quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Cada vez  que ponho uma máscara
para esconder  minha realidade,
fingindo ser  o que não sou...

Faço-o para atrair o outro
e logo descubro que só atraio
a outros mascarados
distanciando-me dos outros
devido a um estorvo:
A máscara.

Faço-o para evitar que os outros vejam
minhas debilidades e logo descubro
que, ao não verem minha humanidade,
os outros não podem me querer pelo que sou,
senão pela máscara.

Faço-o  para preservar minhas amizades
e logo descubro que,
quando perco um amigo,
por ter sido autêntico,
realmente  não era meu amigo,
e, sim, da máscara.

Faço-o para evitar  ofender alguém
e ser diplomático  e logo descubro
que aquilo que mais ofende às pessoas,
das quais quero ser mais íntimo,
é a máscara.

Faço-o convencido de que é melhor que posso fazer
para ser amado e logo descubro
o triste paradoxo;
o que mais desejo obter com minhas máscaras
é, precisamente,  o que não consigo com elas.

 (Desconheço o autor)

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