Estamos acostumados a ver as pessoas lutando para conseguir dinheiro, prestígio, status, reconhecimento ou controle sobre os outros. Mas elas não buscam tudo isso como um fim em si mesmo. Buscam como um meio para atingirem o que realmente querem da vida. No fundo as pessoas querem apenas ter o poder de ser elas mesmas e sentirem-se amadas sendo como são.
Para dominar os outros e construir o poder político é preciso que você se torne inautêntico e desenvolva a capacidade de se impor, controlando e manipulando as outras pessoas. Para dominar a si mesmo e construir o poder pessoal é preciso que você se torne autêntico e desenvolva a capacidade de se auto-determinar.
Você se auto-determina?
Independentemente dos diversos caminhos que cada um pode seguir na vida, existe uma decisão inicial a ser tomada, um ponto de partida que pode determinar o rumo ou o sentido de toda a existência humana: a escolha de se ter uma vida autêntica ou inautêntica.
"Sendo autêntico você assume a responsabilidade por todas as suas escolhas existenciais, aceita correr os riscos que forem necessários para atingir os seus objetivos, e passa a encontrar amparo e segurança em si mesmo. Com isso, apropria-se da existência, torna-se indivíduo, torna-se autônomo, torna-se dono da sua própria vida, dono da própria existência, torna-se senhor de si mesmo. Você se percebe sendo o senhor de si mesmo" ?
"O homem se torna autêntico quando aceita a solidão como o preço da sua própria liberdade. E se torna inautêntico quando interpreta a solidão como abandono, como uma espécie de desconsideração de Deus ou da vida em relação a ele. Desse modo não assume responsabilidade sobre as suas escolhas. Não aceita correr riscos para atingir seus objetivos, nem se sente responsável por sua existência, passando a buscar amparo e segurança nos outros. Com isso abre mão de sua própria existência, tornando-se um estranho para si mesmo, colocando-se a serviço dos outros e diluindo-se no impessoal. Permanece na vida sendo um coadjuvante em sua própria história. Você já pensou nisso"?
O homem que não escolhe individualizar-se vive fingindo que é uma abelha, repetindo-se metódica e sistematicamente.
Sua vida é previsível, rotineira e monótona.
Este é o homem ansioso, deprimido ou apático.
Ele é alienado! Ele não é livre nem acredita que possa libertar-se.
É dependente! Não conta consigo mesmo. Não sabe que tudo na vida é relativo e passageiro. Tem pouca auto-estima e frágil auto-confiança.
É escravizado! Não tem vontade própria. Realiza a vontade dos outros e não a sua. Seu projeto de vida é elaborado pelos outros.
É robotizado! Dá sempre uma resposta programada pelo outro. Reproduz um rígido modelo determinado socialmente. Segue padrões pré-estabelecidos.
É carente e inseguro! Quer que o outro lhe dê garantias, segurança e estabilidade; no casamento, no emprego e nas relações sociais. Não sabe que a garantia que lhe dão é ilusória e que a segurança externa e a estabilidade constituem o pior risco, porque têm o preço da sua liberdade.
É acomodado! Escolhe o pouco garantido pelo outro ao muito que dependa de suas próprias conquistas ou que envolva algum risco. Prefere a apatia da rotina ao dinamismo do amor.
É derrotista e derrotado! Não aceita correr riscos. Quer que o outro decida por ele e se arrisque em seu lugar. Quando o outro aceita, acaba ficando com as vantagens para si.
É irresponsável! Não se conhece e não se determina.
É ingênuo! Acredita que pode agir como uma abelha e ainda assim ser feliz.
É inexistente! Sua vida é uma simulação! Para ele a vida é um teatro!
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