sábado, 4 de junho de 2011

PSICOLOGIA DO CASAL


Platão e Aristóteles já reconheciam as diferenças individuais em sua época.

As diferenças individuais são atribuídas a dois grandes fatores:
• A hereditariedade
• E ao ambiente.

A má hereditariedade está sempre acompanhada de um ambiente pouco edificante. Portanto, a influencia ambiental é de grande importância na formação do indivíduo.
Nas características gerais do ser humano há diferenças básicas entre o homem e a mulher.Tanto física, quanto cultural e psicológica e a interação entre ambos leva a algo que chamamos de relacionamento.

Conceito de Relacionamento – é um processo e não um ponto final. E é através Dele que nossa identidade é criada e nos definimos. E quando um homem e uma mulher se relacionam (exceto em caso de amizade), denominamos AMOR.

• Amor (na visão dos apaixonados) – o amor é o nosso “cobertor de segurança”, onde desejamos que ele dure para sempre e seja nosso tudo. Achamos que é para sempre e que resolve tudo. Principalmente para aplacar os nossos medos existenciais de: afeto, solidão, morte, abandono...etc.

Talvez você pense :

- Qual o melhor caminho e a melhor escolha para se ter um amor duradouro?
- Escolhendo a pessoa certa?
- Mantendo o amor vivo?

Porém, o mais importante de tudo isso é lembrar que; o amor não é perfeito e ele exige trabalho.
O amor autêntico não é perfeito, ele não ignora as imperfeições. E sim as reconhece sem se tornar obcecado por elas. Porque as alegrias do relacionamento superam as falhas.

Os amores que duram, dão trabalho: é pelo reconhecimento sereno e a apreciação constante do outro. É com a diária experiência de compartilhar aquilo que é importante para nós. Você amará e será feliz com a pessoa cuja aparência, natureza, hábitos, preferências, valores e prioridades fizerem subir à tona a mais verdadeira expressão de você mesmo.

A pessoa que o convidar a desabrochar e crescer. E é com essa pessoa que você poderá desfrutar de um relacionamento “até que a morte os separe”.

Sinais e Sintomas que indicam se o relacionamento anda aos tropeços:

1. Brigas - repetitivas e sem razão de ser; elas diluem os elementos duradouros e nutrientes e levam o relacionamento a uma fase degenerativa. É essencialmente não produtiva.
Ex.: “Tudo o que fazemos é brigar... não conseguimos nunca conversar normalmente”.

2. Diferenças Irreconciliáveis – é quando o casal descobre que o terreno comum que antes compartilhavam é agora tão pequeno e o que ocupa aquele lugar são uma infinidade de diferenças. Como: hábitos, amigos, valores, culturas, atividades, gosto diferentes.
Ex.: “A mulher reclama que o marido nunca está em casa... que já não é mais romântico e nem tem ações românticas para com ela...que nunca está disposto a deixar o joguinho de futebol...que seus negócios são mais importantes...ou seus amigos... ou mesmo suas necessidades noturnas...” Enquanto que “ela renuncia tudo por amor”.

E o marido reclama que a mulher “é pegajosa...dependente...nunca está contente com o fato de ser simplesmente amada...que não tem personalidade própria fora de suas relações.”
Muitos casamentos afundam por causa de pequenos detalhes no relacionamento.

3. Tédio – é outro indicativo negativo. É quando acorda sentindo-se deprimido, vago desligamento e tristeza.
Ex.: “Não sei porque, não sei o que anda acontecendo comigo...tenho a sensação de desesperança.”

Isto é falta de foco, de perspectiva, é o tipo de morte lenta do relacionamento. É preciso que a pessoa descubra o que a está afastando do seu companheiro (a). Ou então, frases como:

Ex.:“ De repente tudo nele (a) me aborrece, não consigo lembrar ou sentir alguma coisa por ele (a) capaz de me excitar ou de prender a minha atenção.”

É preciso localizar a fonte do tédio, se perguntando:
Ex.:“Fico entediado ou enfadado quando me dirijo ao trabalho?”

Quando se deixa de ver o outro como uma fonte de vida ou aliado; Quando não sente nenhum interesse pela pessoa, então com certeza se chegou ao tédio.

4. Distância Emocional – é quando a pessoa com quem você se relaciona não está lá a fim de procurar fazer contato. Você tenta conversar e não recebe nenhuma resposta...continua tentando e só recebe perguntas negativas, grosseiras. O sexo já não os une mais. Enfim, é a quebra do diálogo ‘falta de comunicação’. Há uma sensação de perda. É como se alguém com quem você tivesse sonhado passar todo o seu futuro fosse mais ou menos tirado de você.

5. Mudanças no “Local do crime”- a pessoa coloca que mudanças na situação geográfica prenunciou mau agouro no relacionamento.
Ex.: “Foi só a gente mudar para a casa nova, ou apartamento novo e tudo começou a desmoronar...construímos a casa dos nossos sonhos e depois nos divorciamos”.

