sábado, 13 de novembro de 2010

BARRIGADA NA FRONTEIRA

PRF DETÉM ONIBUS COM 31 PASSAGEIROS AO INVÉS DE COCAINA APREENDE 2 QUILOS DE FARINHA DE PUBA

Por João Arruda/Cáceres- MT.

Uma das maiores barrigadas foi registrada ontem a tarde na região da fronteira em Cáceres – a 210 quilômetros de Cuiabá -. A área que está sendo policiada por agentes federais e tropa das Forças Armadas, cães farejadores, além do emprego de armas equipadas com infra-vermelho, protagonizaram um dos maiores fiasco do meio policial, ao efetuarem a revista a um ônibus que faz linha entre Porto Velho (RO) a São Luiz de Montes Belos (GO), localizaram num sapiquá dois pacotes de farinha de puba, uma iguaria muito apreciada nos estados amazônicos, acreditando tratar-se de pasta base, os patrulheiros encaminharam todos os 31 passageiros até a sede da PF de Cáceres, aonde após enfadonhos interrogatórios, descobriu-se que se tratava de farinha.

O fato foi engolido por parte da imprensa – chamada chapa branca – que se desmancha em elogios a policiais, sem contudo rabiscar um naco de critica a esse monstruoso equivoco que constrangeu dezenas de cidadãos. A barbaridade não ateve apenas a falsa apreensão, mas as informações incorreram ainda num erro geográfico, trocaram de estado confundindo a cidade goiana São Luiz de Montes Belos, que fica a margem da GO-060, com a capital do Maranhão.

O que mais causou estranheza é que boa parte da tropa envolvida na “Operação Cadeado VI”, ostenta treinamentos em conceituadas organizações policiais como o – mossad de Israel e o órgão norte-americano Drug Enforcement Administracion o mundialmente conhecido “DEA”.

Porém essa não é a primeira vez que homens empregados em Operações na fronteira dão “cuiadas cegas”, há dois anos, um coronel de artilharia, deslocado desde povoado de Coxim (MS), município pouco maior que o distrito do Caramujo, chegou a Cáceres e ao receber uma denuncia que havia um intenso trafico de drogas na cidade de Rio Branco (MT), deslocou mais de 200 homens, com tanques, carros , blindados, helicópteros equipados com radares, o alarido promovido pelo oficial comandante foi tamanho que até hoje tem cortador de cana da Cooperb (Cooperativa de Rio Branco) que despareceu mundo afora não voltou sequer para receber os salários, acreditando que seria o esperado Armagedon. Moral da história, na pacata currutela de Rio Branco , o coronel de Coxim e seus homens, encontraram apenas 4 trouxinhas de crack, um papagaio e um conhecido viciado que atendia pelo apelido de “Mondragão”.

A midia chapa branca que acompanhava esse inédito deslocamento de tropa previa que um enorme laboratório seria descoberto. Afora isso, Rio Branco somente entrou na grande mídia, depois que veio a furo a tentativa de compra de votos pelo prefeito Antonio Milanezze (PT) em troca de dentadura para eleitora Adriane Ignacio. Tramita na Camara daquele remoto povoado um projeto para homenagear o coronel de Coxim, visto que depois do susto nos moradores, aos poucos eles ressabiados foram voltando para suas casas e até posaram para fotos junto aos carros de combates, tanques e helicópteros, o povo dali só conhecia essas “coisas” através de revistas ou filmes.

FARINHA DE PUBA – A farinha de puba ou farinha da água, é muito comum nos estados nordestinos e nos estados amazônicos, ela é feita com mandioca que fica vários dias fermentando dentro de rios ou córregos, tem sua cor amarelada. Jornal Cacerense, às vezes dá pitaco de culinária e de Geografia. (João Arruda).

Nenhum comentário:

Postar um comentário