terça-feira, 28 de julho de 2009
PSICOLOGIA COGNITIVA DO CASAL
* Dainir Feguri
Platão e Aristóteles já reconheciam as diferenças individuais em sua época.
As diferenças individuais são atribuídas a dois grandes fatores:
a- A hereditariedade
b- E ao ambiente.
A má hereditariedade está sempre acompanhada de um ambiente pouco edificante. Portanto, a influencia ambiental é de grande importância na formação do indivíduo.
Nas características gerais do ser humano há diferenças básicas entre o homem e a mulher.Tanto física quanto cultural e psicológica e a interação entre ambos leva a algo que chamamos de relacionamento.
Conceito de Relacionamento – é um processo e não um ponto final. E é através Dele que nossa identidade é criada e nos definimos. E quando um homem e uma mulher se relacionam (exceto em caso de amizade), denominamos AMOR.
c- Amor (na visão dos apaixonados) – o amor é o nosso “cobertor de segurança”, onde desejamos que ele dure para sempre e seja nosso tudo. Achamos que é para sempre e que resolve tudo. Principalmente para aplacar os nossos medos existenciais de: afeto, solidão, morte, abandono...Etc.
Talvez você pense:
- Qual o melhor caminho e a melhor escolha para se ter um amor duradouro?
- Escolhendo a pessoa certa?
- Mantendo o amor vivo?
Porém, o mais importante de tudo isso é lembrar que; o amor não é perfeito e ele exige trabalho.
O amor autêntico não é perfeito, ele não ignora as imperfeições. E sim as reconhece sem se tornar obcecado por elas. Porque as alegrias do relacionamento superam as falhas.
Os amores que duram, dão trabalho: é pelo reconhecimento sereno e a apreciação constante do outro. É com a diária experiência de compartilhar aquilo que é importante para nós. Você amará e será feliz com a pessoa cuja aparência, natureza, hábitos, preferências, valores e prioridades fizerem subir à tona a mais verdadeira expressão de você mesmo.
A pessoa que o convidar a desabrochar e crescer. E é com essa pessoa que você poderá desfrutar de um relacionamento “até que a morte os separe”.
d- Sinais e Sintomas que indicam se o relacionamento anda aos tropeços:
1. Brigas - repetitivas e sem razão de ser; elas diluem os elementos duradouros e nutrientes e levam o relacionamento a uma fase degenerativa. É essencialmente não produtiva.
Ex.: “Tudo o que fazemos é brigar... não conseguimos nunca conversar normalmente”.
2. Diferenças Irreconciliáveis – é quando o casal descobre que o terreno comum que antes compartilhavam
‘é agora tão pequeno e o que ocupa aquele lugar são uma infinidade de diferenças. Como: hábitos, amigos, valores, culturas, atividades, gosto diferentes.
Ex.: “A mulher reclama que o marido nunca está em casa... que já não é mais romântico e nem tem ações românticas para com ela...que nunca está disposto a deixar o joguinho de futebol...que seus negócios são mais importantes...ou seus amigos... ou mesmo suas necessidades noturnas...” Enquanto que “ela renuncia tudo por amor”.
E o marido reclama que a mulher “é pegajosa...dependente...nunca está contente com o fato de ser simplesmente amada...que não tem personalidade própria fora de suas relações.”
Muitos casamentos afundam por causa de pequenos detalhes no relacionamento.
3. Tédio – é outro indicativo negativo. É quando acorda sentindo-se deprimido, vago desligamento e tristeza.
Ex.: “Não sei porque, não sei o que anda acontecendo comigo...tenho a sensação de desesperança.”
Isto é falta de foco, de perspectiva, é o tipo de morte lenta do relacionamento. É preciso que a pessoa descubra o que a está afastando do seu companheiro (a). Ou então, frases como:
Ex.:“ De repente tudo nele (a) me aborrece, não consigo lembrar ou sentir alguma coisa por ele (a) capaz de me excitar ou de prender a minha atenção.”
É preciso localizar a fonte do tédio, se perguntando:
Ex.:“Fico entediado ou enfadado quando me dirijo ao trabalho?”
Quando se deixa de ver o outro como uma fonte de vida ou aliado; Quando não sente nenhum interesse pela pessoa, então com certeza se chegou ao tédio.
4. Distância Emocional – é quando a pessoa com quem você se relaciona não está lá a fim de procurar fazer contato. Você tenta conversar e não recebe nenhuma resposta... continua tentando e só recebe perguntas negativas, grosseiras. O sexo já não os une mais. Enfim, é a quebra do diálogo ‘falta de comunicação’. Há uma sensação de perda. É como se alguém com quem você tivesse sonhado passar todo o seu futuro fosse mais ou menos tirado de você.
5. Mudanças no “Local do crime” - a pessoa coloca que mudanças na situação geográfica prenunciou mau agouro no relacionamento.
Ex.: “Foi só a gente mudar para a casa nova, ou apartamento novo e tudo começou a desmoronar...construímos a casa dos nossos sonhos e depois nos divorciamos”.
6. Casos Extraconjugais – é um indicador que algo não vai bem no relacionamento. Às vezes o caso indica comunicação incompleta ou impossível, que não pode ser criada entre os parceiros, ou seja, as pessoas nem notam que seu casamento está em conflito até terem um caso.
A incorporação de relacionamentos sexuais fora do casamento indica que o relacionamento principal está em crise.
Seja qual for o sintoma acima citado Procure um Aconselhamento. Muitos, porém procuram o aconselhamento quando já é tarde demais.
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Saia dessa lista
"QUANTOS DEFEITOS SANADOS COM O TEMPO" (Oswaldo Montenegro)
* Soberba - Orgulho excessivo; altivez, arrogância, presunção
* LUXÚRIA - Incontinência, lascívia; sensualidade.
* PREGUIÇA - Aversão ao trabalho; negligência, indolência.
* Inveja - Desgosto ou pesar pelo bem ou pela felicidade de outrem.
* Gula - Excesso na comida e na bebida.
* Avareza - Excessivo e sórdido apego ao dinheiro; esganação; Falta de generosidade; mesquinhez.
* Ira - Cólera, raiva, indignação, Desejo de vingança.
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Os Cinco Sensos_5S
* Andrade
Os cinco sensos, comumente chamados de 5S, são por assim dizer a porta de entrada de um Programa de Qualidade Total. Isto porque tem um grande efeito sobre a motivação para a qualidade, visto que seus resultados são rápidos e visíveis. Mas a sua grande virtude é seu grande defeito, ou melhor, nós a tornamos seu maior defeito ao pensarmos que o Programa 5S se resume a melhorar a aparência do local de trabalho ou outro ambiente qualquer. Na verdade a essência dos cinco é outra: mudar atitudes e comportamento.
