Esta frase, ou pensamento, apareceu no facebook, uma amiga me enviou. Pensei bastante sobre ela, o suficiente para entender que pode ter muitos desdobramentos. Podemos aplicá-la ao casamento, à convivência com os filhos, ao trabalho, às amizades, ao trato social e e aos deveres cívicos. Só não é aplicável aos ilustres representantes do legislativo que se faltam descaradamente às suas funções, pois, mesmo assim continuamos sentindo falta do nosso voto ser representado e dos nossos impostos roubados.
Voltando à ideia central, pode-se dizer que essa sensação pode não ser só física, ou nem ser exatamente do corpo, mas também da mente, do coração, das atitudes, o que marca de modo inexorável, e magoa enormemente, é a ausência de afeto, de atenção, de interesse. Essas lacunas se devem ao egoísmo, à falta de comunicação, ao vício com a internet ou jogos eletrônicos. Enfim, à falta de dedicação que o amor exige. EXIGE sim, porque o amor assim é por natureza.
Não confundam, por favor, esse exigir com sufocar, manipular, controlar. Trata-se de afeto, não de exploração. De atuação positiva, como a dos pais com os filhos, e não só quando são pequenos. Muitos justificam o tempo exíguo que lhes dedicam com a justificativa de que "a qualidade importa mais do que a quantidade", "eu tenho pouco tempo com meus filhos, mas esse pouco é de qualidade". Com que facilidade apascentam as consciências! O resultado dessa equação autocomplacente é o que se observa por aí: crianças carentes, mal educadas, mimadas - porque querem compensar o estar com o dar -, cheias de novidades eletrônicas e roupas de marcas, mas sedentas de amor em forma de compromisso, de horas bem gastas na companhia amorosa e educadora dos pais.
Não me interpretem mal, não sou absolutamente contra as mulheres exercerem suas profissões, eu faço isso. Só desejo destacar a facilidade com que se abre mão de convivência preciosa para atender a horários estapafúrdios e chefes ditatoriais. Um dirigente capaz precisa saber que a eficiência de seus funcionários depende de sua vida familiar. Isso se aplica a homens e mulheres. Estas conseguem, se usam de sabedoria, cumprir muito bem seus papéis. Sei que não é fácil, meninas, mas possível é. E ascender na carreira, ainda que a prioridade permanente seja a família.
No casamento, a presença se faz necessária pelo carinho; ouvido atento; olhos que reiteram o que as palavras já disseram; apoio e comunhão na frente dos filhos - discordar, bem longe deles; detalhes; delicadezas; presentinhos; bilhetinhos; amabilidades. Isso engloba mulheres e homens em mútua troca. No início, depois de alguns anos, sempre. Criar e preservar momentos prazerosos juntos deve ser item de agenda. Não é tornar mecânico, só cuidadoso, pois o tempo e suas fadigas nos distraem e afastam também dos amigos, parentes, vizinhos, colegas, prestadores de serviço, todos que nos rodeiam.
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