quarta-feira, 2 de março de 2011

The Lancet: pesquisa mostra 50% dos homens estudados infectados pelo HPV


O estudo foi realizado em 1.159 homens do Brasil, México e Estados Unidos. Os resultados publicados no periódico The Lancet mostram 50% dos participantes infectados pelo papilomavírus humano (HPV), vírus1 que pode causar câncer2 no pênis e no ânus. O vírus1 tem transmissão sexual e é mais conhecido pelas mulheres pela possibilidade de causar displasias ou câncer2 no colo do útero3 e verrugas genitais.

A história natural da infecção4 por este vírus1 em homens não é bem conhecida e esta informação é importante para as estratégias de prevenção da doença.

A Dra. Anna Giuliano, do Instituto de Pesquisa e Centro de Câncer2 H Lee Moffitt, em Tampa, na Flórida, e colaboradores estudaram cerca de 1100 homens, entre 18 e 70 anos (idade média de 32 anos), residentes do Brasil, México ou Estados Unidos, HIV5 negativos e sem relato de câncer2, verrugas penianas ou anais no início da pesquisa. Eles foram avaliados a cada seis meses durante um período médio de 27,5 meses. Foram coletadas amostras de material do pênis e da bolsa escrotal para análise laboratorial do HPV. Nestes exames, 50% dos participantes apresentaram infecção4 pelo HPV em algum momento.

A infecção4 por cepas virais oncogênicas foi significativamente associada ao fato de ter várias parceiras sexuais femininas ao longo da vida e ao número de parceiros sexuais masculinos com prática de sexo anal (pelo menos três parceiros versus nenhum parceiro recente). A duração média da infecção4 pelo HPV foi de 7,5 meses para qualquer cepa de HPV e 12 meses para o sorotipo 16.

Atualmente o U.S. Centers for Disease Control and Prevention recomenda a vacinação contra HPV para meninas entre 11 e 26 anos. No Brasil, desde 2006, a vacina6 que protege contra a infecção4 pode ser aplicada em mulheres entre 9 e 26 anos.

Os dados do estudo mostram que seria interessante homens receberem a vacina6, pois protegeria a eles e aos seus parceiros (ou parceiras) sexuais.



Fonte: The Lancet – Publicação online de 1° de março de 2011

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