Sua prática contínua e insistente leva, inevitavelmente, a uma mudança interior que resultará, ao final, em uma disposição mental para a prática de um programa onde os resultados são de médio ou longo prazo, como a Qualidade Total. O importante de ser lembrado ao se implantar os 5S, é que a simples tradução de seus termos para o português desperdiça muito de seu significado, já que o sistema de escrita japonês é diferente do nosso. É devido a isso que colocamos a palavra senso antes de cada S: indica que o termo transcende a simples tradução.
Feita essas considerações vamos ver o que vem a ser os cinco sensos?
É um programa baseado em 5 palavras japonesas: SEIRI (Seleção), SEITON (Ordenação), SEISOH (Limpeza),SEIKETSU (padronização) e SHITSUKE (disciplina).
Uma forma simples de definir é: são atividades que praticadas por todos, com determinação é método, resultarão em um ambiente (casa, local de trabalho, clube ou mesmo cidade) agradável e seguro.
Compreendendo melhor a definição acima:
* Atividades: Isso quer dizer que os 5S existem para ser praticado! Um pequeno conhecimento colocado em ação dará bem mais resultado que um grande conhecimento acadêmico que não passe disso: teoria.
* Praticadas por todos: o envolvimento e comprometimento de todos é vital para o sucesso do programa. Nada menos que isso é aceitável. O líder - dono, diretor ou gerente - tem que se envolver pessoalmente, dando o exemplo. A maneira mais rápida de matar o Programa é dizer: FAÇAM!
* Determinação: embora o entusiasmo com o Programa seja rápido, rápido também é seu esfriamento, pois o impacto inicial perde-se com o passar do tempo. A menos que... sejamos determinados a fazer continuamente algo a que não estamos acostumados.
* Método: não podemos deixar nos levar pelo entusiasmo inicial e fazer os 5S de qualquer maneira.
Mais adiante sugiro um método para implantação dos 5S, baseado em minhas experiências e observações, não significando que seja o melhor ou único. Desenvolva o método mais adequado a sua realidade, mas não deixe de ter um método.
1 - SEIRI (senso de seleção) Outras traduções : Organização; Utilização; Classificação; Descarte. Senso: ´A arte de colocar fora coisas inúteis sem uso´.
2 - SEITON (senso de ordenação) Outras traduções: Sistematização; Arrumação. Senso: ´A arte de cada coisa em seu lugar para pronto uso´.
3- SEISOH (senso de limpeza) Outras traduções: Inspeção; Zelo. Senso: ´A arte de tirar o pó´.
4- SEIKETSU (senso de padronização) Outras traduções: Padrões; Ambientação; Higiene; Conservação; Saúde; Asseio. Senso: ´A arte de manter em estado de limpeza´.
5- SHITSUKE (disciplina) Outras traduções: Auto-disciplina; Educação; Harmonia. Senso: ´A arte de fazer as coisas certas, naturalmente´.
AMIGOS DE JÓ
Objetivo do Jogo:
Cantando a música "Amigos de Jó", todo o grupo tem que deslocar-se na cadência e realizar os movimentos propostos formando uma espécie de balé brincalhão.
Propósito:
O propósito é fazer do jogo-dança um momento de união do grupo e proporcionar um espaço de adequação do ritmo grupal. Podem ser trabalhados Valores Humanos como:
Alegria e Entusiasmo pela brincadeira do grupo (diversão entre erros e acertos);
Harmonia na busca do ritmo grupal;
Parceria e Respeito para caminhar junto com o outro.
Recursos:espaço físico mínimo de 35 m2
círculos no chão (bambolês, círculos desenhados de giz ou barbantes) em número igual ao de participantes dispostos em um grande círculo.
Número de Participantes:Pode ser jogado com um mínimo de 16 pessoas até quantos o espaço permitir.
Duração:Grupos pequenos jogam em cerca de 15 minutos; grupos maiores precisam de mais tempo para administrar a adequação rítmica.
Descrição:Cada participante ocupa um bambolê ou círculo desenhado no chão. A música tradicional dos "Escravos de Jó" é cantada com algumas modificações:
"aMigos de Jó joGavam caxanGá. Tira, Põe,
Deixa Ficar, fesTeiros com fesTeiros
fazem Zigue, Zigue, Zá (2x)"
O grupo vai fazendo uma coreografia ao mesmo tempo em que canta a música. A cadência das passadas é marcada pelas letras maiúsculas na música.
"aMigos de Jó joGavam caxanGá." : são 4 passos simples em que cada um vai pulando nos círculos que estão à sua frente.
"Tira": pula-se para o lado de fora do círculo
" Põe": volta-se para o círculo
"Deixa Ficar": permanece no círculo, agitando os braços erguidos "fesTeiros com fesTeiros": 2 passos para frente nos círculos "fazem Zigue, Zigue, Zá" : começando com o primeiro passo à frente, o segundo voltando e o terceiro novamente para frente.
Quando o grupo já estiver sincronizando o seu ritmo, o(a) focalizador(a) pode propor que os participantes joguem em pares. Neste caso, o número de círculos no chão deve ser igual à metade do número de participantes, as pessoas ocupam um círculo e ficam uma ao lado da outra com uma das mãos dadas. Além disso, quando o grupo cantar "Tira..." o par pula para fora do círculo, um para cada lado e sem soltar as mãos.
E por que não propor que se jogue em trios e quartetos??
Dicas:
Este jogo-dança é uma gostosa brincadeira que exige uma certa concentração do grupo para perceber qual é o ritmo a ser adotado. É prudente começar mais devagar e se o grupo for respondendo bem ao desafio, sugerir o aumento da velocidade.O respeito ao parceiro do lado e a atenção para não machucar os pés alheios são toques interessantes que a pessoa que focaliza o jogo pode dar.
Quando o grupo não está conseguindo estabelecer um ritmo grupal, o(a) focalizador(a) pode oferecer espaço para que as pessoas percebam onde está a dificuldade e proponham soluções. Da mesma forma, quando o desafio já tenha sido superado e o grupo queira continuar jogando, há espaço para criar novas formas de deslocamento e também há abertura para outras coreografias nesta ou em outras cantigas do domínio popular.
Vale dizer que o pessoal ri muito, que é um jogo legal para descontrair, para festinhas de criança e festas de adultos, aulas na escola, treinamentos de gestão de pessoas buscando o ritmo de trabalho do grupo. O jogo pode acompanhar reflexão sobre temas de interesse específico ou simplesmente ser jogado pelo prazer de jogar-dançar.
A Filosofia do Camelo
Uma mãe e um bebê camelos, estavam por ali, à toa, quando de repente o bebê camelo perguntou:
- Por que os camelos têm córcovas?
- Bem, meu filhinho, nós somos animais do deserto, precisamos das córcovas para reservar água e por isso mesmo, somos conhecidos por sobreviver sem água.
- Certo, e por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?
- Filho, certamente elas são assim para nos permitir caminhar no deserto.
- Sabe, com essas pernas longas eu mantenho meu corpo mais longe do chão do deserto, que é mais quente que a temperatura do ar e assim, fico mais longe
do calor. Quanto às patas arredondadas, eu posso me movimentar melhor devido à consistência da areia! - disse a mãe.
