quinta-feira, 16 de julho de 2009

ABU HAMID AL-GHAZALI

Abu Hamid Ibn Muhammad Ibn Muhammad Al Tusi Al Shafi'i Al Ghazali nasceu em 1058, em Khorasan, Irã. Seu pai morreu quando era ainda muito novo mas teve a oportunidade de começar a sua educação em Nishapur e Bagdá. Adquiriu um padrão elevado de sabedoria na religião e na filosofia e logo recebeu um cargo de honra que foi a sua nomeação como um professor na universidade de Nizamiyah em Bagdá, que foi reconhecida como uma das instituições com a maior reputação do ensino na era dourada do conhecimento muçulmano. Após alguns anos, entretanto, abandonou a carreira acadêmica e transformou-se um ascético. Este era um processo (período) de transformação mística. Mais tarde, recomeçou sua carreira acadêmica, mas outra desistiu dela. Sua vida era solitária, e devotada a contemplação e a escrita, que fizeram dele um grande escritor de livros, morreu em 1128, em Bagdá. A contribuição principal de Al Ghazali encontra-se na religião, na filosofia e no sufismo. Um grande número de filósofos muçulmanos tinham seguido e desenvolvido diversos pontos de vista da filosofia grega, incluindo a filosofia Neoplatônica, e esta visão conduzia-os a se opor a diversos ensinamentos islâmicos. Por outro lado, o movimento do sufismo, estavam criando inovações excessivas como evitar observância das orações obrigatórias e deveres religiosos do Islam. Baseado em sua sabedoria inquestionável e a sua experiência mística pessoal, Al Ghazali procurou retificar estas tendências, na filosofia e no sufismo. Na filosofia, Al Ghazali sustentou a aproximação da matemática e das ciências exatas como sendo essencialmente corretas. Entretanto, adotou as técnicas da lógica aristoteliana e dos procedimentos Neoplatônico e empregou seus conhecimentos para corrigir as falhas e os lacunas da filosofia que prevalecia naquela época, como a Neoplatônica e para diminuir as influências negativas do Aristotelianismo e do racionalismo excessivo. Em contraste a alguns filósofos Muçulmanos, por exemplo, Al Farabi, ele retratou a incapacidade da razão compreender o absoluto e o infinito. A razão não podia transcender o finito e foi limitada à observação do aparente. Também, diversos filósofos muçulmanos tinham aprendido que o universo era finito no espaço mas infinito no tempo. Al Ghazali discutiu que uma estadia infinita esteve relacionada a um espaço infinito, com sua claridade do pensamento e da força do argumento, podia criar um contrapeso entre a religião e a razão, e identificava suas esferas respectivas como sendo o infinito e o finito, respectivamente. Na religião, particularmente no misticismo, limpou o sufismo de seus excessos e restabeleceu a autoridade da religião ortodoxa islâmica. Ainda, pregou a importância do sufismo genuíno, como sendo o trajeto para se alcançar a verdade absoluta. Era um escritor prolífico, seus livros imortais incluem Tuhafut al-Falasifa (A Incoerência dos filósofos), Ihya al-'Ulum al-Islamia (o Rival das ciências religiosas), " O começo da orientação e sua autobiografia ", " Delivio do erro ". Alguns de seus trabalhos foram traduzidos em línguas européias na idade média. Escreveu também um sumário da astronomia. A influência de Al Ghazali era profunda e perpetua, é um dos maiores teólogos do Islam. Suas doutrinas teológica penetrou a Europa, influenciado os judeus e cristão e diversos de seus argumentos parecem ter sido adotados por São Thomas de Aquino a fim restabelecer similarmente a autoridade da religião cristã ortodoxa no Ocidente. Tão forte era seu argumento a favor da religião que foi acusado de danificar a causa da filosofia e, na Espanha muçulmana, Ibn Rushd (Averrois) escreveu um artigo sobre o seu Tuhafut. Fonte:Islam.org

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