recantos e paraíso. Assim como a Fazenda Volta Grande (a 19 km do Tocantins) de propriedade do sr. Cleide Lúcio e a sra Dedi Meira Oliveira Martins - lá pude ouvir o canto da Jaó, ver a siriema e durante as manhãs ouvir o seu canto triste que me fez lembrar do meu Mato Grosso, o canto das galinhas de angola. Presenciar até mesmo um tatu peba atacando a galinha e devorando seus pintinhos.

Ouvir do sr Cleide Lúcio histórias de onças e até a passar um pequeno susto numa das andanças pela mata (reserva florestal), parecia que teve uma hora que ouvimos o barulho de uma delas.

Aprender com a Dédi a fazer o cuzcuz, o bolo de milho, a peta/pipoca, além de provar seus deliciosos  pães de queijo e doce de cidra.

Ter o privilégio de conhecer o velho rio que faz parte da bacia amazônica com os peixes que lá habitam como:  as karanhas, pirarucu, piranha, pintado e até mesmo o filhote que um dia eu comi lá em Belém do Pará, como prato típico paraense.

Provei frutos do cerrado como a kagaita, parecendo uma maçã verde em miniatura, mas com sabor de manga rosa. Gente isto é Brasil! Que país maravilhoso, de gente maravilhosa. Os buritis nos regaços. O umbu, o tamarino, o murici, o pequi. Enfim, é uma longa lista de coisas gostosas que a gente come neste imenso Goías, dá até vontade de voltar mais vezes lá.

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