- Certo! Então, por que nossos cílios são tão longos? De vez em quando eles atrapalham minha visão.
- Meu filho! Esses cílios longos e grossos são como uma capa protetora para os olhos. Eles ajudam na proteção dos seus olhos quando atingidos pela areia e pelo vento do deserto! - respondeu a mãe com orgulho.
- Tá. Então a córcova é para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios são para proteger meus olhos do deserto.
Então, o que é que estamos fazendo aqui no Zoológico???
Moral da estória: Habilidade, conhecimento, capacidade e experiência só são úteis se você estiver no lugar certo!
VOCÊ ESTÁ NO LUGAR CERTO?
quinta-feira, 23 de julho de 2009
A Arte da Prudência
* Jogral
Intérprete (1)
1. A maior perfeição...
2. Os dois pólos que mais valoriza o humano...
3. O que garante o êxito das decisões...
4. O que valoriza a sabedoria...
5. A lição mais importante da experiência...
6. A preferência do sujeito sagaz...
7. E a do homem prudente...
8. Que faz um ser humano sentir-se completo...
9. A atitude mais tola do subordinado...
10. A qualidade espiritual mais elevada...
11. Um defeito peculiar...
12. Quanto à fama e a fortuna...
13. Uma boa reputação...
14. O que nos leva aos outros?
15. Como se revela o prudente?
16. Enquanto que a insensatez...
17. A arte e a cultura serve para...
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Intérprete (2)
1. Ter a habilidade de lidar com um só homem!
2. O caráter e a inteligência!
3. O suspense mantido!
4. O conhecimento e a coragem!
5. A humildade!
6. A gratidão vulgar!
7. A esperança cortez!
8. Quando alcança a sabedoria nas expressões e a prudência nas ações!
9. Quando compete pensando vencer seu superior pela supremacia!
10. O domínio sobre si e as paixões!
11. É servir-se da fraqueza para se defender e justificar-se!
12. Dois objetivos muito sonhado pelo homem. Uma inconstante, irmãs de gigantes como - inveja, esquecimento, monstros, e elogios.
13. Nasce da virtude.
14. A nossa própria conveniência!
15. Pelo convívio amigável e uma conversação construtiva.
16. Freqüenta os palácios da futilidade!
17. Para dignificar o trabalho humano. Pois a natureza sem a arte o melhor talento é grosseiro e sem cultura as qualidades ficam pela metade!
Créditos: Dainir Feguri
A Arte do Trabalho
* Jogral significa: Aquele que interpreta poemas ou canções; recitador, declamador, trovador.
Intérprete(1)
1. O Amador... tem emprego.
2. O Amador... Toma conta.
3. O Amador... Apaga incêndios.
4. O Amador... Perde tempo.
5. O Amador... Lamenta o salário.
6. O Amador... Tem intuições.
7. O Amador... Diz não ter sorte.
8. O Amador... Já sabe tudo.
9. O Amador... Termina suas tarefas antes de atender alguém.
10. O Amador... Repassa problemas para os colegas.
11. O Amador... Fala como quer.
12. O Amador... Pensa em si o tempo todo.
13. O Amador... Evita tarefas chatas.
14. O Amador... Tem boa memória.
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Intérprete(2)
1. O Profissional... tem trabalho!
2. O Profissional... Administra com qualidade!
3. O Profissional... Atende com qualidade!
4. O Profissional... Administra o tempo!
5. O Profissional... Esforça-se para vencer!
6. O Profissional... Tem visão global para as coisas!
7. O Profissional... Busca informações!
8. O Profissional... Sempre aprendendo!
9. O Profissional... Dá prioridade ao cliente!
10. O Profissional... Trabalha em equipe!
11. O Profissional... Pensa para falar com ética!
12. O Profissional... Pensa em todos!
13. O Profissional... As resolve na hora!
14. O Profissional... Agenda!
Créditos: Dainir Feguri
terça-feira, 21 de julho de 2009
Rabindranath Tagore
Escritor indiano nasceu em Calcutá em 1861 e morreu em Bengala em 1941, com 80 anos. Rabindranath Tagore nasceu numa família abastada e teve uma educação tradicional. Estudou direito na Inglaterra entre 1878 e 1880. Retornou à Índia e passou a administrar as propriedades rurais da família.
Em 1901, Tagore fundou uma escola de filosofia em Santiniketan, que, em 1921, foi transformada em universidade. Começou sua carreira poética com volumes de versos em língua bengali. Escreveu poemas místicos entre 1902 e 1907, tocado pela morte da esposa e de dois de seus filhos. Alguns desses poemas estão coligidos em sua obra mais conhecida, "Oferenda Lírica", publicado em 1910. A repercussão internacional dessa obra lhe valeu a indicação para o Prêmio Nobel de Literatura, recebido em 1913. Dois anos depois, recebeu o título de cavaleiro britânico. Em 1931, recebeu o prêmio Nobel de literatura. Desde então, traduziu seus livros para o inglês, a fim de lhes garantir maior difusão.
Em suas poesias, Tagore, oferece ao mundo uma mensagem humanitária e universalista. Seu mais famoso volume de poesias é Gitãñjali (Oferenda poética). A atuação pública de Tagore foi um fator grande da aproximação entre a cultura ocidental e a oriental. Tagore chegou a ser aclamado por Mahatma Gandhi como "o grande mestre". Tagore participou do movimento nacionalista indiano e era amigo pessoal de Mahatma Ghandi.
Cedo manifestou sua vocação poética. Seus primeiros versos foram reunidos nos livros "Canções da Noite" e "Canções da manhã". Escrevendo em língua bengali, Tagore experimentou depois quase todos os gêneros literários. Publicou poemas, contos, romances e ensaios. Seus versos têm um tom de cativante humanidade e atraem pela mensagem universal.
Coletâneas:
Verdades
Cantar Me Enlouquece
Se Não Falas
Flor de Lótus
Gitanjali
Poema de Despedida
Morte e Vida
Sua obra poética compreende uma coleção de três mil poemas em língua bengali sobre temas religiosos, políticos e sociais.
“MORTE E VIDA”
* R. Tagore
“Senhor, eis aqui minha biografia, meu livro de vida... é documentário, e confesso que é muito difícil escrever a vida como vós quereis... É difícil, Senhor, escrevê-la quando não se é escritor, quando nunca se aprendeu tal ofício.
Mas, a vida não se aprende: Toda vida é um romance novo, único no gênero, sempre obra de primeira mão. É difícil, Senhor, não poder copiá-lo, pois vós não aceitas plágios. É difícil, Senhor, não poder corrigi-la. Dela não podemos arrancar páginas mal escritas, ou apagar alguma coisa. O que escrevi ficará sempre escrito. O que eu posso é manifestar meu arrependimento, escrevendo páginas melhores.
