Durante a última década, foram realizados esforços globais para combater a malária, levando a metas ambiciosas. O trabalho publicado pelo periódico The Lancet teve como objetivo a avaliação precisa das tendências temporais da mortalidade por malária a fim de auxiliar a avaliação de metas futuras.
Para a pesquisa, foram sistematicamente colhidos todos os dados disponíveis sobre a mortalidade por malária no período de 1980-2010. Além disso, foram feitos os ajustes necessários e considerados os indicadores-chave de mortalidade por malária, como prevalência de parasitas Plasmodium falciparum, resistência de primeira linha às drogas antimaláricas e controle de vetores.
As mortes globais por malária aumentaram de 995 mil, em 1980, para um pico de 1,8 milhões em 2004, diminuindo para 1,2 milhões em 2010.
Na África, as mortes por malária aumentaram de 493 mil, em 1980, para 1,6 milhões em 2004, em seguida reduzindo para 1,1 milhões em 2010. Fora da África, as mortes por malária têm diminuído de 502 mil em 1980, para 104 mil (45 - 191 mil) em 2010. As estimativas mostram uma taxa de mortalidade maior do que a prevista em estudos anteriores para indivíduos de 5 anos ou mais: 435 mil (307 - 658 mil) mortes na África e 89 mil (33 - 177 mil) mortes fora da África em 2010.
Os resultados apontam que a taxa de mortalidade por malária é maior do que o previsto anteriormente, especialmente em adultos. Houve uma rápida diminuição na mortalidade por paludismo (malária) na África por causa da intensificação das atividades de controle apoiadas por patrocinadores internacionais. Este apoio, no entanto, precisa ser ampliado para que sejam alcançados o controle e a erradicação da doença, além de outros objetivos maiores em saúde.
Fonte: The Lancet, volume 379, de 4 de fevereiro de 2012
NEWS.MED.BR, 2012. The Lancet: taxa de mortalidade por malária é maior do que o previsto, principalmente em adultos. Disponível em: . Acesso em: 9 fev. 2012.
Nenhum comentário:
Postar um comentário