terça-feira, 8 de março de 2011

Pílulas anticoncepcionais esgotam vitaminas essenciais e antioxidantes no corpo da mulher

BRONX, NY, EUA, (Notícias Pró-Família) — Um estudo realizado pelo Departamento de Obstetrícia e Ginecologia da Faculdade de Medicina Albert Einstein do Hospital Bronx-Lebanon revelou que as mulheres que usam anticoncepcionais hormonais têm de modo significativo níveis mais baixos de vitaminas essenciais e antioxidantes em comparação com mulheres que não usam essas drogas.

“Comparamos as influências de três métodos contraceptivos (anticoncepcionais orais, anel vaginal e adesivo transdermal) em níveis de soro de coenzima Q(10), alfa-tocoferol, gamatocoferol e total capacidade antioxidante em mulheres antes da menopausa”, disse o líder dos pesquisadores Prabhudas R. Palan.

CoQ10 é considerado um dos mais importantes antioxidantes, enquanto o α-Tocopherol é geralmente considerado o antioxidante mais potente nos tocoferóis ativos, ambos dos quais são necrófagos radicais livres que dissolvem lipídeos localizados nas membranas das células capazes de neutralizar radicais livres do oxigênio, declara o estudo.

O estudo envolveu setenta mulheres saudáveis não fumantes na pré-menopausa, da mesma classe socioeconômica de áreas pobres de uma cidade grande. Dessas 70 pessoas, quarenta mulheres que não usavam anticoncepcionais hormonais constituíam o grupo de controle.

Entre as 30 usuárias de anticoncepcionais, 15 tomaram a pílula oral (PO trifásica) por um período mínimo de 6 meses; 5 inseriram o anel vaginal (NuvaRing) do dia 1–21 por um período total de 6 ciclos; e 10 usaram adesivo transdermal (Ortho Evra) por 3 semanas consecutivas por mês por um mínimo de 6 ciclos.

Os pesquisadores notaram que relativamente poucas pesquisas tiveram como foco o efeito dos contraceptivos hormonais nos níveis antioxidantes que se dissolvem em lipídeos, mas observaram que pesquisas anteriores mostraram que um desequilíbrio entre a produção de radicais livres de oxigênio e níveis de soro de antioxidantes podem levar a estresse e danificação da oxidação das células e consequente apoptose (morte da célula).

“O estresse oxidativo tem sido apontado como estando envolvido na etiologia (causalidade) de muitos processos de doenças crônicas, inclusive doenças cardiovasculares, câncer, cataratas e envelhecimento”, declarou o estudo.

Os pesquisadores também apontaram para o fato de que os hormônios ovarianos, principalmente o estrogênio, possuem propriedades antioxidantes e supõe-se que protejam contra a doença cardiovascular (dcv).

Os pesquisadores concluíram que as usuárias de contraceptivos hormonais esgotam de modo acentuado os níveis de vitaminas essenciais e antioxidantes.

“Esse é o primeiro estudo examinando os efeitos dos hormônios ovarianos (artificiais) exógenos nos níveis de soro do CoQ10 e vitamina E em mulheres saudáveis antes de chegarem à menopausa”, relataram os pesquisadores.

“Os resultados demonstram de forma significativa níveis mais baixos de soro de CoQ10, α-tocoferol e CAOT (capacidade antioxidante total) em usuárias de contracepção hormonal em comparação com mulheres que não são usuárias.

“Além disso, as usuárias de adesivos contraceptivos tinham os níveis mais baixos de CoQ10 e CAOT em comparação com as mulheres normais.

“Os dados indicam que alterações no CoQ10 e α-tocoferol provocadas pela contracepção hormonal e os efeitos potenciais dos hormônios ovarianos exógenos no estresse oxidativo deveriam ser levados em consideração em futuras pesquisas sobre os antioxidantes”, concluiu o estudo.

O texto completo em inglês do estudo “Effects of Oral, Vaginal, and Transdermal Hormonal Contraception on Serum Levels of Coenzyme Q10, Vitamin E, and Total Antioxidant Activity” (Efeitos da Contracepção Oral, Vaginal e Transdermal nos Níveis de Soro da Coenzima Q10, Vitamina E e Atividade Antioxidante Total) está disponível aqui.

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