É difícil, Senhor, seguir este ritmo da vida que me leva inexoravelmente adiante... Mas, obrigado, Senhor, por retratar-me das páginas passadas em cada nova página que escrevo.
É difícil, Senhor, ir virando as folhas, dia a dia, na angústia de não saber o dia da entrega do manuscrito...
Mas, não seria, Senhor, mais angustiosos ainda saber o dia e a hora? É difícil, Senhor, não sabermos quantas folhas em branco nos restam para desenvolver satisfatoriamente o tema...
Um dia qualquer vós me tomareis a caneta das mãos e escrevereis de baixo do meu último rabisco: FIM.
É difícil, Senhor, não pode reclamar, então: “Ainda não terminei...”, porque há sinfonias inacabadas que são obras primas e há existências longevas que nunca acertaram o tema. Tive pena do tempo perdido...
Mas, Senhor, não tivestes minha vida, a cada instante, em vossas mãos?”
sexta-feira, 17 de julho de 2009
Amor & loucura
"Contam que uma vez se reuniram todos os sentimentos e qualidades dos homens em um lugar da terra. Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre muito louca, propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A INTRIGA levantou a sombrancelha intrigada e a CURIOSIDADE sem poder conter-se perguntou:
- Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará o meu lugar para continuar o jogo.
O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA. A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou por convencer a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar: a VERDADE preferiu não esconder-se. "Para que se no final todos me encontram?"- pensou. A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a idéia não tivesse sido dela ) e a COVARDIA preferiu não se arriscar.
-Um, dois, três, quatro, ... - Começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA que caiu atrás da primeira pedra no caminho. A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO que, com seu próprio esforço, tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta. A GENEROSIDADE quase não conseguiu esconder-se, pois cada local que encontrava parecia perfeito para algum de seus amigos: se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o vôo de uma borboleta, o melhor para VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim acabou escondendo-se num raio de sol. O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desdo início. Ventilado, cômodo, mas apenas para ele. A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano ( mentira! ela se escondoeu mesmo foi atrás do arco-íris ) e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões. O ESQUECIMENTO... não me recordo onde se escondeu mas isso não é o mais
importante...
Quando a LOUCURA já estava lá pelos 999.999 , o AMOR ainda não havia encontrado um local para esconder-se pois todos já estavam ocupados, até que encontrou uma rosa e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas pétalas.
- Um milhão! - terminou de contar aa LOUCURA e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos da pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo zoologia com DEUS no céu. Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões. Em um descuido, encontrou a INVEJA e claro, pode-se deduzir onde estava o TRIUNFO. O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas. De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede e ao se aproximar de um lago, descobriu a BELEZA. A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois estava sentada em uma cerca sem saber de que lado esconder-se... E assim foi encontrando todos: o TALENTO entre as ervas frescas, a ANGÚSTIA numa cova escura, a MENTIRA atrás do arco-íris ( mentira! na verdade estava no fundo o oceano) e até o ESQUECIMENTO, a quem já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde. Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local...
A LOUCURA procurou em baixo de cada rocha do planeta, atrás de cada árvore, em cima de cada montanha... Quando estava a pondo de dar-se por vencida, encontrou um roseiral. Pegou uma forquilha e começou a remover os ramos, quando, no mesmo instante, escutou um grito de DOR. Os espinhos haviam ferido o AMOR nos olhos. A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se. Chorou, rezou, implorou, pediu desculpas e perdão e prometeu ser seu guia eternamente...
Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na Terra:
O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha."
Fonte: geocities
Análise
"Sem avaliação, a ação deixa de ser transformadora;
Sem avaliação, a ação não estimula novas ações;
Sem avaliação, a ação morre e o grupo pára;
Sem avaliação, não se valorizam os sucessos e não se tiram as lições dos fracassos".
(Boran)
quinta-feira, 16 de julho de 2009
Palavras em árabe
Avião ...taiara
Amor ...rrob
Bom dia ...sabaárraiê
Bola ...kura
Boa noite ...maassarraiêir
Casa...báit
Cidade...Medina
Como vai?...kifsarra
DEUS...ALLAH
Espere um pouco...shuai
Ele...rroui
Ela ..rrêie
Filho ...ibn
Feijão...fassulia
Hoje...liom
Homem...zalame
Irmão ...rraiê
Janela ...shibek
Jóia ...jaurrara
Lua ...maar
Lá...rrounique
Mãe ...eme
Mulher...Mara
Menino...bente
Nome...esme
Ovo ...baida
Padre..rrury
Pão ...rroubs
Pai...báiê
Porta ...bab
Parabéns ...mabrouque
Querido(a) ...rrabibe
Rainha...malique
Se DEUS quiser...intxe allá
Seja bem vindo...arra u sarrala
Sol ...chames
Tomate...banadura
Tudo bem...mabisut
Vaca ...bara
Vida..rraiete
Você...enta(masc) enti(fem)
Fonte: Estudos Árabes
ABU HAMID AL-GHAZALI
Abu Hamid Ibn Muhammad Ibn Muhammad Al Tusi Al Shafi'i Al Ghazali nasceu em 1058, em Khorasan, Irã.
Seu pai morreu quando era ainda muito novo mas teve a oportunidade de começar a sua educação em Nishapur e Bagdá.
Adquiriu um padrão elevado de sabedoria na religião e na filosofia e logo recebeu um cargo de honra que foi a sua nomeação como um professor na universidade de Nizamiyah em Bagdá, que foi reconhecida como uma das instituições com a maior reputação do ensino na era dourada do conhecimento muçulmano.
Após alguns anos, entretanto, abandonou a carreira acadêmica e transformou-se um ascético. Este era um processo (período) de transformação mística. Mais tarde, recomeçou sua carreira acadêmica, mas outra desistiu dela.
Sua vida era solitária, e devotada a contemplação e a escrita, que fizeram dele um grande escritor de livros, morreu em 1128, em Bagdá.
A contribuição principal de Al Ghazali encontra-se na religião, na filosofia e no sufismo. Um grande número de filósofos muçulmanos tinham seguido e desenvolvido diversos pontos de vista da filosofia grega, incluindo a filosofia Neoplatônica, e esta visão conduzia-os a se opor a diversos ensinamentos islâmicos.
Por outro lado, o movimento do sufismo, estavam criando inovações excessivas como evitar observância das orações obrigatórias e deveres religiosos do Islam. Baseado em sua sabedoria inquestionável e a sua experiência mística pessoal, Al Ghazali procurou retificar estas tendências, na filosofia e no sufismo.
Na filosofia, Al Ghazali sustentou a aproximação da matemática e das ciências exatas como sendo essencialmente corretas. Entretanto, adotou as técnicas da lógica aristoteliana e dos procedimentos Neoplatônico e empregou seus conhecimentos para corrigir as falhas e os lacunas da filosofia que prevalecia naquela época, como a Neoplatônica e para diminuir as influências negativas do Aristotelianismo e do racionalismo excessivo.