6. Casos Extraconjugais – é um indicador que algo não vai bem no relacionamento. As vezes o caso indica comunicação incompleta ou impossível, que não pode ser criada entre os parceiros, ou seja, as pessoas nem notam que seu casamento está em conflito até terem um caso.

A incorporação de relacionamentos sexuais fora do casamento indica que o relacionamento principal está em crise.
Seja qual for o sintoma acima citado Procure um Aconselhamento. Muitos porém, procuram o aconselhamento quando já é tarde demais.

• Crenças acerca do relacionamento – as crenças básicas são o fundamento para os pensamentos automáticos e ações de indivíduo em qualquer relacionamento.

1. Crenças Equilibradas X Crenças Distorcidas

• As crenças equilibradas possuem evidências confirmadoras.
Ex.: “Todos os homens são iguais de muitas maneiras, mas ainda assim cada um tem sua particularidade”.

• As crenças distorcidas são aquelas baseadas em informações incorretas ou pensamento falho e estão enraizadas em evidências circunstanciais. As crenças distorcidas são a base de muita discórdia nos relacionamentos e precisam ser abordadas com bastante especificidade, a fim de se introduzir a mudança no relacionamento.
Ex.: “Todos os homens são iguais”.

2. Expectativas Irrealistas

• Em quase todos os relacionamentos os indivíduos mantém alguma antecipação com relação às múltiplas necessidades que serão atendidas pelos parceiros. Essas expectativas ou previsões levam a distorções e são trabalhadas de forma que transformam-se em demandas irrealistas. Elas produzem desapontamento e frustrações, que freqüentemente estão associadas com interações negativas.
Ex.: hostilidade, chantagem emocional, etc.

3. Atribuições Causais; Atribuições Errôneas

• Atribuições causais é um termo para ‘jogar a culpa’ no relacionamento. O casal chega a um ciclo vicioso de imposição de culpa; é propelido pela raiva, ressentimento; recusa de ambos em aceitar a responsabilidade pela disfunção no relacionamento.

Se os membros (casal) são indivíduos teimosos, isso pode leva-los a um impasse, no qual tentam determinar quem é o culpado, colocando alguém (uma terceira pessoa) em situação desfavorável.
Ex.: “Fala ‘fulano’ se eu tenho ou não tenho razão?...o que é que você acha?”

As Distorções Cognitivas

1. Inferência Arbitrária – conclusões são formadas na ausência de evidências de apoio que as substanciais.
Ex.: “o marido está em casa aguardando a esposa chegar da escola ou do trabalho...porém, ela atrasa-se em mais ou menos duas horas. Ele conclui: ‘Ela deve estar tendo um caso!’

2. Abstração Seletiva – as informações são consideradas fora de contexto, certos detalhes são salientados, enquanto outras informações importantes são ignoradas.
Ex.: “Uma mulher, cujo marido deixa de responder seu cumprimento logo ao despertar. Ela conclui: ‘Ele deve estar zangado comigo novamente’.

3. Hipergeneralização – um ou dois incidentes isolados servem uma representação de situações em qualquer contexto, estando ou não relacionados.
Ex.:”Um homem ap[os uma frustração de adultério. Conclui: ‘Todas as mulheres são iguais, não dá para confiar’. ‘Sempre serei enganado’!.

4. Magnificação – uma circunstância é percebida sob o prisma maior ou menor do que seria apropriado.
Ex.: “Marido zangado explode ao verificar o saldo bancário negativo e declara para a esposa ‘estamos falidos’.

5. Personalização – eventos externos são atribuídos a si próprio, quando existem evidências insuficientes para esta conclusão.
Ex.: “A mulher descobre que o marido está passando novamente ferro em uma camisa, que ela mesma já passara antes e presume: ‘ele está insatisfeito com minhas capacidades de fazer coisas’.

6. Pensamento dicotômico – experiências são codificadas como “tudo ou nada”, como completo sucesso ou fracasso total. É conhecido também como pensamento polarizado.
Ex.: “Marido pede opinião à mulher sobre colocação de papéis na parede em reforma e ela nota algumas emendas, ele pensa: ‘não consigo fazer nada direito’.

7. Classificação Incorreta – imperfeições e erros cometidos no passado tem o efeito de definir a pessoa.

8. Visão em Túnel – os parceiros vêem apenas o que desejam ver.
Ex.: “Meu marido faz apenas o que quer, de qualquer modo”.

9. Explicações Tendenciosas – os parceiros desenvolvem uma espécie de suspeitas ou suposições automática.
Ex.: “Ele está agindo deste modo exageradamente carinhoso, porque provavelmente depois me pedirá para fazer para fazer algo que sabe que detesto fazer”.

10. Leitura Mental – é o dom mágico de ser capaz de saber o que o outro está pensando, sem o auxílio da comunicação verbal.
Ex.: “Um homem pensa consigo mesmo: ‘Eu sei o que está pensando. Acha que não percebo os seus truques para enganar-me’.

11. Pensamentos Automáticos
Ex.: “Se ele me amasse, passaria mais tempo comigo...ela se preocupa apenas consigo mesma...este relacionamento não tem mais jeito...não sei fazer nada direito”.

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