Em contraste a alguns filósofos Muçulmanos, por exemplo, Al Farabi, ele retratou a incapacidade da razão compreender o absoluto e o infinito. A razão não podia transcender o finito e foi limitada à observação do aparente.
Também, diversos filósofos muçulmanos tinham aprendido que o universo era finito no espaço mas infinito no tempo.
Al Ghazali discutiu que uma estadia infinita esteve relacionada a um espaço infinito, com sua claridade do pensamento e da força do argumento, podia criar um contrapeso entre a religião e a razão, e identificava suas esferas respectivas como sendo o infinito e o finito, respectivamente.
Na religião, particularmente no misticismo, limpou o sufismo de seus excessos e restabeleceu a autoridade da religião ortodoxa islâmica. Ainda, pregou a importância do sufismo genuíno, como sendo o trajeto para se alcançar a verdade absoluta.
Era um escritor prolífico, seus livros imortais incluem Tuhafut al-Falasifa (A Incoerência dos filósofos), Ihya al-'Ulum al-Islamia (o Rival das ciências religiosas), " O começo da orientação e sua autobiografia ", " Delivio do erro ". Alguns de seus trabalhos foram traduzidos em línguas européias na idade média. Escreveu também um sumário da astronomia.
A influência de Al Ghazali era profunda e perpetua, é um dos maiores teólogos do Islam. Suas doutrinas teológica penetrou a Europa, influenciado os judeus e cristão e diversos de seus argumentos parecem ter sido adotados por São Thomas de Aquino a fim restabelecer similarmente a autoridade da religião cristã ortodoxa no Ocidente.
Tão forte era seu argumento a favor da religião que foi acusado de danificar a causa da filosofia e, na Espanha muçulmana, Ibn Rushd (Averrois) escreveu um artigo sobre o seu Tuhafut.
Fonte:Islam.org
quarta-feira, 15 de julho de 2009
O CASO DE MIGUEL
Objetivo: Demonstrar o modo de julgar e avaliar.
Não são raras às vezes em que nós mesmos nos assustamos com nossa permanente capacidade de julgamento. Na verdade, vivemos julgando pessoas e coisas. Vivemos mensurando e avaliando tudo o que encontramos pela frente, como um radar atento. Não raro, também, nos equivocamos escandalosamente.
Que efeito nossa faceta produz sobre o grupo no qual convivemos? Sobre qual base lógica nos situamos para proceder a estes juízos e a estas aferições? É lógica que nos torna capazes de organizar nossas idéias a ponto de enxergarmos com maior clareza determinadas situações. O sociólogo David William Carraher defende que para pensarmos criticamente é necessário sermos perspicazes, enxergarmos além das superfícies, questionarmos onde não há perguntas já formuladas e ver prismas que os outros não vêem.
Divida o grupo em cinco equipes e distribua entre elas os cinco textos apresentados logo adiante. Estabeleça um prazo de dez minutos. Nesse período cada equipe terá a tarefa de julgar ou avaliar o comportamento de um certo Miguel, observado em diferentes momentos de um dia e descrito nos textos. Acompanharão o comportamento de Miguel por meio dos relatos de sua mãe, da faxineira, do zelador do edifício, do motorista de táxi e do garçom da boate que ele freqüenta.
Encerrado esse prazo, proponha que as equipes, uma a uma, façam o seu relato descrevendo como perceberam Miguel. Havendo predisposição para uma rápida discussão após os relatos, torna-se interessante fazê-la. Depois disso, requisite atenção de todos para que você leia o relato do próprio Miguel sobre o que ocorreu naquele dia.
Proponha discussão acerca das observações feitas anteriormente pelas equipes, tendo por base os argumentos no parágrafo inicial desse encontro. Esgotando-se 25 minutos, encerre a atividade.
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Relato n° 01 – De Sua Mãe
Miguel levantou-se correndo, não quis tomar café e nem ligou para o bolo que eu havia feito especialmente para ele. Só apanhou o maço de cigarros e a caixa de fósforos. Não quis colocar o cachecol que eu lhe dei. Disse que estava com pressa e reagiu com impaciência a meus pedidos para se alimentar e abrigar-se direito. Ele continua sendo uma criança que precisa de atendimento, pois não conhece o que é bom para si mesmo.
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Relato n° 02 – Do Garçom da Boate
Ontem à noite ele chegou aqui acompanhado de uma morena, bem bonita, por sinal, mas não deu a mínima bola para ela. Quando entrou uma loira, de vestido colante, ele me chamou e queria saber quem era ela. Como eu não conhecia, ele não teve duvidas: levantou-se e foi à mesa com ela. Eu disfarcei, mas só pude ouvir que ele marcava um encontro, às 9 da manhã, bem nas barbas do acompanhante dela. Sujeito peitudo!
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Relato n° 03 – Do Motorista de Táxi
Hoje de manhã, apanhei um sujeito e não fui com a cara dele. Estava de cara amarrada, seca, não queria saber de conversa. Tentei falar sobre futebol, política, sobre o trânsito e ele sempre me mandava calar a boca dizendo que precisava se concentrar. Desconfio que ele é daqueles que o pessoal chama de subversivo, desses que a policia anda procurando ou desses que assaltam motorista de táxi. Aposto que anda armado. Fiquei louco para me livrar dele.
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Relato n° 04 – Do Zelador do Edifício
Esse Miguel, ele não é certo da bola, não! Às vezes cumprimenta, às vezes finge que não vê ninguém. As conversas dele a gente não entende. É parecido com um parente meu que enlouqueceu. Hoje de manhã, ele chegou falando sozinho. Eu dei bom dia e ele me olhou com um olhar estranho e disse que tudo no mundo era relativo, que as palavras não eram iguais para todos, nem as pessoas. Deu um puxão na minha gola e apontou para uma senhora que passava. Disse, também, que quando pintava um quadro, aquilo é que era a realidade. Dava risadas e mais risadas... Esse cara é um lunático!
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Relato n° 05 – Da faxineira
Ele anda sempre com cara de misterioso. Os quadros que ele pinta, a gente não entende. Quando ele chegou, na manhã de ontem, me olhou meio enviesado. Tive um pressentimento ruim, como se fosse acontecer alguma coisa ruim. Pouco depois chegou a moça loura. Ele perguntou onde ele estava e eu disse. Daí a pouco ouvi ela gritar e acudi correndo. Abri a porta de supetão e ele estava com uma cara furiosa, olhando para ela cheio de ódio. Ela estava jogada no divã e no chão tinha uma faca. Eu sai gritando: Assassino! Assassino!
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Relato do próprio Miguel sobre o ocorrido nesse dia
Eu me dedico à pintura de corpo e alma. O resto não tem importância. Há meses que eu quero pintar uma Madona do século XX, mas não encontro uma modelo adequada, que encarne a beleza, a pureza e o sofrimento que eu quero relatar. Na véspera daquele dia, uma amiga me telefonou dizendo que tinha encontrado a modelo que eu procurava e propôs nos encontrarmos na boate. Eu estava ansioso para vê-la. Quando ela chegou fiquei fascinado; era exatamente o que eu queria. Não tive duvidas. Já que o garçom não a conhecia, fui até a mesa dela, me apresentei e pedi para ela posar para mim. Ela aceitou e marcamos um encontro no meu ateliê às 9 horas da manhã. Eu não dormi direito naquela noite. Me levantei ansioso, louco para começar o quadro, nem pude tomar café, de tão afobado.
No táxi, comecei a fazer um esboço, pensando nos ângulos da figura, no jogo de luz e sombra, na textura, nos matizes... Nem notei que o motorista falava comigo.
Quando entrei no edifício, eu falava baixinho. O zelador tinha falado comigo e eu nem tinha prestado atenção. Aí, eu perguntei: o que foi? E ele disse: bom dia! Nada mais do que bom dia. Ele não sabia o que aquele dia significava para mim. Sonhos, fantasias e aspirações... tudo iria se tornar real, enfim, com a execução daquele quadro. Eu tentei explicar para ele que a verdade era relativa, que cada pessoa vê a outra maneira. Ele me chamou de lunático que você vê, não existe. Quando eu pude entrar, dei de cara com aquela velha mexeriqueira. Entrei no ateliê e comecei a preparar a tela e as tintas. Foi quando ela chegou. Estava com o mesmo vestido da véspera e explicou que passara a noite em clara, numa festa. Ai eu pedi que sentasse no lugar indicado e que olhasse para o alto, que imaginasse inocência, sofrimento... que...
Ai ela me enlaçou o pescoço com os braços e disse que eu era simpático. Eu afastei seus braços e perguntei se ela tinha bebido. Ela disse que sim, que a festa estava ótima, que foi pena eu não ter estado lá e que sentiu minha falta. Enfim, que estava gostando de mim. Quando ela me enlaçou de novo eu a empurrei e ela caiu no divã e gritou. Nesse instante a faxineira entrou e saiu berrando: Assassino! Assassino! A loura levantou-se e foi embora. Antes, me chamou de idiota. Então, eu suspirei e disse: ah, minha madona!
Desconheço o autor.
Quando a sinceridade diminui
* AL-GHAZZALLI
Conta-se que entre os israelitas havia um homem santo considerado por seu ascetismo. Ouviu dizer que algumas pessoas adoravam uma árvore. Pegou um machado e foi cortá-la.
O diabo encontrou-o no caminho e disse:
- “Por que se preocupa com a adoração realizada por outros? Deixe-os fazer o que gostam. Quem é você para interferir nisto?”.
Ele respondeu:
- “Este meu ato também é uma adoração”.
O diabo disse:
- “Não deixarei que você a corte”.
Eles lutaram e o diabo perdeu.
Pediu então ao homem que o deixasse dizendo-lhe que lhe revelaria um segredo. Solto, o diabo contou ao homem santo que o Senhor não havia criado nele nenhuma obrigação de cortar a árvore, além disso, se uma pessoa peca em sua adoração, as conseqüências deste cairão sobre ela. Mais ainda há muitos profetas do Senhor no mundo e ele poderia dirigir qualquer um deles para ir até os possuidores e ordenar-lhes que a cortassem. Não cabia ao homem santo realizar um ato que não era seu dever.
Mas o homem insistiu em cortá-la. O diabo resistiu, e, em duelo, novamente perdeu para o homem santo. Mais uma vez persuadiu-o a libertá-lo, dizendo-lhe que lhe revelaria um segredo ainda mais valioso. Então, ao ficar livre, o diabo começou:
- “Ouvi dizer que você é muito pobre e vive da caridade de outros. Tal é a sua natureza boa que você sempre faz votos de que, se tivesse dinheiro o distribuiria entre os necessitados e os pobres, mas você não quer mendigar com este propósito. Decidi então deixar toda manhã sob seu travesseiro algumas moedas com as quais você poderá facilmente alimentar sua família e ainda bancar o samaritano. Você verá que as caridades serão mais benéficas para você do que derrubar a árvore. E mesmo que você derrube a árvore, eles podem plantar outra no local. Seu esforço será inútil e sua família não ganhará nada com isso”.
Ouvindo isto, o homem piedoso pensou que o diabo estava certo, ainda mais que ele não era profeta com encargo de Deus de cortar a árvore, não era seu dever obrigatório faze-lo e nem havia nenhuma razão para que Deus se zangasse com ele se não a derrubasse. Então ele voltou para casa. Pela manhã, quando acordou encontrou moedas sob seu travesseiro. Gastou-as consigo mesmo e em caridades. Isto continuou por alguns dias. Então o diabo parou com seus presentes e, ressentido, o homem levantou-se e partiu para cortar a árvore.
No caminho, o diabo disfarçado de homem velho, encontrou-o e sabendo que ele estava indo cortar a árvore, disse-lhe que ele não tinha forças para fazê-lo agora e que seria um mentiroso se orgulhasse de poder derrubar a árvore. Isto irritou o homem piedoso e ambos começaram a lutar.
Desta vez o diabo (disfarçado de homem velho) derrotou-o e queria cortar seu pescoço quando o homem implorou pela vida.
O diabo desculpou-o com a condição de que prometesse no futuro nunca cortar a árvore. Então ele perguntou ao diabo “como ele pôde dominá-lo desta vez depois de ter perdido as duas anteriores”.
O diabo respondeu que no início ele estava lutando por Deus e sua intenção era colher benefícios na eternidade, mas agora ele era um escravo de seu eu carnal. E por uma causa mundana. Então ele perdeu”.
O Pai Perdoa
* Lanerd
“Escute filho: enquanto falo isso, você está deitado, dormindo, uma mãozinha enfiada debaixo de seu rosto, os cachinhos louros molhados de suor grudados na fronte”. Entrei sozinho e sorrateiramente em seu quarto. Há poucos minutos atrás, enquanto eu estava lendo meu jornal na biblioteca, fui assaltado por uma onda sufocante de remorso. E, sentindo-me culpado, vim para ficar ao lado de sua cama.
Andei pensando em algumas coisas, filho: tenho sido intransigente com você.
Na hora em que se trocava para ir à escola, ralhei com você por não enxugar direito o rosto com a toalha. Chamei-lhe a atenção por não ter limpado os sapatos. Gritei furioso com você por ter atirado alguns pertences no chão. Durante o café da manhã, também impliquei com algumas coisas. Você derramou café fora da xícara. Não mastigou a comida. Pôs o cotovelo sobre a mesa. Passou manteiga demais no pão. E quando começou a brincar e eu estava saindo para pegar o trem, você se virou, abanou as mãos e disse: “Tchau, papai!”; e, franzindo o cenho, em resposta lhe disse: “ENDIREITE ESSES OMBROS!”.
De tardinha tudo recomeçou. Voltei e quando cheguei perto de casa, vi-o ajoelhado, jogando bolinha de gude, suas meias estavam rasgadas e humilhei-o diante de seus amiguinhos fazendo-o entrar na minha frente. “AS MEIAS SÃO CARAS – SE VOCÊ AS COMPRASSE TOMARIA MAIS CUIDADO COM ELAS!”. Imagine isso dito por um pai! Mais tarde, quando eu lia na biblioteca, lembra-se de como me procurou, timidamente, uma espécie de mágoa impressa nos seus olhos? E quando afastei meu olhar do jornal, irritado com a interrupção, você parou à porta: “O QUE É QUE VOCÊ QUER?”, perguntei implacável, você não disse nada, mas saiu correndo num ímpeto na minha direção, passou seus braços em torno do meu pescoço e me beijou; seus braços foram se apertando com uma atenção pura que Deus fazia crescer em seu coração e que nenhuma indiferença conseguiria extirpar. A seguir retirou-se, subindo correndo os degraus da escada.
Bom, meu filho, não passou muito tempo e meus dedos se afrouxaram e o jornal escorregou por entre eles. E um medo terrível e nauseante tomou conta de mim. “Que estava o hábito fazendo de mim?”. O hábito de ficar achando erros, de fazer reprimendas – era dessa maneira que eu vinha recompensando-o por ser uma criança. Não que não o amasse; o fato é que eu esperava demais da juventude. Eu o avaliava pelos padrões da minha própria vida. E havia tanto de bom, de belo e de verdadeiro no seu caráter. Seu coraçãozinho era tão grande quanto o sol que subia por detrás das colinas. E isto eu percebi pelo seu gesto espontâneo de correr e de dar-me um beijo de boa noite. Nada mais me importa nesta noite filho.
Entrei na penumbra do seu quarto e ajoelhei-me ao lado de sua cama envergonhado: é uma expiação inútil; sei que, se você estivesse acordado, não compreenderia essas coisas. Mas amanhã eu serei um pai de verdade! Serei um amigo, sofrerei quando você sofrer, rirei quando você rir! Morderei a língua quando palavras impacientes quiserem sair de minha boca. Eu irei dizer e repetir, como se fosse um ritual: “Ele é apenas um menino – um menininho!”.
Receio que o tenha visto até aqui como um homem feito. Mas, olhando-o agora, filho, encolhido e amedrontado no seu ninho, certifico-me, de que é um bebê. Ainda ontem esteve nos braços de sua mãe, a cabeça deitada no ombro dela. Exigi muito de você, exigi muito.”
quarta-feira, 8 de julho de 2009
domingo, 5 de julho de 2009
Licantropia & Vampirismo
* Ballone
O mito do Homem-Lobo se registra desde a Idade Média até nossos dias. Na Idade Média se cometia grande quantidade de crimes sádicos e sexuais que sempre terminavam por ser atribuídos a seres sobrenaturais, devido à superstição e ao medo da gente.
Em psiquiatria, a Licantropia aparece como uma enfermidade mental com tendência canibal, onde o doente imagina ter se transformado em lobo e, inclusive, imitando seus grunhidos. Em alguns casos graves esses pacientes se negam a comer outro alimento que não seja carne crua e bem sanguinolenta.
Esses transtornos, normalmente diagnosticados como severas psicoses, apresentam concomitantemente um alto grau de histerismo, cursando com idéias delirantes e mudança total da pessoalidade e, como outras psicoses, não sendo possível separar a realidade do imaginado.
Antigamente, sendo as psicoses de difícil tratamento, proliferavam psicóticos esquizofrênicos e outros doentes mentais, como os sádicos, necrófilos e psicopatas em geral, os quais ocorriam à licantropia como via de saída para seus delírios ou seus instintos mórbidos.
Estes doentes se inspiravam, como ainda hoje, dos personagens da cultura e do folclore para solidificar a crença em poder transformar-se em lobo, e que, nas noites de lua cheia, seu corpo se cobria de pelo, seus dentes se tornavam pontiagudos e suas unhas cresciam até converter-se em garras. Possuídos por tais delírios, os doentes vagavam pelas ruas assediando suas vítimas, atacando, mordendo e, em algumas ocasiões, esquartejando e comendo partes de seu corpo.
Hoje em dia a medicina conhece outros tipos de doenças que poderiam explicar parte do mito da Licantropia, como por exemplo a Porfiria Congênita. Esta doença se caracteriza por problemas cutâneos, foto-sensibilidade e depósitos de porfirina, um pigmento dos glóbulos vermelhos que escurece os dentes e a urina, dando a impressão que o paciente esteve bebendo sangue.
Outras doenças, como por exemplo a Hipertricose ou o Hirsutismo, as quais provocam o crescimento exagerado de pelos por todo o corpo, incluindo a face, eram interpretadas, antigamente, como qualidades sobrenaturais onde os pacientes podiam converter-se em bestas. Mas, por outro lado, ao longo da historia tem surgido alguns criminosos considerados "homens-lobo" devido aos seus métodos canibais de matar a vítima.
PORFIRIAS (Lobisomem e Vampiro)
As Porfirias são um grupo de doenças genéticas cuja causa é um mau funcionamento da seqüência enzimática do grupo Heme da hemoglobina (a hemoglobina é o pigmento do sangue que faz que este seja vermelho e é composta pelo grupo Heme e varias classes de globinas, segundo circunstâncias , normais, que agora não vêem ao caso). O grupo Heme é quem transporta o oxigênio dos pulmões ao resto das células do organismo e é um complexo férrico (em estado ferroso). Qualquer erro na hereditariedade que interfere na síntese do grupo Heme é capaz de produzir as doenças chamadas Porfirias.
O Monstro
Os sintomas das Porfirias são:
1) Fotosensibilidade, que se apresenta em todos tipos, menos na chamada Forma Aguda Intermitente. Esta fotosensibilidade é o resultado do acúmulo de porfirinas livres de metal na pele produzindo sérias lesões:
1) Hirsutismo. Para o organismo proteger-se da luz, o pelo cresce exageradamente e em lugares não habituais, como no vão dos dedos e dorso das mãos, nas bochechas, no nariz, enfim, nos lugares mais expostos à luz. Evidentemente esses pacientes devem sair quase que exclusivamente à noite.
2) Pigmentação. A pele pode apresentar também zonas de pigmentação ou de despigmentação e os dentes podem ser vermelhos fazendo que o aspecto do doente se afaste cada vez mais do ser humano normal e se aproxime da idéia de um monstro.
3) Evitam o Sol. As porfirinas acumuladas na pele, podem absorver luz do sol em qualquer longitude, tanto no espectro ultravioleta, como no espectro visível e logo transferir sua energia ao oxigênio que provêem da respiração. O oxigênio normalmente não é tóxico, mas com o excesso de energia transferido pelas porfirinas, o oxigênio se libera sob a forma de oxigênio altamente reativo.
Este oxigênio altamente reativo, produz destruição dos tecidos, predominantemente os mais distais e mais expostos, como é o caso das pontas dos dedos, orelhas e o nariz, etc, oxidando essas áreas de forma violenta, com severa inflamação em forma de queimação.
Assim sendo, quando esses pacientes se expõem à luz, suas mãos se convertem em garras e sua face, peluda em sua totalidade, mostra uma boca permanentemente aberta por lesões repetitivas dos lábios. Estando os dentes descobertos, adquirem aparência maior, sugerindo presas. As narinas, pelos mesmos motivos das lesões, se apresentam voltadas mais para cima e como orifícios tétricos e escuros.
A Porfiria, como o paciente acima, entrevistado em programa de tv, pode deixar a pessoa com esse aspecto hirsudo, talvez originando daí a lenda do Lobisomen. Dessa forma teremos o lobisomem tal qual descrito pelo mito do Homem-Lobo. Imaginemos agora, na metade do século XIV, a possibilidade de encontrarmos em meio de una noite escura, esse tipo de paciente que sai de noite para evitar o dano que produz a luz, com a aparência descrita acima.
O Sangue da vítima
As Porfirias são doenças genéticas e sem cura, atualmente. Mesmo que alguns dos sintomas não possam ser aliviados, atualmente o principal tratamento para algumas porfirias, é a injeção de concentrados de glóbulos vermelhos (hemácias) ou soluções de Grupo Heme. Além disso, recomenda-se ao doente o uso continuado de filtros solares.
Mas, na Idade Media, a injeção do pigmento Heme ainda não era possível, e nem havia sido descoberto. Podemos das asas à imaginação e supor que, em algum momento, algum paciente mais desesperado tenha sido induzido ou orientado por algum curandeiro a comer ferro ou carne crua, senão a beber sangue. A própria carência de Heme ou ferro pode desenvolver essa inclinação alimentar.
Na realidade não se sabe como, mas não é difícil imaginar a pulsão que algum porfírico deve ter sentido em beber grandes quantidades de sangue e melhorar seus sintomas com isso. Nascia assim, não apenas o Lobisomem, como também o Vampiro. As descrições literárias e folclóricas da época (e até hoje) se incumbiram em oferecer um conteúdo cultural suficientemente denso para compor o cenário do delírio licântropo de muitos doentes mentais.
A Maldição
A natureza genética das porfirias, juntamente com alguns costumes endogâmicos (casamento entre membros de uma mesma família) em alguns grupos étnicos da Europa Oriental e entre a nobreza européia em geral, poderia ter desencadeado a doença em pessoas geneticamente ligadas. Pode vir daí a lenda da maldição familiar dos Lobisomens e/ou de ser Lobisomem o sexto ou sétimo filho do casal ou coisas assim.
Homocisteína é a vilã da vez
A probabilidade de depressão na idade avançada, ou depressão tardia, aumenta por vários fatores, genéticos e ambientais. Entre esses fatores o mais importante é a existência de episódios depressivos prévios, durante outras épocas da vida, ou seja, pessoas que já tiveram depressão. A homocisteína é um aminoácido produzido após a digestão de carnes ou laticínios. Além dessa nova interpretação em relação ao aumento da incidência de depressão tardia, o excesso de homocisteína no sangue, também aumenta o risco de coágulos e entupimento das artérias, além de contribuir para o depósito de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos, aumentando sua rigidez e dando origem à chamada aterosclerose. Isso, no futuro, poderia provocar infarto do miocárdio e derrame cerebral. Assim sendo, da mesma forma que o colesterol alto, o nível de homocisteína elevado no sangue aumenta o risco de doenças coronarianas e arteriosclerose. Entre os fatores ambientais, pesquisas têm mostrado que a probabilidade de depressão na idade avançada é proporcional ao aumento da homocisteína no sangue. Acredita-se que até 15% dos casos de depressão tardia deve-se aos níveis aumentados da homocisteína. A mesma linha de pesquisa verificou que, na realidade, se o aumento da homocisteína estiver associado a um tipo de genótipo conhecido por TT as chances de depressão tardia são maiores ainda. Comer mais frutas e vegetais (especialmente os de folhas verdes), pode ajudar a baixar os níveis de homocisteína, aumentando a quantia de folato em sua dieta. As fontes de folato são: cereais, lentilhas, aspargo, espinafre e a maioria dos feijões. Além do ajuste na dieta, é bastante eficaz também o uso de folato, além de Vitamina B6 e Vitamina B12. As relações homocisteína-depressão e depressão-genótipo TT reforçam a idéia da combinação de fatores ambientais e genético como causa de transtornos emocionais. Proporcionar aos idosos uma diminuição de homocisteína pode diminuir bastante as chances de desenvolvimento da depressão nessa faixa etária. Fonte: psiqweb
quinta-feira, 2 de julho de 2009
Crenças curiosas sobre os transplantes
* Psiqweb
De acordo com uma pesquisa, as pessoas têm uma forte aversão quanto a receber órgãos doados por assassinos. A pesquisa segue a partir de outros estudos, que sugerem que pessoas que recebem transplantes de órgãos acreditam ter adquirido aspectos da personalidade da pessoa de quem receberam o órgão.
O professor Bruce Hood, neurocientista na Universidade de Bristol, na Inglaterra, testou os efeitos da informação da moral de um potencial doador em vinte estudantes, que responderam à pergunta imaginando que necessitavam que um transplante de coração. Os estudantes viram fotos de pessoas estranhas e deram notas sobre quão satisfeitos ficariam de receber o órgão daquela pessoa. Posteriormente, após receber informações pessoais sobre a pessoa da foto, responderam novamente.
A freqüência das notas baixas aumentaram muito quando a pessoa da foto era descrita como má. Quando a pessoa era descrita como boa, as avaliações eram melhores. Avaliação mais negativa foi quanto a receber o coração de um assassino. Aproximadamente 16 milhões de pessoas são doadores registrados de órgãos no Reino Unido.
Hood afirma que muitos de seus pacientes acreditam ter adquirido características do doador após um transplante de órgãos, inclusive memórias e experiências. "Algumas das mudanças psicológicas vividas pelos pacientes têm explicações psicológicas, porém, de acordo com uma pesquisa com pacientes de transplantes, um em cada três pacientes atribuem ter recebido características psicológicas do doador, embora a ciência convencional rejeite a ideia". De acordo com Hood, uma adolescente inglesa recebeu um transplante contra sua vontade, pois ela temia ficar diferente, tendo o coração de outra pessoa.
Em abril de 2008 foi noticiado que um americano havia se matado após receber o coração de suicida em um transplante há 13 anos, se matou da mesma forma que seu doador, afirmou uma reportagem do jornal americano Beaufort Gazette. Segundo o jornal, Sonny Graham sofria de insuficiência cardíaca congestiva quando recebeu, em 1995, o coração de Terry Cottle, que havia se matado com um tiro na cabeça.
"Isso explica esta descoberta de porquê as pessoas rejeitam o coração de um assassino", afirma Hood. "Basicamente, elas acreditam que de algum modo vão adquirir características do doador".
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